Agroconsult estima 2ª safra de milho do Brasil em 55 mi t

Publicado em 25/06/2018 15:07

LOGO REUTERS

SÃO PAULO (Reuters) - Produtores brasileiros devem colher menos milho na segunda safra deste ano, já que o atraso no plantio e a prolongada seca reduziram a produção do segundo maior exportador mundial da commodity, disse a Agroconsult nesta segunda-feira.

Após a expedição técnica Rally da Safra, a consultoria previu que a segunda safra de milho do país, que está sendo colhida, totalizará 55,2 milhões de toneladas, abaixo dos 57 milhões considerados em maio e inferior também ao recorde de 67,3 milhões oficialmente estimado na temporada anterior.

A expedição técnica liderada pela Agroconsult terminou no dia 8 de junho e cobriu grande parte da área plantada da segunda safra de milho do país nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná.

"Outro fator contribuindo para a queda na produção e nos rendimentos foram os menores investimentos nos campos", disse Pessôa, sócio-diretor da Agroconsult.

A previsão da consultoria foi feita depois que o governo estimou no início deste mês que a segunda safra de milho do Brasil, a safrinha, seria de 58,2 milhões de toneladas nesta temporada, quase 9 milhões de toneladas a menos ante a temporada passada.

"Atrasos na colheita de soja estreitaram a janela ideal para a plantação do segundo milho", informou anteriormente a Conab, acrescentando que a seca também afetou a safra.

A safrinha, que é plantada depois da soja em muitas áreas, representa cerca de 70 por cento da produção do país e o torna o terceiro maior produtor do mundo, depois dos Estados Unidos e a China.

Graças à segunda safra, o Brasil se tornou recentemente um grande competidor para os EUA nos mercados globais, especialmente na segunda metade do ano.

A Agroconsult manteve sua previsão para a exportação de milho a 28 milhões de toneladas neste ano, apesar das incertezas relacionadas ao custo do frete rodoviário, depois que o governo decidiu intervir, após os protestos de caminhoneiros contra os altos preços de combustíveis no mês passado.

No entanto, algumas tradings de grãos pararam de comprar soja e milho brasileiro, conforme os receios sobre o aumento do custo logístico congelaram o mercado das duas maiores commodities do país.

"Não há movimento no mercado", disse André Debastiani, outro sócio da Agroconsult.

A situação está preocupando alguns agricultores, já que eles estão colhendo o milho agora e não têm muito espaço nos silos, disse Debastiani.

(Por Ana Mano)

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário