Milho sobe no físico e cai na B3 nesta quarta-feira

Publicado em 28/10/2020 16:41 e atualizado em 29/10/2020 09:18
Chicago cai 14 pontos com devolução de ganhos e de olho na Covid

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A quarta-feira (28) chega ao final com os preços do milho subindo no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas desvalorizações em nenhuma das praças.

Já as Valorizações apareceram em Londrina/PR, Cafelândia/PR, Não-Me-Toque/RS, Jataí/G), Rio Verde/GO, Panambi/RS, Cascavel/PR, Maracaju/MS, Oeste da Bahia, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Amambaí/MS, Brasília/DF e Luís Eduardo Magalhães/BA.

Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimento, o mercado físico do milho está praticamente vazio de negócios. “Não há ofertas grandes de venda e os compradores ficam receosos em comprarem volumes relevantes nos atuais níveis de preço. O intervalor das ofertas de compra e venda é grande”.

No estado de Goiás, o preço médio do milho subiu 4,59% na última semana e fechou a sexta-feira (23) com valor de R$ 64,34, segundo o Ifag (Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás).

Já no Mato Grosso do Sul, a saca do cereal subiu 9,56% entre 19 a 26 de outubro de 2020, encerrando o período negociado a R$ 70,00. “As cotações do milho no mercado interno seguem evoluindo no Brasil pressionadas pela baixa disponibilidade doméstica, a posição firme de vendedores e a demanda aquecida”, explica a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul).

B3

Os preços futuros do milho operaram em baixa durante toda a quarta-feira na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações negativas entre 1,25% e 1,97% por volta das 16h21 (horário de Brasília).

O vencimento novembro/20 era cotado à R$ 83,20 com desvalorização de 1,97%, o janeiro/21 valia R$ 83,88 com queda de 1,75%, o março/21 era negociado por R$ 82,90 com perda de 1,25% e o maio/21 tinha valor de R$ 76,50 com baixa de 1,51%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado brasileiro está com poucos compradores e poucos vendedores. “Estamos sem ofertas neste momento e somente as pequenas empresas de ração buscam compras agora”, diz.

Apesar das quedas de hoje, Brandalizze destaca que o quadro ainda é positivo e dá fôlego aos indicadores. “A condição da safra de verão melhorou com a chuva dos últimos dias, mas ainda pode haver dificuldades. Tem muito milho para a entrega nos portos de fevereiro/21 e os contratos para março/21 no Porto de rio Grande estão em R$ 82,00”, aponta o analista.

Mercado Externo

A Bolsa de Chicago (CBOT) despencou nesta quarta-feira para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 11,50 e 14,50 pontos ao final do dia.

O vencimento dezembro/20 foi cotado à US$ 4,01 com desvalorização de 14,50 pontos, o março/21 valeu US$ 4,04 com perda de 12,25 pontos, o maio/21 foi negociado por US$ 4,05 com queda de 11,75 pontos e o julho/21 teve valor de US$ 4,05 com baixa de 11,50 pontos.

Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 3,61% para o dezembro/20, de 2,88% para o março/21, de 2,88% para o maio/21 e de 2,88% para o julho/21.

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de grãos dos Estados Unidos foram negociados em território negativo na quarta-feira, corrigindo das altas recentes, após uma venda mais ampla nos mercados globais devido às preocupações sobre o impacto econômico de um aumento nas infecções por COVID-19 na Europa e Estados Unidos.

“O milho e a soja estavam sendo negociados a preços com base em suposições de desenvolvimentos futuros. Quando você está em um ambiente sem risco, como nos mercados mais amplos, isso os deixa vulneráveis", disse Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da StoneX.

Suderman disse ainda que as preocupações com o clima para a safra de soja da América do Sul e a esperança de que a China compre mais milho dos EUA são fundamentalmente favoráveis, mas esses fatores não são uma aposta certa.

A publicação destaca também que, enquanto isso, as preocupações de outra paralisação da COVID-19 nos Estados Unidos ameaçam a demanda por etanol à base de milho, com o uso tentando se recuperar do primeiro bloqueio.

“Parecia que poderíamos ultrapassar um ano atrás. Então, nas últimas duas semanas, vimos um declínio”, disse Jason Ward, diretor administrativo da Northstar Commodity.

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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