Milho cai na B3 nesta 4ªfeira, mas projeção futura é positiva

Publicado em 09/09/2020 16:34
Cenário é bom para 2021 com possibilidade de grandes compras chinesas

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A quarta-feira (09) chega ao final com os preços do milho pouco movimentados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações apenas na praça de São Gabriel do Oeste/MS (2,13% e preço de R$ 46,00).

Já as valorizações apareceram no Oeste da Bahia (1,01% e preço de R$ 50,00), Não-Me-Toque/RS (1,92% e preço de R$ 53,00), Panambi/RS (1,96% e preço de R$ 53,04) e Castro/PR (3,77% e preço de R$ 55,00).

Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, a cautela tem dado o tom das cotações no mercado físico de São Paulo. “A disponibilidade do cereal fora do estado aos poucos surge nas praças paulistas, mas o volume negociado é relativamente curto”.

A Agrifatto Consultoria aponta também que, estes foram dias de calmaria no mercado físico de milho brasileiro. “O fechamento de novos negócios no mercado balcão diminuiu com o aumento da pedida dos vendedores e a menor necessidade dos compradores. Com isso, a referência para o cereal paulista continuou a rondar a casa dos R$ 59,00/sc”.

B3

Os preços futuros do milho operaram durante todo o dia em baixa na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações negativas entre 0,35% e 1,73% por volta das 16h21 (horário de Brasília).

O vencimento setembro/20 era cotado à R$ 57,44 com desvalorização de 1,73%, o novembro/20 valia R$ 57,72 com perda de 1,25%, o janeiro/21 tinha valor de R$ 57,90 com baixa de 0,53% e o março/21 tinha valor de R$ 57,00 com queda de 0,35%.

A moeda americana também caiu durante todo o dia, influenciando as movimentações do cereal brasileiro. Por volta das 16h34 (horário de Brasília), o dólar era cotado à R$ 5,28 com baixa de 1,39%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, há grandes indícios de que a demanda mundial por milho siga crescendo fortemente durante 2021. “Há uma expectativa de que o USDA reduza em mais de 10 ou 12 milhões de toneladas a safra norte-americana e isso é uma boa notícia para quem vai plantar a safrinha no ano que vem. O mercado já mostra boas cotações futuras e temos bons volumes já negociados”, diz.

Brandalizze destaca ainda que, a projeção aponta que a China irá consumir 285 milhões de toneladas de milho em 2021, enquanto iria produzir 260 milhões de toneladas pela perspectiva até a semana passada. “Agora com problemas climáticos e inundações a projeção já caiu para 240 milhões. Está se formando um grande buraco na China para o milho, um déficit de mais de 40 milhões de toneladas, eles vão ter que comprar muito milho”.

Mercado Externo

A Bolsa de Chicago (CBOT) também operou em queda nesta quarta-feira para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 1,00 e 1,50 pontos ao final do dia.

O vencimento setembro/20 foi cotado à US$ 3,50 com queda de 1,00 ponto, o novembro/20 valeu US$ 3,60 com desvalorização de 1,50 pontos, o março/21 foi negociado por US$ 3,70 com baixa de 1,25 pontos e o maio/21 teve valor de US$ 3,77 com perda de 1,00 ponto.

Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 0,28% para o setembro/20, de 0,28% para o dezembro/20, de 0,54% para o março/21 e de 0,26% para o maio/21.

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros do milho em Chicago caíram nesta quarta-feira enquanto os corretores aguardam os novos relatórios de oferta/demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na sexta-feira.

“Os analistas esperam que o governo reduza suas previsões para a produção de milho dos Estados Unidos para 2020/21 e os estoques finais, ainda que os estoques devam permanecer abundantes”, diz Julie Ingwersen da Reuters Chicago.

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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