Representantes argentinos e mediador se reúnem na terça-feira nos EUA
Representantes do governo argentino viajam hoje para os Estados Unidos para mais uma reunião com o mediador Daniel Pollack, marcada para terça-feira. A delegação será liderada pelo secretário de Finanças, Paulo Lopez. Não está prevista viagem do ministro argentino da Economia, Axel Kicillof. O país tem dois dias para resolver a pendência com grupo de credores que não participa da reestruturação da dívida e venceu na Justiça americana o direito de receber sua parte integral. Caso contrário, o país entra em default.
O governo argentino insiste na necessidade de a Justiça suspender a sentença para negociar com esse grupo de credores. Na última reunião com Pollack, o mediador designado pela Justiça, o governo também solicitou "algum instrumento financeiro que garanta segurança à República Argentina” contra os riscos de a cláusula Rufo ser acionada. Essa cláusula (direitos sobre futuras ofertas, na sigla em inglês) impede que o governo ofereça aos credores que não participam da dívida reestruturada oferta melhor do que o acordo fechado na reestruturação.
Leia a notícia na íntegra no site do Valor Econômico.
No G1: Como um novo calote da Argentina pode afetar o Brasil
Doze anos depois do “megacalote” de 2001, a Argentina dá mostras de caminhar para uma nova moratória, ainda que involuntária. Só um acordo com credores ou decisão judicial poderiam afastá-la do risco. Mas, faltando três dias para o fim do prazo, não há sinais de que isso esteja perto de acontecer. Voltar ao grupo dos inadimplentes pode ter consequências sérias para o país – e gerar efeitos no Brasil, o seu principal parceiro comercial.
O impasse é resultado daquele calote no fim de 2001. Depois de dizer que não tinha como pagar ninguém, a Argentina decidiu reestruturar seus débitos: ofereceu pagar, em parcelas de até 30 anos, menos do que os títulos da dívida valiam. A maioria dos prejudicados aceitou as condições, e é uma das parcelas para este grupo que vence em 30 de julho. A Argentina fez o depósito, mas os recursos foram bloqueados pela Justiça americana.
(...)
Com um novo default, o controle de câmbio tende a ser ainda maior e é de se esperar que parceiros comerciais como o Brasil passem a ter ainda mais dificuldades nas exportações. "Diante da necessidade de gerar superávit de divisas [mais entrada de moeda norte-americana] para pagar os seus credores, a Argentina terá que depender cada vez menos de importação", avalia Antonio Madeira. Por outro lado, segundo ele, os próprios exportadores passarão a ficar mais receosos e passarão a exigir dos argentinos pagamento antecipado ou algum tipo de fiança bancária.
O Brasil permanece como o principal parceiro comercial da Argentina, representando 20,4% das exportações da Argentina. E em seguida estão Chile (6,3%), China (6,2%) e EUA (5,1%). Mas, somente neste ano, as vendas do Brasil para a Argentina caíram mais de 20% ou US$ 1,9 bilhão. De janeiro a junho, o país vendeu para o vizinho US$ 7,41 bilhões em mercadorias ante US$ 9,32 bilhões no 1º semestre de 2003. O embarque de carros – principal item de exportação – desabou 31,5% neste ano.
Leia a notícia na íntegra no site do G1.
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