Milho sobe no Brasil nesta 4ªfeira influenciado por dólar, Chicago e preço nos portos

Publicado em 07/10/2020 18:38 e atualizado em 08/10/2020 09:24
CBOT também se valoriza com demanda aquecida

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A quarta-feira (07) chega ao final com os preços do milho elevados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não foram percebidas desvalorizações em nenhuma das praças.

Já as valorizações apareceram em Cafelândia/PR, Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Pato Branco/PR, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cândido Mota/SP, Marechal Cândido Rondon/PR, Eldorado/MS, Brasília/DF, Campinas/SP, Itapetininga/SP, Castro/PR, São Gabriel do Oeste/MS e Amambaí/MS.

Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o mercado físico do milho está travado no interior paulista, com boa parte das ofertas sendo direcionada para os portos. Por outro lado, o dólar esteve mais calmo nos últimos dias, o que traz algum alívio no cenário”.

Em Goiás, o preço médio do milho subiu 3,22% na última semana e fechou a sexta-feira (02) com valor de R$ 54,98, conforme indicou o Ifag (instituto para o fortalecimento da Agropecuária de Goiás). Nas principais regiões produtoras, as cotações também subiram, aumento de 2% em Itumbiara, com preço de R$ 49,00, e elevação de 4% em Rio Verde, com preço de R$ 56,50.

No Mato Grosso do Sul o preço da saca do milho se valorizou 7,33% entre 28 de setembro e 05 de outubro de 2020, e encerrou o período negociado a R$ 54,88, em levantamento realizado pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul). Quanto ao preço médio do mês de outubro cotado a R$ 54,69, no comparativo com outubro do ano passado, houve avanço nominal de 80,79%, quando o cereal havia sido cotado, em média, a R$ 30,25/sc.

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B3

Os preços futuros do milho operaram em alta durante a maior parte do dia, após abrir a quarta-feira em campo misto na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 0,31% e 1,10% por volta das 16h21 (horário de Brasília).

O vencimento novembro/20 era cotado à R$ 69,35 com ganho de 0,80%, o janeiro/21 valia R$ 69,55 com alta de 1,06%, o março/21 era negociado por R$ 69,15 com valorização de 1,10% e o maio/21 tinha valor de R$ 65,60 com elevação de 0,31%.

As movimentações cambiais mudaram ao longo do dia e influenciaram os contratos do cereal brasileiro. Após começar o dia caindo, o dólar subia 0,37% ante ao real, sendo cotado à R$ 5,61, por volta das 16h25 (horário de Brasília).

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as altas do milho na B3 acontecem em cima da Bolsa de Chicago, que também está em alta. “O milho está dando R$ 67,00 ou R$ 68,00 nos portos e, automaticamente, para não deixar escapar esse milho o comprador tem que acompanhar internamente”, diz.

Além disso, Brandalizze destaca o papel da alta do dólar nessa valorização do cereal. “Muita gente apostava que o dólar ia cair, mas ele não cai. Todo dia tem uma notícia nova que vem de Brasília que segura o dólar e mantém o milho firme internamente”, explica.

O analista completa dizendo que estamos em um ano de bastante aperto, onde não está sobrando grandes volumes de estoques e a oferta/demanda está muito ajustada, com todo mundo acompanhando os embarques. “Vamos fechar o ano firmes no quadro do milho”.

Mercado Externo

A quarta-feira foi altista para os preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 2,50 e 3,75 pontos ao final do dia.

O vencimento dezembro/20 foi cotado à US$ 3,88 com valorização de 3,75 pontos, o março/21 valeu US$ 3,97 com ganho de 3,00 pontos, o maio/21 foi negociado por US$ 4,02 com elevação de 2,75 pontos e o julho/21 teve valor de US$ 4,05 com alta de 2,50 pontos.

Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última terça-feira de 0,78% para o dezembro/20, de 0,76% para o março/21, de 0,75% para o maio/21 e de 0,75% para o julho/21.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho tiveram tendência de alta de cerca de 1% na quarta-feira, já que o otimismo das exportações gerou outra rodada de compras técnicas hoje.

Antes do próximo relatório de exportação semanal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que sairá amanhã, os analistas esperam que a agência mostre vendas de milho entre 27,6 milhões e 59,1 milhões de bushels (entre 701.040 e 1,501 milhão de toneladas) na semana encerrada em 1º de outubro.

Os Estados Unidos enviaram mais de 141 milhões de bushels (3,581 milhões de toneladas) de milho em setembro, o que efetivamente dobrou as contagens ano a ano. No entanto, esse total ainda está 6% abaixo da média de cinco anos anteriores. A China respondeu por cerca de 30% do total.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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