Milho fecha a segunda-feira mais alto e já subiu 11,14% no mês para Indicador Cepea

Publicado em 19/10/2020 17:20
Chicago também se valoriza sustentada pela demanda

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A segunda-feira (19) chegou ao final com os preços do milho mais altos no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, a única desvalorização foi percebida na praça de Luís Eduardo Magalhães/BA (1,92% e preço de R$ 51,00).

Já as valorizações apareceram em Pato Branco/PR (0,82% e preço de R$ 61,70), Marechal Cândido Rondon/PR (0,83% e preço de R$ 60,50), Ubiratã/PR (0,83% e preço de R$ 60,50), Eldorado/MS (0,87% e preço de R$ 58,30), Campinas/SP (1,37% e preço de R$ 74,00), Palma Sola/SC, Jataí/GO, Rio Verde/GO e Cândido Mota/SP (1,61% e preço de R$ 63,00), Londrina/PR (1,67% e preço de R$ 61,00), Ponta Grossa/PR e Maracaju/MS (3,13% e preço de R$ 66,00), Campo Grande/MS (3,23% e preço de R$ 64,00), Brasília/DF (3,33% e preço de R$ 62,00),

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, o estresse do dólar e a cautela do produtor brasileiro com pouca intenção em negociar sustentaram as cotações. “Um possível desfecho mais harmonioso do Brexit e os dados da economia da China são pontos de alívio no início desta semana pelo lado do câmbio”.

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (região de Campinas – SP) do milho vem registrando avanço consecutivo há 13 dias e, na sexta-feira, 16, atingiu R$ 70,72/saca de 60 kg. Na parcial de outubro, a elevação do Indicador chega a 11,14%.

“Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso aos valores segue vindo da baixa disponibilidade interna, da maior demanda e da retração de vendedores, que estão atentos ao clima e ao semeio da safra de verão 2020/21. Além disso, o avanço nos preços internacionais e o dólar em alto patamar também reforçam a valorização doméstica do cereal, tendo em vista que elevaram a paridade de exportação”.

Pesquisadores do Cepea ressaltam ainda que esses aumentos nos preços têm preocupado consumidores domésticos do cereal.

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B3

Os preços futuros do milho contabilizavam ganhos na Bolsa Brasileira (B3) ao longo desta segunda-feira. As principais cotações registravam movimentações positivas entre 0,36% e 3,86% por volta das 17h07 (horário de Brasília).

O vencimento novembro/20 era cotado à R$ 78,18 com elevação de 0,36%, o janeiro/21 valia R$ 78,20 com alta de 0,45%, o março/21 era negociado por R$ 77,35 com ganho de 0,72% e o maio/21 tinha valor de R$ 71,35 com valorização de 3,86%.

Os contratos do cereal brasileiro subiram mesmo com a movimentação negativa do dólar ante ao real neste início de semana. Por volta das 17h14 (horário de Brasília), a moeda americana era cotada à R$ 5,60 com queda de 0,80%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, este é um ano em que está chovendo menos e o milho precisa de mais água do que a soja, que é mais tolerante e acaba levando parte das intenções de plantio.

“O milho se tiver falta de chuvas no pendoamento e florescimento cai bastante o potencial produtivo e a soja acaba perdendo menos. Então o produtor acaba levando isso em conta neste momento de decisão de plantio em função do clima e acaba optando pela soja nesse momento de plantio na região Sul”, diz o analista.

Brandalizze frisa ainda que esta mudança de plantio não tem haver com os preços dos dois grãos. Uma vez que o milho, nas cotações atuais e com uma produtividade normal, dá mais lucro do que a soja à R$ 160,00.

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Mercado Externo

A segunda-feira também foi positiva para os preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 3,25 e 3,50 pontos ao final do dia.

O vencimento dezembro/20 foi cotado à US$ 4,05 com elevação de 3,25 pontos, o março/21 valeu US$ 4,10 com alta de 3,50 pontos, o maio/21 foi negociado por US$ 4,12 com valorização de 3,75 pontos e o julho/21 teve valor de US$ 4,12 com ganho de 3,25 pontos.

Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 0,75% para o dezembro/20, de 0,74% para o março/21, de 0,98% para o maio/21 e de 0,98% para o julho/21.

Segundo informações do site internacional Successful Farming, os futuros do milho em Chicago subiram neste inicio de semana apoiados por bons dados de exportação após a divulgação do relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

Os embarques semanais norte-americanos foram de 911,012 mil toneladas, contra projeções de 650 mil a 900 mil toneladas. No total, os EUA já embarcaram 5,455,972 milhões de toneladas, enquanto que no ano passado este volume era de 3 milhões do ano passado, aumento de 77%. 

“O milho nos Estados Unidos teve anúncios no monitor diário de vendas de exportação. O relatório COT mostrou vendas especificadas para compra comercial. Isso é incomum, dado o rali recente e mostra o quão grande tem sido a demanda”, disse Jack Scoville, analista de mercado do PRICE Futures Group.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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