Tendência de perdas nas lavouras americanas

Amanda Diavan e Cesar Augusto Adams, os embaixadores da soja nos Estados Unidos, puderam conferir in loco a situação atual do ciclo agrícola no hemisfério Norte. Ambos destacam a projeção de perdas na lavoura de milho, principalmente, em decorrência do tempo muito quente e das poucas chuvas. Amanda e Cesar têm visitado propriedades principalmente na região de Champaign, no estado de Illinois (EUA) – onde está a comitiva da Aprosoja nos Estados Unidos.

“Este está sendo um ano complicado para os americanos, porque está chovendo pouco. Nos últimos 35 dias, choveu28 mm apenas, o que prejudica muito o milho. Além das poucas chuvas, as noites estão muito quentes, e essa elevada temperatura sinaliza perdas na produtividade”, afirma Cesar. De acordo com ele, os produtores calculam perdas de 20% ou mais no caso do milho. Em relação à soja, ainda é cedo para afirmar, pois o ciclo não finalizou.

Além da troca de informações com produtores rurais de Illinois, Amanda e Cesar visitaram vários departamentos de pesquisa do Laboratório Nacional de Soja. A oportunidade permitiu que se identificasse um dos grandes problemas dos produtores norte-americanos: a proliferação de nematóides de cisto. “Há uma variedade maior aqui do que no Brasil, tanto de cistos quanto de variedades de soja desenvolvidas com resistência à praga”, observa Amanda.

O nível avançado de pesquisas de ponta acaba sendo um importante auxílio ao agricultor americano. “Depois de ver as pesquisas em curso, ficou claro que os produtores no Brasil enfrentam mais dificuldades para controlar pragas e doenças”, comparou Amanda.