Milho: Mercado na B3 tem novo dia de baixas fortes diante das previsões mais amenas de geadas
Os futuros do milho amargam mais um dia de perdas fortes na B3. Perto de 12h15 (horário de Brasília) desta quarta-feira (18), as cotações cediam mais de 2% entre os principais vencimentos, levando o julho a R$ 93,02 e o setembro a R$ 95,35 por saca. O mercado dá continuidade ao seu movimento de queda iniciado ontem diante de previsões mais amenas para as geadas dos próximos dias.
Além disso, a ocorrência do fenômeno não se confirmou no estado do Paraná, onde as previsões eram bastante severas, e apenas alguns reportes pontuais foram registrados no Mato Grosso do Sul. Assim, os prêmios de risco são retirados e o mercado volta a ser pressionado.
"Caso tivéssemos tido geada de médio ou grande impacto teríamos uma perda que poderia superar a marca das cinco milhões de toneladas", explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze. Ainda assim, de olho no clima, os negócios no mercado do milho seguem travados, com os produtores esperando a confirmação dos eventos climáticos nos próximos dias.
O consultor explica também que não há "nada de vendedores em atividade, mas o mercado estava operando com compradores pagando menos. Se tiver geada nesta manhã de quinta-feira, o mercado recupera as perdas e pode ir até acima".
BOLSA DE CHICAGO
Na Bolsa de CHicago, o mercado trabalha com perdas consideráveis. Perto de 12h20 (Brasília), os futuros do cereal perdiam entre 18,50 e 20,75 pontos, com o julho sendo cotado a US$ 7,85 e o setembro a US$ 7,53 por bushel. Parte da pressão vinha da baixa intensa também no trigo, que passava de 40 pontos nos principais contratos.