Milho engata terceira alta seguida na B3 nesta 4ªfeira impulsionado pelo dólar

Publicado em 29/09/2021 16:25 e atualizado em 29/09/2021 17:04
Chicago também sobe esperando estoques menores nos EUA

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A quarta-feira (29) chega ao fim com os preços futuros do milho confirmando o terceiro pregão consecutivo de elevações na Bolsa Brasileira (B3).

O vencimento novembro/21 foi cotado à R$ 93,43 com ganho de 0,24%, o janeiro/22 valeu R$ 94,40 com valorização de 0,36%, o março/22 foi negociado por R$ 94,34 com elevação de 0,30% e o maio/22 teve valor de R$ 89,45 com alta de 0,11%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado parou de cair para o milho porque com o dólar acima de R$ 5,40, como está operando agora, já dá condições de exportação.

“Ainda não temos negócios novos de exportação, mas isso segura o tombo interno e a linha de queda, mostrando agora acomodação nos níveis entre R$ 90,00 e R$ 94,00 junto as indústrias de ração entre Sul e Sudeste”, pontua Brandalizze.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho se movimentaram pouco nesta quarta-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, encontrou desvalorizações apenas no Oeste da Bahia. Já as valorizações apareceram somente nas praças de Cascavel/PR, Castro/PR e Dourados/MS.

Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, a “demanda avança com maior apetite para o cereal estancando momentaneamente o movimento de queda dos preços e a saca em Campinas/SP volta ao patamar de R$ 92,00/sc”. 

Enquanto isso, o Paraná encerrou a colheita da segunda safra de milho e já semeou 62% das lavouras da próxima safra de verão, conforme apontou o Deral. Para esta primeira safra, a estimativa é de uma produção total de 4,112 milhões de toneladas no estado.

O Mato Grosso do Sul também encerrou oficialmente os trabalhos de colheita da segunda safra de 2021. A Famasul deve divulgar seu balanço final de temporada na próxima semana, mas já espera uma redução de, pelo menos, 2,7 milhões de toneladas na projeção inicial de produção.

Mercado Externo

Os preços internacionais do milho futuro também encerraram a quarta-feira (29) contabilizando elevações na Bolsa de Chicago (CBOT) recuperando as perdas registradas no último pregão da terça-feira.

O vencimento dezembro/21 foi cotado à US$ 5,39 com valorização de 6,50 pontos, o março/22 valeu US$ 5,47 com ganho de 6,50 pontos, o maio/22 foi negociado por US$ 5,51 com alta de 6,00 pontos e o julho/22 teve valor de US$ 5,51 com elevação de 6,00 pontos.

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última terça-feira (28), de 1,32% para o dezembro/21, de 1,30% para o março/22, de 1,10% para o maio/22 e de 1,10% para o julho/22.

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho nos Estados Unidos subiram na quarta-feira, se recuperando das quedas do dia anterior, com os comerciantes ajustando as posições antes de um importante relatório trimestral de ações do governo dos EUA.

A publicação explica que, os futuros do milho subiram antes do relatório trimestral de estoques que será publicado na quinta-feira pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Entre os analistas consultados pela Reuters, a estimativa média dos estoques de milho dos EUA em 1º de setembro foi de 1,155 bilhão de bushels (29,337 milhões de toneladas), o que representa uma queda em relação aos 1,187 bilhão de bushels (30,149 milhões de toneladas de milho) que o USDA projetou em seu último relatório mensal de oferta/demanda.

“Espera-se que os estoques de milho caiam e podem cair mais do que isso, com base em como o mercado à vista está aqui. Os mercados internos estão muito fortes”, disse Jack Scoville, analista do Price Futures Group em Chicago.

Julie Ingwersen destaca ainda que, o milho recebeu apoio adicional do otimismo de exportação, à medida que mais terminais do Golfo dos EUA reabrem após os danos do furacão Ida. A cooperativa agrícola CHS Inc disse na terça-feira que as operações estavam sendo retomadas em seu terminal de exportação em Myrtle Grove, Louisiana.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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