Milho se valoriza no Brasil nesta 5ªfeira com mercado de rações buscando novos volumes

Publicado em 05/11/2020 16:57 e atualizado em 06/11/2020 09:20
Chicago sobe com boas exportações

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A quinta-feira (05) chega ao final com os preços do milho mais altos no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas desvalorizações em nenhuma das praças.

Já as valorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS (1,32% e preço de R$ 77,00), Panambi/RS (1,34% e preço de R$ 77,04), Rondonópolis/MT, Alto Garças/MT e Itiquira/MR (1,51% e preço de R$ 67,30), Brasília/DF (3,03% e preço de R$ 68,00) e Luís Eduardo Magalhães/BA (3,17% e preço de R$ 65,00).

Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, a maior queda diária do dólar desde o final de agosto nesta última quarta-feira deixou os preços do milho nos portos comportados. “O fluxo de negócios no mercado físico é pequeno, enquanto o comprador evita fazer compras com volume relevante”.

A analista de mercado da StoneX, Ana Luiza Lodi enxerga que os preços do milho devam seguir altos e sustentados no mercado nacional nesta reta final de 2020 e durante todo o primeiro semestre de 2021, podendo sentir algum recuo apenas com a chegada dos volumes colhidos na segunda safra no segundo semestre do ano que vem.

B3

Os preços futuros do milho operaram em alta durante toda a quinta-feira na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 0,60% e 1,46% por volta das 16h21 (horário de Brasília).

O vencimento novembro/20 era cotado à R$ 82,76 com ganho de 0,60%, o janeiro/21 valia R$ 83,79 com elevação de 0,65%, o março/21 era negociado por R$ 83,00 com alta de 0,79% e o maio/21 tinha valor de R$ 76,30 com valorização de 1,46%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 segue em alta porque não existem vendedores e o setor de rações está correndo atrás de milho nesta semana.

“Estamos vendo que os granjeiros e pequenas indústrias de ração estão correndo atrás de tudo o que aparece e é possível de usar como ração. Há procura pela cevada, pelo centeio, triticale, azevém e tudo o que é possível de alternativa para tentar fazer a ração com um custo competitivo porque o milho é escasso e ninguém quer vender”, explica o analista.

Bradalizze aponta ainda que o tempo abriu e não há previsões de chuvas nos próximos sete dias para o Sul e Sudeste do Brasil, o que não é bom para as lavouras. “Para prejudicar ainda mais o quadro, em partes de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e o sul do Paraná as temperaturas foram de geadas, então a situação da safra é de dificuldades”, afirma.

Mercado Externo

Os preços internacionais do milho futuro também registraram ganhos nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 3,25 e 4,00 pontos ao final do dia.

O vencimento dezembro/20 foi cotado à US$ 4,09 com valorização de 4,00 pontos, o março/21 valeu US$ 4,14 com elevação de 3,50 pontos, o maio/21 foi negociado por US$ 4,17 com alta de 3,50 pontos e o julho/21 teve valor de US$ 4,18 com ganho de 3,25 pontos.

Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última quarta-feira, de 0,99% para o dezembro/20, de 0,73% para o março/21, de 0,72% para o maio/21 e de 0,72% para o julho/21.

Segundo informações da Kluis Advisors, os investidores querem ver mais atenção nas exportações do que nos resultados das eleições.

“A eleição presidencial ainda está indecisa até esta manhã. Os preços da soja dispararam mais na quarta-feira. O catalisador mais provável é o retorno da previsão mais seca para a América do Sul. Os recentes eventos de chuva não ocorreram como esperado e a previsão de curto prazo não é ideal. A condição climática de La Niña está tentando se adaptar ao padrão climático. Isso tem significado historicamente uma estação de cultivo mais seca. Muitos traders suspeitam que os agricultores sul-americanos estão fortemente vendidos na safra deste ano, o que pode levar a problemas no futuro se a produção ficar abaixo das metas ”, disse Bob Linneman da Kluis Advisors.

“Alguns analistas da indústria de exportação de grãos estão preocupados que a China possa tentar cancelar algumas das vendas que foram contabilizadas. No entanto, com o clima atual e atrasos no plantio na América do Sul, é improvável que vejamos cancelamentos até que as estimativas de oferta mundial de soja parem de cair”, acrescenta.

Ainda nesta quinta-feira, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que as vendas semanais americanas foram de 2,610,9 milhões de toneladas, enquanto o mercado tinha expectativas de 1,8 milhão e 3,1 milhões de toneladas.

Com esse volume, o total já vendido pelos EUA chega 33,189,2 milhões de toneladas - de uma projeção de 59,88 milhões estimadas para todo ano comercial - muito superior as pouco mais de 11,8 milhões da temporada anterior. 

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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