Milho volta a subir no Brasil nesta 2ªfeira e atenção começa a se voltar para o clima e a safra

Publicado em 14/09/2020 16:38 e atualizado em 15/09/2020 09:26
CBOT se movimenta pouco antes dos novos números do USDA

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A segunda-feira (14) chega ao final com os preços do milho no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações apenas na praças de Castro/PR (3,64% e preço de R$ 53,00).

Já as valorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS, Cândido Mota/SP, Pato Branco/PR, Ubiratã/PR, Londrina/PR (1,01% e preço de R$ 50,00), Marechal Cândido Rondon/PR, Eldorado/MS, Panambi/RS, Rio do Sul/SC, Amambaí/MS (2,08% e preço de R$ 49,00), Cafelândia/PR, São Gabriel do Oeste/MS, Campinas/SP (3,33% e preço de R$ 62,00), Porto de Santos/SP e Campo Grande/MS

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, o mercado físico do milho terminou a última semana mais firme do que iniciou. “O dólar estancou a queda na semana anterior, enquanto os produtores também estiveram mais ausentes do mercado, o que desacelerou o ritmo dos negócios”.

Ainda nesta segunda-feira, a Conab divulgou sua nota semanal apontando que o menor interesse de compradores, que indicam ter estoque para o curto prazo, tem pressionado os valores do milho na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea.

Na praça de Campinas (SP), base do Indicador ESALQ/BM&FBovespa, a saca de 60 kg do milho registrou queda de 0,12% entre 4 e 11 de setembro, fechando a R$ 58,99 nessa sexta-feira, 11 – no acumulado de setembro (até o dia 11), a baixa é de 3,69%.

“No campo, produtores brasileiros voltam a ficar atentos ao clima, tendo em vista que o tempo seco pode dificultar o semeio da soja em outubro e, consequentemente, atrasar o plantio do milho de segunda safra de 2020/21. No Sul, a falta de chuvas já preocupa agentes quanto ao desenvolvimento da temporada de verão”, diz o Cepea.

B3

Os preços futuros do milho operaram em alta durante todo o dia na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 0,28% e 1% por volta das 16h21 (horário de Brasília).

O vencimento setembro/20 era cotado à R$ 59,15 com elevação de 0,61%, o novembro/20 valia R$ 59,96 com ganho de 0,28%, o janeiro/21 era negociado por R$ 60,40 com valorização de 1% e o março/21 tinha valor de R$ 60,00 com alta de 0,76%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os contratos na B3 mantiveram as altas que apareceram pela manhã em Chicago, mas podem, daqui para frente, sentirem influencia da colheita da safra norte-americana e de possíveis chuvas no Brasil que viabilizariam o plantio de uma grande safrinha em 2021.

“O mercado do milho já subiu bastante, trabalhou em alta e agora está liquidando. A B3 ainda está na linha positiva porque as indústrias de ração estão fazendo estoque para trabalhar neste final de ano. Então temos um mercado técnico pressionando na B3 mais do que os fundamentos”, diz Brandalizze.

O analista da Brandalizze Consulting destaca também que não há contratos novos nos portos com preços atuais entre R$ 58,00 e R$ 59,00. “Eles não estão pagando mais do que isso e assim os negócios fluem, basicamente no mercado interno para ração e pequenos consumidores”, relata.

O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até a segunda semana de setembro.

Nestes 8 dias úteis do mês, o Brasil exportou 3.074.078,6 toneladas de milho não moído, crescendo 62,58% do que foi registrado na primeira semana do mês e já ficando em 47,40% de todo o contabilizado nos 21 dias do mês anterior.

Com isso, a média diária de embarques está em 384.259,8 toneladas, patamar 24,43% maior do que a média do mês passado. Em comparação ao mesmo período do ano passado, a média de exportações diárias ficou 25,26% maior do que as 306.770,1 do mês de setembro de 2019.

Em termos financeiros, o Brasil já exportou um total de US$ 511,110 milhões no período, contra US$ 1,064 bilhão de todo setembro do ano passado. Já na média diária, o atual mês contabiliza acréscimo de 25,98% ficando com US$ 63.888,8 por dia útil contra US$ 50.712,1 em setembro do ano passado.

O preço por tonelada obtido também registrou alta de 0,58% no período, saindo dos US$ 165,3 do ano passado para US$ 166,3 neste mês de setembro.

Mercado Externo

Já os preços internacionais do milho futuro encerraram a segunda-feira em campo misto na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações entre 7,50 pontos negativos e 1 ponto positivo ao final do dia.

O vencimento setembro/20 foi cotado à US$ 3,57 com desvalorização de 7,50 pontos, o dezembro/20 valia US$ 3,69 com ganho de 1 ponto, o março/21 foi negociado por US$ 3,79 com alta de 0,75 pontos e o maio/21 teve valor de US$ 3,84 com elevação de 0,25 pontos.

Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 2,19% para o setembro/20, altas de 0,27% para o dezembro/20 e de 0,26% para o março/21, além de estabilidade para o maio/21.

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho pouco mudaram neste início de semana, reduzindo os ganhos depois de pular para a maior alta em seis meses na última sexta-feira (11).

A publicação destaca que, os futuros do milho receberam apoio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que restringiu suas projeções de produção e estoques nos EUA, junto com as novas vendas para a China, mas os estoques de milho ainda são amplos, um fator que freou as altas. 

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Antonio Reginaldo de Sá Filho SALGUEIRO - PE

    Em Salgueiro (PE), milho a R$ 75,00 / saca de 60 Kg.

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