Milho: semana começa com negociações lentas no Brasil

Publicado em 16/11/2020 17:10
Chicago sobe nesta 2ªfeira com mercado de ações em alta

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A segunda-feira (16) chega ao final com os preços do milho sem muitas movimentações no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas valorizações em Pato Branco/PR (0,72% e preço de R$ 69,70), Cafelândia/PR (0,74% e preço de R$ 68,50) e Ponta Grossa/PR (1,35% e preço de R$ 75,00).

Já as desvalorizações apareceram nas praças de Amambaí/MS (1,36% e preço de R$ 72,50), São Gabriel do Oeste/MS (1,39% e preço de R$ 71,00) e Brasília/DF (1,43% e preço de R$ 69,00).

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o mercado físico do milho esteve com poucos negócios, com o comprador recuado e o vendedor calmo. A baixa do dólar no início desta semana chama atenção para as referências nos portos, que já estavam pressionadas para baixo nas semanas anteriores”.

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que as negociações de milho estão lentas no mercado brasileiro.

“Diante do elevado patamar de preço, compradores adquirem apenas pequenos lotes. Esses demandantes também se atentam à desvalorização do dólar, que pode diminuir a atratividade nos portos brasileiros. Muitos vendedores, por sua vez, seguem retraídos, à espera de que compradores voltem ao mercado de forma mais intensa para recomposição de estoques”.

Além disso, os pesquisadores apontam que os produtores estão preocupados com o clima adverso e com a possível redução na safra verão. “Nesse ambiente, os valores ainda apresentam movimentos distintos dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea, refletindo as diferentes condições de mercado”. 

B3

Os preços futuros do milho operaram durante todo o dia com leves altas na Bolsa Brasileira (B3), mas perderam força na reta final da segunda-feira. As principais cotações registravam movimentações entre 0,50% negativo e 0,62% positivo por volta das 17h07 (horário de Brasília).

O vencimento novembro/20 era cotado à R$ 80,80 com ganho de 0,62%, o janeiro/21 valia R$ 79,99 com baixa de 0,41%, o março/21 era negociado por R$ 79,80 com queda de 0,50% e o maio/21 tinha valor de R$ 74,08 com perda de 0,43%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, um pouco do reflexo positivo dos preços nacionais é que o mercado externo também está em alta e isso dá fôlego às exportações brasileiras. Além disso, o país segue com demanda para o setor de ração.

“É a última demanda do ano, mais umas duas semanas que as indústrias de ração devem continuar a comprar e depois vão acomodar e entrar em férias coletivas. Então aquele produtor que tem milho e espera vender ainda nesse ano, tem mais duas semanas, depois vai ter dificuldade porque a maioria dos consumidores vai esperar a safra de verão”, diz Brandalizze.

Ainda nesta segunda-feira, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até o final da segunda semana de novembro.

Somente nesses 9 dias úteis do mês, o Brasil exportou 2.271.076,1 toneladas de milho não moído. Este volume já é 44,04% de tudo o que foi embarcado durante o mês de outubro. Com isso, a média diária de embarques ficou em 252.341,8 toneladas,  22,79% maior do que as 205.514,2 do mês de novembro de 2019.

Leia Mais:

+ Exportação brasileira de milho em novembro chega à 2,71 milhões de toneladas e já é 47% do previsto para o mês

Mercado Externo

A Bolsa de Chicago (CBOT) também encerrou a segunda-feira contabilizando ganhos para os preços internacionais do milho futuro nesta segunda-feira. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 3,50 e 5,75 pontos ao final do dia.

O vencimento dezembro/20 foi cotado à US$ 4,16 com valorização de 5,75 pontos, o março/21 valeu US$ 4,24 com elevação de 4,75 pontos, o maio/21 foi negociado por US$ 4,28 com ganho de 4,25 pontos e o julho/21 teve valor de US$ 4,29 com alta de 3,75 pontos.

Esses índices representaram elevação, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 1,46% para o dezembro/20, de 1,19% para o março/21, de 0,94% para o maio/21 e de 0,70% para o julho/21.

Segundo informações do site internacional Successful Farming, no fechamento das negociações do CME Group na segunda-feira, os futuros de milho fecharam em alta influenciados pelo mercado de ações.

“Os mercados de grãos estão mais altos  hoje  devido aos mercados externos. A Moderna Inc. divulgou notícias positivas sobre sua vacina covid-19 após seus últimos testes e os mercados também dispararam na semana passada, quando a Pfizer fez o mesmo. O mercado de ações voltou rapidamente às máximas dos contratos, elevando o petróleo e a maioria das commodities”, diz Matt Tranel da ever.ag.

Nesta segunda-feira, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que os embarques semanais de milho dos EUA somaram 817,476 mil toneladas, dentro das expectativas de 650 mil a 1 milhão. Assim, o acumulado chega a 8,394,860 milhões de toneladas, volume que é 68% maior do que no mesmo período do ano passado.

+ USDA informa embarques semanais de soja dos EUA acima de 2,2 mi de t

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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