Preço do milho mantém trajetória de alta no Brasil e chega aos R$ 80,00 na B3

Publicado em 20/10/2020 17:01 e atualizado em 21/10/2020 09:22
Chicago segue subindo apoiado pelas exportações dos EUA

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A terça-feira (20) chega ao final com os preços do milho bem valorizados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas desvalorizações em nenhuma das praças.

Já as altas apareceram em Pato Branco/PR, Londrina/PR, Ubiratã/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Eldorado/MS, Campinas/SP (1,35% e preço de R$ 75,00), Itapetininga/SP, Ponta Grossa/PR (1,52% e preço de R$ 67,00), Panambi/RS, Não-Me-Toque/RS, Cândido Mota/SP, Palma Sola/SC, Brasília/DF, Cafelândia/PR, Oeste da Bahia, Dourados/MS, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Cascavel/PR, São Gabriel do Oeste/MS, Porto Santos/SP (8,11% e preço de R$ 80,00) e Rio do Sul/SC.

Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira

De acordo com reporte diário da Radar Investimentos, no mercado físico, os negócios estão mais calmos nos últimos dias com pouco volume.

No Mato Grosso, por exemplo, o Indicador Imea-MT superou os R$ 56,09 com os produtores segurando as ofertas em meio ao atraso no plantio da soja, indicou o IMEA (Instituto mato-grossense de Economia Aplicada).

No Paraná, o plantio da safra verão chegou à 86% do total previsto, mas as lavouras registraram queda nas classificações de qualidade com 83% sendo avaliadas como boas contra os 85% da semana anterior, devido aos problemas climáticos.

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B3

Os preços futuros do milho operaram durante todo o dia em alta na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 0,19% e 4,40% por volta das 17h07 (horário de Brasília).

O vencimento novembro/20 era cotado à R$ 80,05 com ganho de 0,19%, o janeiro/21 valia R$ 80,28 com elevação de 0,22%, o março/21 era negociado por R$ 79,00 com estabilidade e o maio/21 tinha valor de R$ 74,49 com valorização de 4,40%.

O analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, já acreditava que as cotações do cereal na Bolsa Brasileira deveriam bater a marca dos R$ 80,00 ainda nos próximos dias com a oferta de milho bastante escassa no Brasil.

“A comercialização avançou bem e, mesmo as exportações não tendo avançando no ritmo que se esperava, as ofertas estão escassas e os poucos que tem milho não querem vender, está todo mundo segurando”, comenta o analista.

Brandalizze acrescenta que a pandemia fez disparar o consumo de muitos alimentos e o setor de rações está trabalhando em carga máxima. Como o milho é um dos principais ingredientes da ração, isso deixa a procura pelo cereal muito forte.

“As indústrias neste mês de outubro estão correndo atrás de milho justamente para ter matéria prima para trabalhar esse restante de ano e algumas querendo grãos já para atender o mês de janeiro que estará escasso de oferta”, diz.

Mercado Externo

Os preços internacionais do milho futuro também subiram nesta terça-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 2,75 e 3,50 pontos ao final do dia.

O vencimento dezembro/20 foi cotado à US$ 4,08 com ganho de 3,50 pontos, o março/21 valeu US$ 4,13 com alta de 2,75 pontos, o maio/21 foi negociado por US$ 4,15 com elevação de 3,25 pontos e o julho/21 teve valor de US$ 4,15 com valorização de 3,50 pontos.

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última segunda-feira, de 0,74% para o dezembro/20, de 0,73% para o março/21, de 0,73% para o maio/21 e de 0,73% para o julho/21.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho apresentaram tendência de alta moderada na terça-feira. A compra técnica empurrou os preços quase 1% para cima hoje, alimentada pelo otimismo de exportação e com a força de propagação do trigo emprestando suporte adicional. 

“Os grãos continuam encontrando apoio com a venda de produtores leves e forte demanda de exportação. Além disso, o dólar americano fraco continua enfraquecendo, o que é atraente para os compradores estrangeiros. O lento progresso do plantio no Brasil e o potencial imposto de importação deixaram os primeiros vendedores nervosos. Por esses motivos, as exportações serão observadas de perto nas próximas semanas, se a tendência continuar”, disse Jason Roose, da US Commodities.

Al Kluis, da Kluis Advisors, disse ainda que há boas razões para acreditar que os mercados podem subir mais daqui para frente.

“Enquanto os preços do milho continuarem em alta na China, os preços dos EUA estarão bem suportados de qualquer contratempo. Os futuros do milho na bolsa de commodities de Dalian na China estão sendo negociados a US$ 9,60 esta manhã, esmo que você calcule um custo de frete de US $ 1,50 por bushel, os preços nos EUA ainda são bastante baixos para os usuários finais chineses”, disse Kluis aos clientes em uma nota diária.

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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