Milho fecha a quarta-feira em alta na B3 e no mercado físico brasileiro

Publicado em 13/05/2020 17:04
Chicago cai influenciada por plantio e estoques americanos

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A quarta-feira (13) foi dia de intensas movimentações para os preços do milho no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações em Tangará da Serra/MT (2,56% e preço de R$ 38,00), Luís Eduardo Magalhães/BA (2,56% e preço de R$ 38,00), Campo Novo do Parecis/MT (2,70% e preço de R$ 2,70%) e Sorriso/MT disponível (9,09% e preço de R$ 30,00).

Já as valorizações apareceram nas praças de Cascavel/PR (1,22% e preço de R$ 41,50), Palma Sola/SC (2,35% e preço de R$ 43,50), Pato Branco/PR (2,40% e preço de R$ 42,70), Marechal Cândio Rondon/PR (2,47% e preço de R$ 41,50), Ubiratã/PR (2,47% e preço de R$ 41,50), Londrina/PR (2,47% e preço de R$ 41,50), Cafelândia (2,47% e preço de R$ 41,50), Eldorado/MS (2,60% e preço de R$ 39,50), Castro/PR (4,55% e preço de R$ 46,00) e Sorriso/MT balcão (12% e preço de R$ 28,00).

Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira.

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, a guinada do dólar para a casa dos R$5,80-R$5,90 endurece a pedida do vendedor no mercado físico. “Com isto, além do volume pequeno negociado, os preços também ficam na banda de cima. Em Campinas-SP, as referências giram ao redor de R$50-R$51/sc, CIF, 30d”.

A Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou, por meio do Departamento de Economia Rural (Deral), seu o relatório de plantio, colheita e comercialização das principais safras do estado.

O relatório semanal apontou que 99% das lavouras de milho verão no Paraná já foram colhidas até a última segunda-feira (11). Do montante que segue em campo, 89% estão em boas condições e 100% já estão no período de maturação.

Já para a segunda safra, as lavouras se dividem com 5% já em maturação, 36% em frutificação, 40% em floração e 19% ainda em descanso vegetativo. Quanto à qualidade destas áreas, 53% estão boas, e 36% estão em médias e 11% com condições ruins.

No último levantamento divulgado à uma semana, ainda eram 61% das áreas com boas condições no estado, uma queda de 8 pontos percentuais.

B3

A Bolsa Brasileira (B3) operou o dia todo com movimentações positivas para os preços futuros do milho. As principais cotações subiam entre 0,20% e 1,23% positivo por volta das 16h28 (horário de Brasília).

O vencimento maio/20 era cotado à R$ 50,30 com alta de 0,20%, o julho/20 valia R$ 47,20 com ganho de 0,64%, o setembro/20 era negociado por R$ 45,80 com alta de 1,10% e o novembro/20 tinha valor de R$ 48,40 com valorização de 1,23%.

A consultoria Agroconsult reduziu a sua previsão de produção de milho na segunda safra no Brasil em 2019/20 para 72,2 milhões de toneladas. No começo de abril, última estimativa divulgada, a projeção era de 74,7 milhões de toneladas. O novo número representa queda de 5,8% ante a temporada anterior, quando o Brasil colheu 76,7 milhões de toneladas.

"Os problemas estão bem concentrados nas regiões onde os atrasos (no plantio) foram maiores", disse o sócio-analista da Agroconsult, André Debastiani. Segundo ele, há perdas em Mato Grosso do Sul, Paraná e partes de São Paulo e Minas Gerais.

Já a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou que a expectativa é de aumento na produção na ordem de 3,7% em relação a safra passada, chegando ao total de 75,9 milhões de toneladas.

Mercado Externo

Para a Bolsa de Chicago (CBOT) a quarta-feira (13) foi de perdas para os preços internacionais do milho futuro.  As principais cotações registraram movimentações negativas entre xxx e xxx ponto ao final do dia.

O vencimento maio/20 foi cotado à US$ 3,20 baixa de 3,50 pontos, o julho/20 valeu US$ 3,18 com desvalorização de 4 pontos, o setembro/20 foi negociado por US$ 3,22 com queda de 3,50 pontos e o dezembro/20 teve valor US$ 3,32 com perda de 3,25 pontos.

Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 0,93% para o maio/20, de 1,24% para o julho/20, de 1,23% para o setembro/20 e de 0,90% para o dezembro/20.

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros milho caíram, pois o ritmo acelerado de plantio nos Estados Unidos sustentou as expectativas para grandes colheitas.

“As previsões meteorológicas no cinturão agrícola do meio-oeste americano eram geralmente favoráveis ​​à semeadura. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) disse que a safra de milho dos EUA já estava 67% planta até o último dia 10 de maio, à frente de suas respectivas médias de cinco anos”, aponta Julie Ingwersen da Reuters Chicago.

A publicação destaca ainda que os participantes do mercado continuaram a digerir a previsão do USDA de terça-feira para os estoques de milho nos EUA para atingir 3,3 bilhões de bushels em 2020/21, o máximo em 33 anos.

“Enquanto isso, a China está alocando mais cotas de importação com tarifas baixas para o milho este ano à medida que procura aumentar as compras agrícolas dos Estados Unidos e cumprir uma promessa de seguir o acordo comercial”, diz Ingwersen citando o que disseram três fontes à Reuters.

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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