Milho fecha a 5ªfeira em alta no Brasil com poucos volumes à disposição

Publicado em 08/10/2020 17:16 e atualizado em 09/10/2020 09:22
Chicago cai em vendas técnicas

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A quinta-feira (08) chega ao final com os preços do milho mais altos no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações apenas no Oeste da Bahia e em Amambaí/MS.

Já as valorizações foram percebidas em Cândido Mota/SP, Pato Branco/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Eldorado/MS, Panambi/RS, Não-Me-Toque/RS, Palma Sola/SC, Cascavel/PR, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Cafelândia/PR, Luís Eduardo Magalhães/BA, São Gabriel do Oeste/MS e Brasília/DF.

Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, o mercado físico do milho continua sustentado pela falta de interesse de venda do produtor no interior dos estados. “A atratividade das exportações drena grande parte das ofertas para este segmento”.

Ainda nesta quinta-feira, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou seu boletim de acompanhamento da safra brasileira de grãos para o mês de outubro apontando as perspectivas para a safra de milho 2020/21 no Brasil.

As projeções são de redução de 0,2% na área cultivada na soma das 3 safras, com queda de 1,1% já nesta primeira safra, que deve ter 4.190,9 milhões de hectares. Apesar disso, tanto produção quanto produtividade devem ser maiores neste atual ciclo do cereal, com incremento de 2,6% 2 2,8% respectivamente.

A oferta total para o ciclo é estimada em 116,5 milhões de toneladas, somando-se produção, estoques inicias e importação. Já a demanda foi projetada em 106,8 milhões de toneladas, somando-se exportação e consumo interno, um aumento de 4,6% com relação ao período 19/20, deixando um estoque de passagem de 9,7 milhões de toneladas para 2022.

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+ Conab estima aumento do consumo de milho para a safra 2020/21 e estoques de passagem para apenas 1,6 meses em 2022

B3

Os preços futuros do milho operaram durante todo o dia em alta na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 0,46% e 2,43% por volta das 16h21 (horário de Brasília).

O vencimento novembro/20 era cotado à R$ 71,02 com ganho de 2,41%, o janeiro/21 valia R$ 71,24 com valorização de 2,43%, o março/21 era negociado por R$ 70,09 com alta de 1,36% e o maio/21 tinha valor de R$ 65,90 com elevação de 0,46%.

Estes ganhos vieram mesmo com as movimentações cambiais negativas para o dólar ante ao real. Por volta das 16h24 (horário de Brasília), a moeda americana caia 0,50% e era cotada à R$ 5,58.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mundo está comendo mais ovos e bebendo mais leite, o que demanda maior consumo de milho para abastecer essas cadeias. “O Brasil vai entrar nesse espaço e crescer na exportação para cobrir parte do espaço que o milho americano não vai conseguir atender”, diz.

Além disso, Brandalizze destaca que os portos brasileiros trabalham entre R$ 66,00 e R$ 67,00, o que atua para manter os indicativos firmes também no mercado interno. “Os grandes compradores estão fora do mercado essa semana esperando que não se atinja a meta de exportações e sobre volumes no mercado”.

Mercado Externo

Já os preços internacionais do milho futuro, abriram a quinta-feira em alta, mas perderam força e terminaram o dia caindo na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações negativas entre 1,75 e 2,50 pontos.

O vencimento dezembro/20 foi cotado à US$ 3,87 com elevação de 1,75 pontos, o março/21 valeu US$ 3,94 com valorização de 2,50 pontos, o maio/21 foi negociado por US$ 3,99 com ganho de 2,25 pontos e o julho/21 teve valor de US$ 4,03 com alta de 2,25 pontos.

Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quarta-feira de 0,26% para o dezembro/20, de 0,76% para o março/21, de 0,75% para o maio/21 e de 0,49% para o julho/21.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho registraram ganhos moderados durante a noite no início da sessão de quinta-feira, mas não conseguiram mantê-los após a fraqueza do trigo desencadear algumas vendas técnicas.

Além disso, as vendas de exportação de milho tiveram um declínio moderado em relação à semana anterior, mas ainda assim chegaram ao limite superior das estimativas de comércio, que variaram. O México liderou todos os destinos, com 13,1 milhões de bushels.

Agora o mercado aguarda que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos divulgue seu novo relatório WASE na sexta-feira. Analistas esperam que a agência reduza os estoques finais de milho para 2020/21 em quase 400.000 bushels, passando das estimativas de setembro de 2,503 bilhões de bushels para 2,113 bilhões de bushels. As estimativas de comércio individual variaram entre 1,859 bilhão e 2,333 bilhões de bushels.

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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