Milho fecha a 5ªfeira acomodado no Brasil após bater o teto, segundo Brandalizze

Publicado em 12/11/2020 17:17 e atualizado em 13/11/2020 09:45
Chicago cai 9 pontos com mercado realizando lucros

LOGO nalogo

A quinta-feira (12) chega ao final com os preços do milho oscilando no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações em Pato Branco/PR (0,72% e preço de R$ 69,20), Ubiratã/PR (0,73% e preço de R$ 68,00), Castro/PR (2,60% e preço de R$ 75,00) e Ponta Grossa/PR (2,63% e preço de R$ 74,00).

Já as valorizações apareceram nas praças de Cafelândia/PR (0,74% e preço de R$ 68,50), Campinas/SP (1,20% e preço de R$ 84,00), Amambaí/MS (1,35% e preço de R$ 75,00), Cândido Mota/SP (1,42% e preço de R$ 71,50), Tangará da Serra/MT (1,45% e preço de R$ 70,00), Oeste da Bahia (1,54% e preço de R$ 66,00) e Brasília/DF (preço de R$ 70,00).

Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o comprador tem dado a tônica dos mercados. O volume de ofertas do milho de fora de São Paulo tem crescido desde o final da semana passada e mantém os preços comportados. Além disto, em nov/20, o fluxo cambial estrangeiro no Brasil já foi de R$7,8 bilhões, o que pressiona o câmbio”.

B3

Os preços futuros do milho operam com leves quedas em boa parte dessa quinta-feira, mas passaram a registrar movimentações em campo misto na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações contabilizavam flutuações entre 0,81% negativo e 0,36% positivo por volta das 17h14 (horário de Brasília).

O vencimento novembro/20 era cotado à R$ 80,40 com alta de 0,36%, o janeiro/21 valia R$ 80,22 com elevação de 0,28%, o março/21 era negociado por R$ 80,14 com perda de 0,31% e o maio/21 tinha valor de R$ 73,70 com queda de 0,81%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 segue sentindo a pressão do dólar e também dos grandes compradores de ração que vão começando a se acomodar, deixando apenas os pequenos granjeiros comprando.

“Já bateu no teto e agora o mercado está acomodado. Os indicadores das indústrias estão variando de R$ 80,00 a R$ 90,00 dependendo da região, mas sem mostrar espaço para mudanças porque tem poucos vendedores”, diz Brandalizze.   

Olhando para as exportações, o Brasil segue com milho competitivo mesmo com a recuada do dólar. Segundo a analista de mercado da Céleres Consultoria, Daniely Santos, a queda do dólar se deu por motivos externos, como a eleição norte-americana e os avanços das vacinas para a COVID-19. Porém, os fatores políticos e econômicos internos seguem sustentando o câmbio contra o real.

“O milho brasileiro continua sendo competitivo com o dólar ao redor dos R$ 5,00 não só pelo dólar, mas também por o Brasil conseguir aumentar a produção de milho sem ter que deixar de cultivar nenhum pé de soja”, diz a analista.

Leia Mais:

+ Mesmo com recuo do dólar, milho brasileiro segue competitivo para exportação, diz Céleres Consultoria

Mercado Externo

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) foi perdendo força ao longo do dia para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 7,00 e 9,00 pontos ao final da quinta-feira.

O vencimento dezembro/20 foi cotado à US$ 4,08 com desvalorização de 9,00 pontos, o março/21 valeu US$ 4,18 com perda de 8,75 pontos, o maio/21 foi negociado por US$ 4,23 com baixa de 8,25 pontos e o julho/21 teve valor de US$ 4,25 com queda de 7,00 pontos.

Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última quarta-feira, de 2,16% para o dezembro/20, de 2,11% para o março/21, de 1,86% para o maio/21 e de 1,62% para o julho/21.

Segundo informações do site internacional Successful Farming, nesta quinta-feira, os mercados agrícolas do CME Group recuaram, após um forte início de semana, com os investidores realizando lucros.

“Acho que o dinheiro que está vendo as manchetes consistentemente negativas sobre casos e mortes de COVID-19 e se perguntando ‘devo tirar alguns da mesa?’. Agora, esses compradores estão lucrando com algumas fichas de um relatório muito otimista do USDA. Independentemente da razão pela qual estão fazendo isso, eles estão fazendo”, analisa Jason Ward da Northstar Commodity.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário