Milho recua nesta 2ªfeira sentindo pressão da colheita no Brasil

Publicado em 04/07/2022 16:26
Sem movimentações em Chicago, avanço da safrinha direciona as cotações na B3

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A segunda-feira (04) chega ao final com os preços futuros do milho se mantendo no campo negativo da Bolsa Brasileira (B3) e estendendo as perdas que foram acumuladas ao longo da semana anterior. As principais cotações terminaram o pregão flutuando na faixa entre R$ 83,42 e R$ 90,71. 

O vencimento julho/22 foi cotado à R$ 83,42 com perda de 1,14%, o setembro/22 valeu R$ 86,20 com baixa de 0,92%, o novembro/22 foi negociado por R$ 88,59 com queda de 1,14% e o janeiro/23 teve valor de R$ 90,71 com desvalorização de 1,40%. 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 sente o peso da chegada da safrinha e passa a operar abaixo dos R$ 90,00, após rondar os R$ 100,00 há pouco tempo.  

“Em todos os lugares têm milho, os silos estão cheios no Mato Grosso que já tem mais da metade colhido e vai ter que exportar muitos volumes”, diz Brandalizze.  

Os dados divulgados pela AgRural são de 31% da segunda safra de milho brasileira já colhida no Centro-Sul do país contra as 12,2% do mesmo período do ano passado. Somente no Mato Grosso, as atividades já atingiram 55,5% do total, conforme relatado pelo Imea. 

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No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve um primeiro dia da semana lento e com poucas movimentações. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou nenhuma valorização e percebeu desvalorizações apenas nas praças de Ponta Grossa/PR e Dourados/MS. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira 

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, "no mercado físico do milho, o avanço na colheita da safrinha e o aumento da oferta de cereal fazem com que o preço da saca se aproxime dos R$ 83,00 em Campinas/SP, enquanto a demanda age de forma cadenciada”. 

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, os preços do milho seguiram em queda no Brasil no final de junho, pressionados pelo aumento na oferta, tendo em vista o avanço da colheita de segunda safra.  

“Além disso, o movimento de queda no valor doméstico foi reforçado ao longo da semana passada por desvalorizações no mercado internacional. Diante desse cenário, compradores nacionais seguiram afastados do spot, na expectativa de adquirir lotes a valores menores nas próximas semanas”.  

No acumulado de junho, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), caiu 3,13%, fechando a R$ 83,55/saca de 60 kg no dia 30.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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