Milho fecha a quarta-feira consolidando mais um dia de quedas no Brasil

Publicado em 02/12/2020 19:03 e atualizado em 03/12/2020 09:18
Chicago reverte movimentações e sobe com término da realização de lucros

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A quarta-feira (02) chega ao final com os preços do milho mais uma vez recuando no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas valorizações em nenhuma das praças.

Já as desvalorizações apareceram nas praças de Campinas/SP (1,27% e preço de R$ 78,00), Panambi/RS, Rio do Sul/SC, Itapetininga/SP, Palma Sola/SC, Tangará da Serra/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Amambaí/MS, Pato Branco/PR, Cascavel/PR, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Campo Novo do Parecis/MT, Brasília/DF (2,94% e preço de R$ 66,00) e Eldorado/MS.

Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o mercado físico do milho está mais ofertado frente às semanas anteriores. Além do aumento da disponibilidade do cereal tributado, o recuo do dólar também tem pesado sobre a precificação”.

No Mato Grosso do Sul, por exemplo, o preço da saca do milho se desvalorizou 2,70% entre 23 a 30 de Novembro de 2020 e encerrou o período negociada a R$ 67,63. “As cotações do milho no mercado interno recuaram seguindo à desvalorização do dólar”, diz a Famasul.

Já em Goiás, o preço médio do milho caiu 1,54% na última semana e fechou a sexta-feira (27) com valor de R$ 66,00. “A ponta compradora busca reduzir ainda mais os preços visto que dentro do estado houve uma melhoria da oferta do cereal, oriundo de um volume antes reservado à exportação. Porém a liquidez ainda é baixa”, explica o Ifag.

B3

Os preços futuros do milho registraram movimentações baixistas durante toda a quarta-feira na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações negativas entre 0,29% e 1,45% por volta das 17h07 (horário de Brasília).

O vencimento janeiro/21 era cotado à R$ 74,35 com queda de 0,56%, o março/21 valia R$ 74,48 com perda de 0,29%, o maio/21 era negociado por R$ 71,95 com baixa de 0,76% e o julho/21 tinha valor de R$ 67,31 com desvalorização de 1,45%.

O preço do milho no Brasil deve seguir alto nessa reta final de 2020 e durante o próximo ano, pelo menos até o segundo semestre, conforme analisa o Rabobank. A demanda aquecida, bons índices de exportação e o câmbio desvalorizando o real ante ao dólar são os principais pontos para dar essa sustentação.

Segundo o analista de grãos do Rabobank, Victor Ikeda, somente um câmbio mais baixo seria capaz de modificar este cenário, mas que, no momento, nada sinaliza esta tendência. Inclusive, o real valendo menos do que o dólar deve ser fundamental para a manutenção da competitividade do cereal brasileiro no mercado internacional.

Mercado Externo

Já os preços internacionais do milho futuro começaram o dia caindo, mas ganharam força na parte da tarde na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 2,00 e 4,25 pontos ao final da quarta-feira.

O vencimento dezembro/20 foi cotado à US$ 4,19 com valorização de 4,25 pontos, o março/21 valeu US$ 4,23 com alta de 3,00 pontos, o maio/21 foi negociado por US$ 4,26 com elevação de 2,50 pontos e o julho/21 teve valor de US$ 4,26 com ganho de 2,00 pontos.

Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 1,21% para o dezembro/20, de 0,71% para o março/21, de 0,47% para o maio/21 e de 0,47% para o julho/21.

Segundo informações do site internacional Successful Farming, os contratos do cereal começaram o dia caindo devido ao acompanhamento climático na América do Sul e com os players realizando lucros no mercado, mas reverteram a situação para o fim do dia.

“Ainda é um mercado de clima e o clima está melhor no Brasil e na Argentina. Porém, estávamos a três dias em queda, então grande parte da obtenção de lucro das especificações deve estar encerrada e um mercado mais lateral é possível por um tempo”, disse Jack Scoville da PRICE Futures Group.

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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