Futuros do milho se apoiam no dólar e B3 se valoriza mais de 2% nesta quarta-feira
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A quarta-feira (9) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro registrando movimentações levemente positivas na Bolsa de Chicago (CBOT).
De acordo com a análise da Agrinvest, o mercado atuou com um sentimento de cautela nas vésperas da divulgação do relatório de Oferta e Demanda Mundial do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na próxima sexta-feira.
“Os contratos futuros de grãos apresentaram movimentação limitada, com os participantes do mercado atentos a novas notícias que direcionassem os preços. As negociações podem permanecer cautelosas, com os investidores equilibrando suas posições antes do relatório mensal do USDA de sexta-feira, enquanto acompanham o clima e aguardam novas notícias sobre a política tarifária dos EUA”, afirmou o The Brock Report, conforme reportado pelo site internacional Successful Farming.
Por outro lado, as quedas de soja e trigo e o acompanhamento de clima positivo para o desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos limitaram ganhos técnicos maiores neste pregão.
O vencimento julho/25 foi cotado a US$ 4,12 com valorização de 1,50 ponto, o setembro/25 valeu US$ 3,99 com elevação de 1,25 ponto, o dezembro/25 foi negociado por US$ 4,15 com ganho de 1,25 ponto e o março/26 teve valor de US$ 4,32 com alta de 1,50 ponto.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última terça-feira (8), de 0,36% para o julho/25, de 0,31% para o setembro/25, de 0,30% para o dezembro/25 e de 0,35% para o março/26.
Mercado Brasileiro
Os preços futuros do milho também tiveram uma quarta-feira positivas na Bolsa Brasileira (B3). Com as principais cotações registrando altas acima de 1% neste pregão.
Os analistas da Agrinvest explicam que a forte alta do dólar frente ao real nesta quarta-feira impulsionou um fortalecimento para os futuros do milho da B3.
Já no mercado físico, os preços seguem pressionados por uma safrinha recorde, que começa a ganhar ritmo em seus trabalhos de colheita, e por um programa de exportação que ainda não deslanchou e segue fraco.
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Em Assis Chateaubriand no Paraná, por exemplo, os preços recuaram fortemente em relação ao início do ciclo, e poucos produtores conseguiram travar vendas em patamares mais altos.
“Lá atrás tivemos contratos a R$ 61,00, mas poucos fecharam por medo da seca. Hoje o preço está abaixo de R$ 50,00, e não tem como vender nesse nível e pagar as contas”, lamenta o Presidente do Sindicato Rural Patronal de Assis Chateaubriand/PR, Valdemar Melato.
O vencimento julho/25 foi cotado a R$ 63,00 com ganho de 1,37%, o setembro/25 valeu R$ 63,79 com valorização de 2,23%, o novembro/25 foi negociado por R$ 67,73 com elevação de 1,8% e o janeiro/26 teve valor de R$ 72,31 com alta de 1,19%.
Este meio de semana registrou poucas movimentações para os preços da saca de milho no mercado físico brasileiro. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorização apenas em Sorriso/MT e desvalorização somente no Porto de Santos/SP.
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