Milho sobe no Brasil nesta 3ªfeira, mas chuva no Sul limita o mercado

Publicado em 29/09/2020 18:15 e atualizado em 30/09/2020 09:28
Chicago se desvaloriza com colheita e expectativa de estoques

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A terça-feira (29) chega ao final com os preços do milho mais altos no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas desvalorizações em nenhuma das praças.

Já as valorizações apareceram em Pato Branco/PR (0,91% e preço de R$ 55,70), Ubiratã/PR e Marechal Cândido Rondon/PR (0,93% e preço de R$ 54,50), São Gabriel do Oeste/MS (0,98% e preço de R$ 51,50), Eldorado/MS (1,35% e preço de R$ 52,50), Palma Sola/SC (1,79% e preço de R$ 57,00), Dourados/MS (1,82% e preço de R$ 56,00), Cascavel/PR (1,85% e preço de R$ 55,00), Londrina/PR e Cafelândia/PR (1,87% e preço de R$ 54,50) e Luís Eduardo Magalhães/BA (2,08% e preço de R$ 49,00).

Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, o mercado físico do milho seguiu a tendência de alta no interior de São Paulo. “Já houve negócios acima de R$62,00/saca no interior e os negócios nos portos estão mais aquecidos. Com o dólar alto, o físico deve seguir firme”.

A agência SAFRAS & Mercado relatou que o mercado brasileiro de milho deve manter um cenário de preços firmes, em meio à retenção de oferta por parte dos produtores. “O mercado brasileiro de milho apresentou preços firmes, de estáveis a mais altos. Com o dólar em elevação há cada vez maior sustentação às cotações nos portos e a oferta restrita vai trazendo suporte no interior”, dizem os analistas.

O Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) divulgou relatório apontando que a safra 2020/21 está apresentando melhor relação de troca em comparação com as negociações das safras anteriores.

Os dados do Instituto demonstram que o preço médio da saca de milho para a safra 2020/21 está em R$ 34,44, com o produtor precisando desembolsar 54,09 sacas para cada tonelada de fertilizante, com preço médio de R$ 1.862,88. No mesmo período da safra 2019/20 esse índice era de 68,92 sacas por tonelada.

“Efeito desse cenário de relação mais atrativa fez com que o produtor aproveitasse as oportunidades e adiantasse a fixação dos custos para a próxima safra, o que nunca foi visto antes em Mato Grosso”, diz o Imea.

B3

Os preços futuros do milho operaram com bastante volatilidade na Bolsa Brasileira nesta terça-feira. As principais cotações registravam movimentações entre 0,02% e 0,23% por volta das 16h21 (horário de Brasília).

O vencimento novembro/20 era cotado à R$ 65,39 com ganho de 0,21%, o janeiro/21 valia R$ 65,46 com elevação de 0,20%, o março/21 era negociado por R$ 65,10 com valorização de 0,23% e o maio/21 tinha valor de R$ 61,49 com alta de 0,02%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a pressão que existe na B3 se dá pelas chuvas que foram registradas no Paraná e Santa Catarina. “Isso faz com que os grandes consumidores saíssem do mercado vendo que agora a safra vai andar e sem o temor de falta milho entre janeiro e fevereiro”.

Brandalizze complementa que, o andamento normal da safra retira o temor de que alguns produtores pudessem optar por plantar mais soja ao invés do milho devido ao clima e deixa os compradores mais tranquilos.

“Isso pressiona a B3 e deixa o mercado interno na calmaria, mas não demonstra muito espaço para recuar. Ele vai se mantendo firme com o porto entre R$ 61,00 e R$ 63,00 se mantendo pelo dólar e, automaticamente, tirando espaço de queda no mercado interno”, diz.

Mercado Externo

Já os preços internacionais do milho futuro contabilizaram perdas durante toda a terça-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações negativas entre 1 e 2 pontos ao final do dia.

O vencimento dezembro/20 foi cotado à US$ 3,64 com desvalorização de 2 pontos, o março/21 valeu US$ 3,74 com baixa de 1,50 pontos, o maio/21 foi negociado por US$ 3,79 com queda de 1,50 pontos e o julho/21 teve valor de US$ 3,84 com perda de 1 ponto.

Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última segunda-feira, de 0,55% para o dezembro/20, de 0,27% para o março/21, de 0,52% para o maio/21 e de 0,26% para o julho/21.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho caíram moderadamente após a pressão da safra e as expectativas de estoques domésticos historicamente grandes estimularam uma rodada de vendas técnicas.

O progresso da colheita atingiu 15% de conclusão, ante 8% na semana passada. Os analistas esperavam um pouco mais de progresso, com uma estimativa média de negociação de 17%. Três quartos da safra estão totalmente maduros, acima dos 59% da semana anterior e acima da média dos últimos cinco anos de 65%.

Agora, os comerciantes aguardam ansiosamente o próximo conjunto semanal de dados de produção de etanol da Administração de Informações de Energia dos EUA, que sairá amanhã. Também será lançado amanhã o relatório trimestral de estoques do USDA. Analistas esperam que a agência mostre estoques de milho em 1º de setembro em 2,250 bilhões de bushels (57,150 milhões de toneladas), o que seria a maior contagem desde 2017, se realizado.

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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