Milho: Colheita do safrinha está atrasada no MT

Publicado em 19/07/2011 08:44
Os produtores de milho mato-grossenses estão com a colheita de segunda safra (milho safrinha) em um ritmo menor, se comparado ao do ano passado. De acordo com o último levantamento divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), vinculado à Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), 27,5% das lavouras de milho de segunda safra já foram colhidas. A evolução semanal, segunda semana do mês de julho, foi de 12,9 pontos percentuais (p.p.) frente aos 14,6% registrados na semana anterior. Os trabalhos seguem com atraso de 38,5 p.p., se comparados ao mesmo período do ano passado, quando já estavam colhidos 66,0% das áreas. Contudo, isso já era esperado devido ao atraso de plantio, a consequência será um prolongamento no período de colheita.

As regiões mais adiantadas continuam sendo médio-norte e norte, com 39,7% e 36,0%, respectivamente, seguidas pela região nordeste, com 21,4%. A produtividade continua ligeiramente acima da estimada antes da colheita, mas começa a se aproximar o período determinante, em que as áreas que foram plantadas após o dia 24 de fevereiro, quando a falta de umidade começou a comprometer parte da lavoura. Nas próximas semanas, quando o número se aproximar da metade colhida, esses números de produtividade poderão ser afinados, pois nas áreas mais adiantadas será possível visualizar uma possível queda.

O instituto ainda pontua que o produtor deve ficar de olho na safrinha do Paraná e de Mato Grosso do Sul pois existem fortes indícios de que a geada pode interferir na produtividade das lavouras. Em Mato Grosso, os negócios continuaram bem devagar durante toda a semana, mesmo dando sinais de melhora em relação à semana passada. Isso porque o agricultor está focado na colheita do cereal que ganhou força nesta semana. Com a chegada da nova safra, o preço tende a cair por causa da oferta de milho no mercado disponível, mas ainda permanece um desencontro entre vendedor e comprador.
Segundo os especialistas, a produção mato-grossense de milho é quase totalmente absorvida pelas exportações. Das 8,4 milhões de toneladas produzidas na safra 09/10, apenas 16% foram destinadas ao mercado interno, o restante foi embarcado para outros países. Contudo, vale lembrar que 2010 foi o ano que Mato Grosso mais exportou, superando em duas vezes o volume que era embarcado em 2008. Porém, para a safra 10/11, o cenário é diferente. Além da redução de área, a cultura do milho no Estado também sofreu alguns impasses climáticos que acabaram derrubando as estimativas em aproximadamente 20% em relação à safra anterior.

O efeito dessa queda no volume produzido pode afetar diretamente as exportações, uma vez que os embarques do ano passado superaram a estimativa da produção deste ano em 354 mil toneladas, e a alimentação animal está indicando uma maior demanda interna do produto, já que a seca prejudica a pastagem. O preço ofertado pelas tradings e corretoras ficou na casa dos R$ 15,50/sc em Campos de Júlio. Em Campo Verde existem propostas a R$ 17,50/sc, contudo os produtores estão pedindo R$ 2,80 a mais pela saca. Em Nova Mutum a cotação esteve a R$ 15,00/sc, já em Rondonópolis o preço foi de R$ 19,50/sc. Em Canarana o valor ficou em R$ 16,50/sc.

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Fonte:
Gazeta Digital

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