Preço do milho se movimenta pouco no Brasil em quinta-feira de calmaria

Publicado em 19/11/2020 17:16 e atualizado em 20/11/2020 09:16
Chicago cai com realização de lucros, mas exportações ainda sustentam

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A quinta-feira (19) chega ao final com os preços do milho registrando poucas elevações no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações apenas em São Gabriel do Oeste/MS (1,39% e preço de R$ 71,00), Jataí/GO (1,43% e preço de R$ 1,43%) e Rio Verde/GO (2,94% e preço de R$ 66,00).

Já as valorizações apareceram nas praças de Amambaí/MS (1,41% e preço de R$ 72,00), Rondonópolis/MT (2,25% e preço de R$ 72,60), Alto Garças/MT e Itiquira/MT (2,34% e preço de R$ 69,90) Dourados/MS (2,74% e preço de R$ 75,00).

Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “gradativamente, a disponibilidade do cereal de fora do estado tem crescido e trazido as referências de preços mais próximas das tentativas do comprado do que do vendedor. As exportações também ficaram mais calmas no últimos dias”.

B3

Os preços futuros do milho operaram em queda durante a maior parte da quinta-feira na Bolsa Brasileira (B3), mas tiveram leves recuperações no final da tarde. As principais cotações registravam movimentações entre 0,07% negativo e 0,08% positivo por volta das 17h07 (horário de Brasília).

O vencimento janeiro/21 era cotado à R$ 78,80 com alta de 0,08%, o março/21 valia R$ 78,70 com elevação de 0,06%, o maio/21 era negociado por R$ 73,80 com queda de 0,07% e o julho/21 tinha valor de R$ 66,80 com estabilidade

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as movimentações na Bolsa Brasileira seguiram acompanhando o que aconteceu em Chicago. Além disso, as chuvas se normalizando dão uma boa perspectiva para a safra brasileira.

“O dólar em queda também acaba afetando. Como estamos com Chicago em queda e dólar em queda, hoje se fala em R$ 1,00 a menos para a exportação nos portos e isso acaba refletindo na B3”, diz o analista.

Brandalizze destaca ainda que os grandes compradores já começaram a tirar o pé e devem ter mais uma semana, ou no máximo 15 dias, de novas compras em função da parada de dezembro para manutenção dos equipamentos e férias coletivas.

Mercado Externo

Os preços internacionais do milho futuro também recuaram durante toda a quinta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações negativas entre 3,25 e 3,75 pontos ao final do dia.

O vencimento dezembro/20 foi cotado à US$ 4,22 com baixa de 3,25 pontos, o março/21 valeu US$ 4,27 com perda de 3,25 pontos, o maio/21 foi negociado por US$ 4,29 com desvalorização de 3,75 pontos e o julho/21 teve valor de US$ 4,30 com queda de 3,75 pontos.

Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última quarta-feira, de 0,71% para o dezembro/20, de 0,70% para o março/21, de 0,92% para o maio/21 e de 0,69% para o julho/21.

Segundo informações do site internacional Successful Farming, os futuros do milho caíram nessa quinta-feira em uma rodada de realização de lucros e com temores sobre o avanço do Coronavírus.

“O Coronavírus fez um retorno e atingiu, no mínimo, as perspectivas de demanda para bicombustíveis. É observada alguma realização de lucros, mas isso deve ser de curto prazo e a alta deve continuar em longo prazo”, pontua o analista de mercado do PRICE Futures Group, Jack Scoville.

Apesar disso, as perdas registradas no final da sessão foram menores do que as que apareceram ao longo dia. O que ajudou nesse sentido foram os dados de exportação semanal divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Os EUA venderam 1,088,6 milhão de toneladas e o total superou as expectativas do mercado que ia de 600 mil à 1 milhão de toneladas. O volume já vendido do cereal pelos norte-americanos já é de 35,256,1 milhões de toneladas, 166% a mais do que no ano passado, neste mesmo intervalo.

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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