Milho fecha no vermelho na B3 nesta 2ª feira, com pressão do dólar, gripe aviária e safrinha
A segunda-feira (19) foi negativa para os preços do milho no mercado futuro brasileiro. Os preços cederam entre 0,3% e 1,9% nos contratos mais negociados, reagindo a uma combinação de fatores. Se uniram o dólar em baixa, as boas perspectivas para a safrinha e mais as notícias em torno da questão da gripe aviária, levando o julho a R$ 62,18 e o setembro a R$ 63,29 por saca.
Ao longo do dia, os países foram anunciando suas decisões sobre os produtos brasileiros por conta da confirmação de um caso da doença de alta patogenicidade em uma granja comercial Montenegro, no Rio Grande do Sul, na semana passada, o que foi intensificando a pressão sobre os futuros do cereal. A avicultura é um dos maiores consumidores de milho no Brasil - e no mundo - e, inevitavelmente, o mercado que já estava fragilizado sentiu ainda mais.
Há, até a tarde desta segunda-feira, ao menos 18 países com restrições de algum tipo sobre a carne de frango do Brasil. A notícia pesa não só sobre o milho, mas também sobre o farelo de soja no mercado nacional.
Além disso, a moeda americana fechou o dia com baixa de 0,25% e valendo R$ 5,66, o que foi mais um fator de pressão sobre as cotações na B3.
BOLSA DE CHICAGO
Na Bolsa de Chicago, os preços do milho fecharam o pregão desta segunda-feira em alta. Os ganhos foram de pouco mais de 6 pontos entre os contratos mais negociados, com o julho valendo US$ 4,47 e o dezembro a US$ 4,41 por bushel.
O mercado encontro suporte nas altas do trigo e na baixa do dólar frente ao real, porém, segue de olho na nova safra dos Estados Unidos em desenvolvimento.
"O mercado continua monitorando as boas perspectivas de safra para a temporada 2025/26, com expectativa de crescimento na oferta global de trigo e a produção recorde de milho nos EUA. Por outro lado, há preocupações com o clima na China, onde um terço das lavouras de milho estão sob condições de calor e seca, as quais acabam gerando a expectativa de que o país volte a ficar mais ativo na importação dos próximos meses", explicam os analistas e consultores da Agrinvest Commodities.
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