Embarques de milho crescem ante semana anterior, mas seguem 48% menores do que mesmo mês de 2024

Publicado em 28/07/2025 15:10
Analista destaca avanços na exportação do segundo semestre, mas alerta para demanda internacional reduzida

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As exportações brasileiras de milho em julho seguem com ritmo abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o país embarcou apenas 1.522.714,7 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) nos 19 primeiros dias úteis do mês, o que corresponde a apenas 42,8% do volume exportado em julho de 2024, que foi de 3.553.865,8 toneladas.   

A média diária de embarques ficou em 80.142,9 toneladas, uma retração de 48,1% frente às 154.515,9 toneladas por dia útil registradas no ano passado.   

Apesar de ainda abaixo do registrado em 2024, os embarques seguem ganhando ritmo. Até a última semana a média diária de embarques era de 64.297,6 toneladas e subiu mais de 24% nos últimos cinco dias.  

O analista de inteligência de mercado de milho da StoneX, Raphael Bulascoschi, destaca o começo lento do programa de exportação de milho do Brasil, mas acredita em uma evolução daqui para frente. 

“A gente tem visto exportações um pouco mais lentas. O começo do ano tende a ser mais fraco por questões sazonais, só que mesmo dentro da sazonalidade as exportações estavam mais fracas por um contexto de escassez de milho no mercado doméstico. Agora com a entrada da safrinha, a gente deve ver um repique nas exportações” 

Bulascoschi aponta ainda que, apesar da grande oferta ter capacidade para alavancar os embarques, outros pontos ainda carecem de atenção por parte dos produtores, como a demanda internacional pelo cereal.  

“Com a entrada da safrinha, os prêmios no Brasil tendem a ficar mais atrativos para o mercado internacional. Então a gente vai estar muito atento a essa paridade de exportação e a capacidade do Brasil estar mais ativo no mercado internacional, que é um componente de demanda muito importante para diluir a nossa a nossa oferta doméstica que tende a ser muito boa neste ano. Porém, a gente tem visto um mercado internacional com poucos negócios, então isso vai ser um ponto de atenção muito grande daqui para frente, porque não é só o nível de oferta doméstica que vai determinar essas exportações”, aponta o analista. 

No faturamento, o Brasil arrecadou US$ 321,190 milhões no acumulado do mês até agora, contra US$ 700,644 milhões em todo o mês de julho de 2024. A média diária caiu 44,5%, saindo de US$ 30,4 milhões para US$ 16,904 milhões por dia útil.   

Por outro lado, o preço médio pago por tonelada saltou 7% no período, indo de US$ 197,20 em julho de 2024 para US$ 210,90 até agora em julho de 2025. 

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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