Preço do milho tem dia de recuo no Brasil nesta segunda-feira

Publicado em 09/11/2020 17:13 e atualizado em 10/11/2020 09:21
Chicago se movimenta pouco aguardando USDA

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A segunda-feira (09) chega ao final com os preços do milho recuando no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas valorizações apenas nas praças de Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Ponta Grossa/PR e Dourados/MS.

Já as desvalorizações foram percebidas em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cafelândia/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Brasília/DF, São Gabriel do Oeste/MS, Maracaju/MS, Campo Grande/MS, Eldorado/MS, Campinas/SP e Porto Santo/SP.

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira

De acordo o reporte diário da Radar Investimentos, “o dólar caminhando para R$5,00-R$5,20 muda a demanda do cereal nos portos. Nos últimos dias, as cotações para este segmento já haviam perdido a euforia, enquanto o mercado doméstico também estava mais calmo e com poucos negócios”.

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, neste início de mês, os preços do milho vêm registrando comportamentos distintos dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea.

Segundo pesquisadores, em São Paulo, compradores estão mais ausentes, resultando em pequenas quedas nos preços. Assim, depois de o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (região de Campinas/SP) subir por semanas consecutivas e atingir recorde real no final de outubro, voltou a cair neste começo de novembro – o recuo é de 0,7% na parcial do mês, a R$ 81,32/saca de 60 kg na sexta-feira, 6.

Nos portos, a desvalorização do dólar também pressionou as cotações. Já nas demais regiões acompanhadas pelo Cepea, a baixa disponibilidade mantém os valores do milho em alta.

B3

Os preços futuros do milho contabilizaram perdas na Bolsa Brasileira (B3) ao longo de toda a segunda-feira. As principais cotações registravam movimentações negativas entre 0,31% e 2,84% por volta das 17h07 (horário de Brasília).

O vencimento novembro/20 era cotado à R$ 78,38 com queda de 0,53%, o janeiro/21 valia R$ 78,00 com baixa de 0,51%, o março/21 era negociado por R$ 77,76 com perda de 0,31% e o maio/21 tinha valor de R$ 72,29 com desvalorização de 2,84%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, esses recuos na Bolsa Brasileira são impacto da queda do dólar que deixa as cotações menores nos portos e refletem nas flutuações da B3.

“O mercado nacional é vinculado ao mercado das exportações, se o mercado de exportação cai, ele também pressiona o mercado interno”, explica o analista.

Brandalizze destaca ainda que a chuva chegando à partes do Paraná e Santa Catarina acaba equilibrando um pouco as condições de lavouras e também pressiona a B3.

Mercado Externo

Já os preços internacionais do milho futuro flutuaram próximos à estabilidade durante toda a segunda-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 0,75 e 1,50 pontos ao final do dia.

O vencimento dezembro/20 foi cotado à US$ 4,07 com alta de 0,75 pontos, o março/21 valeu US$ 4,15 com valorização de 1,50 pontos, o maio/21 foi negociado por US$ 4,19 com ganho de 1,25 pontos e o julho/21 teve valor de US$ 4,21 com elevação de 1 ponto.

Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 0,25% para o dezembro/20, de 0,48% para o março/21, de 0,48% para o maio/21 e de 0,24% para o julho/21.

Segundo informações do site internacional Successful Farming, os investidores estão atentos ao clima global e ao relatório de oferta/demanda de novembro que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) irá di vulgar amanhã.

“No ritmo atual das exportações de milho e soja, o USDA aumentará as projeções de exportação e reduzirá os estoques finais no relatório de amanhã. Não vejo evidência de racionamento de preços neste momento”, disse Bob Linneman da Kluis Advisors aos clientes em uma nota diária. 

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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