Opep+ concorda em aumentar meta de produção de setembro em 100.000 bpd

Publicado em 03/08/2022 16:06

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A Opep+ concordou em aumentar suas metas de produção de petróleo em 100.000 barris por dia a partir de setembro, um volume pequeno que analistas consideram um revés para os planos do presidente norte-americano, Joe Biden, após viagem a Arábia Saudita para pedir maiores volumes que ajudem as economias dos EUA e global.

O aumento, equivalente a 0,1% da demanda global, segue semanas de especulações de que a viagem de Biden ao Oriente Médio e a liberação de Washington das vendas de sistemas de defesa antimísseis para Riad e Emirados Árabes Unidos trariam mais petróleo ao mercado mundial.

"Isso é tão pouco que não tem sentido. Do ponto de vista físico, é um pontinho marginal. Como gesto político, é quase um insulto", disse Raad Alkadiri, diretor administrativo de energia, clima e sustentabilidade do Eurasia Group.

O aumento de 100.000 bpd será um dos menores desde que as cotas da Opep foram introduzidas em 1982, mostram os dados do grupo.

"Este é um aumento menor, mas ainda assim um aumento", disse Amos Hochstein, consultor sênior do Departamento de Estado dos EUA para segurança energética, à CNN.

Hochstein disse que a Opep já havia apresentado aumentos maiores em dois dos três meses anteriores.

"Acho que estamos muito mais focados no resultado final, e isso está reduzindo o preço do petróleo no mercado", disse Hochstein, acrescentando que os valores da gasolina nos EUA caíram bem abaixo de 4 dólares por galão.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, liderados pela Rússia, um grupo conhecido como Opep+ que se formou em 2017, vinha aumentando a produção em cerca de 430.000-650.000 bpd por mês, ao reduzir os cortes recordes de oferta introduzidos quando os bloqueios pandêmicos afetaram a demanda.

No entanto, os países do grupo lutaram para atingir todas as metas, pois a maioria dos membros esgotou seu potencial de produção após anos de subinvestimento em nova capacidade.

Combinada com a interrupção ligada à invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro, a falta de oferta de reposição aumentou os preços dos mercados de energia e estimulou a inflação.

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Fonte:
Reuters

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