Brasil começa novembro embarcando 8,3% menos milho por dia do que em novembro/24

Publicado em 10/11/2025 15:35
Analista destaca baixa competitividade internacional do Brasil frente a Argentina e Estados Unidos como fornecedor de milho neste momento

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As exportações brasileiras de milho começaram o mês de novembro com resultados abaixo dos registrados no mesmo período do ano passado. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o país embarcou 1.140.535,1 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) até aqui no mês, o que já corresponde a 24,13% do volume total exportado em novembro de 2024, que foi de 4.726.353 toneladas.             

A média diária de embarques nestes 5 primeiros dias úteis do mês está em 228.107 toneladas, um recuo de 8,3% frente às 248.755,4 toneladas por dia útil registradas no ano passado.             

O analista de mercado da Céleres Consultoria, Enilson Nogueira, destaca que o Brasil fechou o último mês com pouco mais de 5 milhões de toneladas exportadas, mas há potencial para números maiores. Para este mês de novembro, a projeção é de embarcar cerca de 5,5 milhões de toneladas, o que ajudaria a trazer liquidez para o mercado. 

“A gente já vinha falando há algum tempo que o milho brasileiro estava caro no mercado internacional, tanto comparado com milho argentino, mas principalmente comparado com milho norte-americano. Então, a leitura que a gente tem daqui, provavelmente até o início de 2026, é que primeiro, naturalmente as exportações podem desacelerar até por questões sazonais, entrada do milho norte-americano e por essa discussão de menor competitividade do milho brasileiro. Mas por outro lado, você tem um mercado interno, tanto etanol, proteína animal e algumas outras indústrias, ainda bastante firme para comprar o resto da comercialização da produção do 24/25 e já está olhando alguns lotes do 25/26”, diz Nogueira. 

No faturamento, o Brasil arrecadou US$ 249,373 milhões no acumulado até aqui do mês, contra US$ 981,576 milhões em todo o mês de novembro de 2024. A média diária de receita recuou 3,5%, saindo de US$ 51,661 milhões para US$ 49,874 milhões por dia útil.             

Já o preço médio pago por tonelada cresceu 5,3% no período, indo de US$ 207,70 em novembro de 2024 para US$ 218,60 no décimo primeiro mês de 2025. 

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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