Preço do milho fecha a semana mantendo caminho de altas no mercado físico

Publicado em 28/08/2020 17:00
Chicago acumula alta de mais de 5% na semana

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A sexta-feira (28) chega ao final com os preços do milho subindo no mercado físico brasileiro, assim como foi toda a semana. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações apenas em Brasília/DF (1,03% e preço de R$ 48,00).

Já as valorizações apareceram em Londrina/PR e Cascavel/PR (0,98% e preço de R$ 51,50), Porto Santos/SP (1,61% e preço de R$ 63,00), Palma Sola/SC (1,89% e preço de R$ 54,00), Cafelândia/PR (1,98% e preço de R$ 51,50), Jataí/GO e Rio Verde/GO (2% e preço de R$ 51,00), Tangará da Serra/MT (2,13% e preço de R$ 48,00), Campo Novo do Parecis/MT (2,17% e preço de R$ 47,00), Itapetininga/SP (3,45% e preço de R$ 60,00) e Luís Eduardo Magalhães/BA (4,17% e preço de R$ 50,00).

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, o mercado físico do milho ficou mais calmo no final desta semana em relação às semanas anteriores. “O comprador evita comprar grandes volume com as últimas sinalizações e a possibilidade de recuo do câmbio”.

Os preços do milho continuaram subindo no Brasil mesmo com o decorrer da colheita da segunda safra. O indicador Cepea, por exemplo, registrava a saca de milho à R$ 47,76 em junho e fechou a última terça-feira (25) à R$ 60,41, uma alta de mais de 26%, retomando os patamares recordes de março.

Segundo o analista de mercado da Agrifatto Consultoria, Yago Travagini Ferreira, neste momento o produtor de milho está bastante capitalizado após vender um grande volume desta safra antecipadamente e de rentabilizar bem na última safra de soja. Sendo assim, o vendedor “senta em cima” do grão e não se preocupa em comercializar.

B3

A Bolsa Brasileira (B3) operou com resultados em campo misto no final desta sexta-feira. As principais cotações registravam movimentações entre 0,77% negativo e 0,17% positivo por volta das 16h21 (horário de Brasília).

O vencimento setembro/20 era cotado à R$ 59,47 com desvalorização de 0,77%, o novembro/20 valia R$ 59,12 com ganho de 0,17%, o janeiro/21 era negociado por R$ 59,20 com baixa de 0,17% e o março/21 tinha valor de R$ 57,90 com queda de 0,17%.

A tendência, de acordo com Ferreira, é de manter a sustentação dos atuais patamares de preços daqui até o final do ano. A Bolsa Brasileira (B3), por exemplo, já apresenta cotações ao redor dos R$ 61,00 para contratos futuros.

Entre os fatores que merecem atenção e podem mexer com este cenário o primeiro deles é o dólar. Ferreira comenta que uma eventual alta da moeda americana ante ao real, na casa dos R$ 6,00, por exemplo, pode elevar o preço do milho para até R$ 65,00 a saca. “Querendo ou não, nós temos muita instabilidade nos próximos meses. Teremos eleições nos Estados Unidos e eleições municipais, que são fatores que vão continuar afetando o dólar”, alerta.

Os outros pontos seriam as exportações brasileiras e a safra dos Estados Unidos. O analista explica que caso as exportações não cheguem ao patamar esperado entre 33 e 35 milhões de toneladas mais oferta ficará disponível e os preços cairiam.

O que pode frear esse avanço das exportações seria a safra norte-americana. Ferreira ressalta que, apesar da diminuição na expectativa de produção do cereal nos Estados Unidos após o último reporte do USDA, a safra ainda será grande e os estoques altos, podendo competir e tirar espaço do cereal brasileiro.

Mercado Externo

A Bolsa de Chicago (CBOT) fechou a sexta-feira com movimentações restritas e em campo misto para os preços internacionais do milho. As principais cotações registraram flutuações entre 0,25 pontos negativos e 1,75 pontos positivos ao final do dia.

O vencimento setembro/20 foi cotado à US$ 3,46 com ganho de 1,75 pontos, o novembro/20 valeu US$ 3,59 com alta de 0,75 pontos, o março/21 foi negociado por US$ 3,69 com queda de 0,25 pontos e o maio/21 teve valor de US$ 3,75 com perda de 0,25 pontos.

Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 0,58% para o setembro/20 e de 0,28% para o dezembro/20, baixa de 0,27% para o maio/21 e estabilidade para o março/21.

Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam valorizações de 5,81% para o setembro/20, de 5,59% para o dezembro/20, de 4,53% para o março/21 e de 4,17% para o maio/21 na comparação com a última sexta-feira (21).

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho atingiram as máximas de sete semanas na sexta-feira em outra rodada de vendas técnicas estimuladas por uma grande venda de exportação relatada esta manhã, junto com dúvidas persistentes sobre o potencial de produção dos Estados Unidos em meio ao clima adverso durante grande parte de agosto.

Os agricultores de Iowa estão enfrentando a seca mais generalizada em sete anos, de acordo com o secretário de agricultura do estado Mike Naig. As últimas atualizações do Monitor de Secas dos EUA, divulgadas ontem, mostram que 96% do estado está passando por algum nível de seca, com 61% sofrendo de “seca moderada a excepcional”.

Relembre outras informações desta semana sobre o milho:

+ Milho: em 2021, o mesmo estoque inicial de 2020

+ Milho: Indicador acumula alta de 17% em agosto e se aproxima de R$ 60/sc, afirma Cepea

+ Exportação de milho cresce 38% na semana, mas média diária de mês volta a ser menor do que agosto/2019

+ USDA reduz índice de lavouras de soja e milho dos EUA em boas/excelentes condições acima do esperado

+ Nova Ubiratã/MT encerra colheita do milho com 7% a mais de produtividade com relação à última safra

+ Colheita do milho se encerra no Mato Grosso e preço da saca sobe 7% na semana

+ Exportadores de milho dos EUA relatam vendas de 508 mil toneladas para China e Japão

+ Colheita do milho avança para 67% do total no Paraná e plantio da safra verão já começou, diz Deral

+ Com colheita do milho praticamente encerrada, Goiás projeta produção recorde nesta segunda safra

+ Prestes a encerrar a colheita do milho, Goiás segue registrando valorização do cereal

+ Colheita do milho chega a 49,2% no Mato Grosso do Sul

+ Colheita do milho está perto do fim e Assis Chateaubriand/PR vai consolidando pior safra de milho da história

+ Preço do milho deve seguir ao redor dos R$ 60,00 no Brasil, mas possível alta do dólar pode elevar patamares para até R$ 65,00

+ "Finanças públicas não recomendam medidas como essa", diz economista da Farsul sobre TEC zerada para soja, milho e arroz

+ USDA informa nova venda de mais de 880 mil t de milho nesta 5ª feira

+ Colheita do milho na Argentina segue em 99% com poucas áreas ainda por terminar

+ Preço do milho é o maior da história no Paraná e vai compensar queda de 1,4 milhão de toneladas na produção

+ Canarana/MT aumenta média de produtividade do milho em 15 sacas por hectare e já projeta aumento de área para 2021

+ Plantio do milho avança no RS e algumas lavouras sofreram danos pela geada

+ Mato Grosso tem 2ª maior produtividade de milho da história

+ USDA informa nova venda de mais de 340 mil t de milho nesta 6ª feira

+ Ministra Tereza Cristina desautorizou o Secretário sobre insenção da TEC para arroz, soja e milho, esclarece Goergen

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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