Cotação do milho segue caindo no Brasil com pressão da ponta compradora
A quinta-feira (02) segue acumulando perdas para os preços futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações negativas entre 0,46% e 2,35% por volta das 12h00 (horário de Brasília).
O vencimento janeiro/21 era cotado à R$ 73,01 com desvalorização de 2,35%, o março/21 valia R$ 73,51 com perda de 1,59%, o maio/21 era negociado por R$ 71,00 com queda de 1,32% e o julho/21 tinha valor de R$ 67,00 com baixa de 0,46%.
De acordo com a análise da Agrifatto Consultoria, “a pressão que a ponta compradora está impondo sobre o mercado tem sido a principal justificativa para a desvalorização do milho”, que registra baixas pelo quarto dia consecutivo na B3.
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro reverteram a fraqueza do começo da manhã e passaram a subir na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta quinta-feira. As principais cotações registravam movimentações positivas entre 1,50 e 3,00 pontos por volta das 11h47 (horário de Brasília).
O vencimento dezembro/20 era cotado à US$ 4,22 com valorização de 3,00 pontos, o março/21 valia US$ 4,26 com ganho de 2,25 pontos, o maio/21 era negociado por US$ 4,28 com alta de 1,50 pontos e o julho/21 tinha valor de US$ 4,28 com elevação de 2,00 pontos.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, fortes dados de produção de etanol apoiaram o aumento dos preços do milho esta manhã, uma vez que os mercados de milho se recuperaram após uma liquidação de três dias
Na última quarta-feira, o Departamento de Agricultura dos Estados unidos (USDA) informou que o milho usado para etanol atingiu 433 milhões de bushels (10.998.200 toneladas) em outubro, o que foi 8% maior no mês a mês, mas caiu 1% em relação a outubro de 2019.
Agora, o mercado espera a divulgação do novo relatório de vendas semanais de exportação do USDA. A expectativa do mercado gira entre 31,5 milhões - 63,0 milhões de bushels (entre 800.100 e 1,6 milhão de toneladas).
WELLISTON FRANK TEIXEIRA DOUTOR CAMARGO - PR
O momento é complicado para os compradores, pois os níveis dos estoques de milho no Brasil está muito baixo, um dos mais baixos da história. E não é só isso, mesmo que o Brasil colha uma safra recorde na próxima temporada, não mudará nada...., estes mesmos estoques continuarão mais baixos ainda, devido ao aumento de consumo e exportação. OBS: A safra de verão já acumulou perdas irreparáveis devido à seca e a safrinha será plantada mais tarde, devido atraso no plantio da soja.
Há de se considerar que, nessa época, não haverá mais internalização de aves, suinos e similares. As grandes industrias estão desativando para manutenção e feriados de final de ano. Muitos produtores estão retendo estoques, pois preços deverão retornarem em niveis superiores no inicio do próximo ano. Também esperando o final do ano fiscal.