Com perspectiva de melhora no clima no Corn Belt, milho recua pelo 2º dia consecutivo na Bolsa de Chicago

Publicado em 20/06/2017 18:36

Pelo segundo dia consecutivo, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) recuaram. As principais posições da commodity ampliaram as perdas ao longo do dia e finalizaram a sessão com quedas entre 4,75 e 5,25 pontos, uma desvalorização de mais de 1%. O setembro/17 era cotado a US$ 3,78 por bushel, enquanto o dezembro/17 operava a US$ 3,88 por bushel.

"Os futuros do milho e da soja também seguiram a tendência negativa, prejudicados também pela perspectiva de um clima de melhor no Meio-Oeste dos EUA", destacou o site internacional Agrimoney.com. De acordo com os últimos mapas do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - nos próximos 6 a 14 dias, grande parte do Corn Belt deverá ter chuvas acima da média e temperaturas dentro da normalidade.

"A previsão para a próxima semana parece ser boa para a maior parte do Corn Belt", disse Benson Quinn Commodities ao Agrimoney.com, embora tenha acrescentado que "as temperaturas podem ser mais frias do que o desejado em algumas áreas".

Ainda nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) manteve em 67% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições. 25% das plantações apresentam condições medianas e 8% têm condições ruins ou muito ruins. Diante desse quadro, os investidores trabalharam na ponta vendedora do mercado.

Além disso, a forte queda nos preços do petróleo também pressionou as cotações do cereal. Conforme dados da agência Reuters, os preços do petróleo caíram mais de 2% nesta terça-feira, com o Brent atingindo mínimas de sete meses e o petróleo dos EUA no menor valor desde setembro.

"Após a crescente oferta de diversos produtores importantes ter ofuscado a alta adesão da Opep e de aliados ao acordo para reduzir a produção global", destacou a agência.

Mercado brasileiro

A terça-feira foi de ligeiras quedas aos preços do milho praticados no mercado doméstico. Segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, o valor caiu 2,70% em São Gabriel do Oeste (MS), com a saca a R$ 18,00. Já no Paraná, nas praças de Ubiratã e Londrina, a perda foi de 2,50%, com a saca a R$ 19,50.

Em Primavera do Leste (MT), a desvalorização ficou em 3,03%, com a saca a R$ 16,00. Na região de Tangará da Serra (MT), a perda foi de 5,88%, com a saca a R$ 16,00. No Oeste da Bahia, a saca do milho fechou o dia a R$ 22,50, com recuo de 2,17%. Já na região de Campinas (SP), o valor subiu 3,76%, com a saca a R$ 27,60 e no Porto de Paranaguá, a saca futura subiu 1,75% e o valor em R$ 29,00.

"O mercado está se mostrando com poucos vendedores em atividade e todos aparecendo com patamares acima dos níveis que liquidam nos portos e acima dos interesses dos compradores", destacou o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze. Por outro lado, os compradores esperam a chegada da safrinha no mercado.

Em Mato Grosso, a colheita da safrinha já está completa em 12,12% da área semeada nesta temporada. Conforme dados do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), a região Médio-Norte e Oeste apresentam os maiores avanços. No Paraná, segundo maior produtor do cereal no país, a colheita está completa em 2% da área cultivada, segundo reportou o Deral (Departamento de Economia Rural).

Enquanto isso, na BM&F Bovespa, as cotações do cereal fecharam o dia em campo negativo. As principais posições da commodity caíram entre 0,19% e 1,58%. O setembro/17, referência para a safrinha, era cotado a R$ 26,80 a saca e o novembro/17 era negociado a R$ 27,36 a saca.

O mercado acompanhou a queda registrada nos preços na Bolsa de Chicago. O dólar, outro importante componente na composição dos preços, fechou o dia com forte alta. A moeda subiu 1,40% e encerrou a sessão a R$ 3,3308 na venda, maior patamar de fechamento desde o dia 18 de maio.

"A alta ocorreu após a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado rejeitar o texto principal da reforma trabalhista, sinalizando que o governo do presidente Michel Temer está com menos força política dentro do Congresso Nacional", reportou a Reuters.

Confira como fecharam os preços nesta terça-feira:

>> MILHO

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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