Bovespa sobe puxada por Petrobras e bancos antes de pesquisas, mas Wall St limita ganho

Publicado em 09/10/2014 17:36

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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - A Bovespa fechou no azul nesta quinta-feira, amparada nos ganhos das ações da Petrobras e de bancos, com investidores na expectativa das primeiras pesquisas de intenção de voto do Ibope e Datafolha no segundo turno da corrida presidencial, previstas para serem divulgadas nesta noite.

A pressão negativa de Wall Street, contudo, pesou no final da sessão, reduzindo os ganhos do principal índice da bolsa paulista, que ainda teve como componente negativo o declínio dos papéis da mineradora Vale e o tombo de 13 por cento nas preferenciais da operadora Oi.

O Ibovespa encerrou em alta de apenas 0,37 por cento, a 57.267 pontos, após bater 58.246 pontos na máxima do dia.

O volume financeiro do pregão somou 9,1 bilhões de reais.

Em Nova York, o índice S&P 500 fechou com a maior queda percentual diária desde 10 abril, de 2,07 por cento, afetado por setores ligados a commodities, com os negócios em Wall Street influenciados por preocupações sobre a força da economia global.

No front doméstico, pesquisas mostrando o candidato de oposição Aécio Neves (PSDB) à frente da presidente Dilma Rousseff (PT) na disputa, mesmo sendo de institutos pouco difundidos, repercutiram desde cedo, alimentando expectativas para os números que Ibope e Datafolha divulgam nesta noite.

Uma dessas pesquisas, do instituto Paraná Pesquisas, publicada no site da revista Época na véspera, mostrou Aécio com 49 por cento das intenções de voto e Dilma com 41 por cento.

O apoio formal do PSB, PPS, PSC e PV ao candidato tucano no segundo turno também animou, enquanto segue a expectativa sobre o posicionamento da ex-senadora Marina Silva (PSB) na disputa.

"Com esses apoios, o mercado começa a ponderar a chance real de Aécio ganhar", disse Frederico Ferreira Lukaisus, gerente de renda variável na Fator Corretora.

Operadores e analistas têm manifestado insatisfação com as diretrizes econômicas do atual governo. Perspectivas de alternância em Brasília têm servido como argumento para compras na bolsa nos últimos meses e vice-versa.

Papéis fortemente influenciados pela dinâmica eleitoral figuraram entre as maiores altas do Ibovespa praticamente desde o início da sessão, com Banco do Brasil encabeçando a lista, seguido pela Petrobras .

A divulgação de que o Tesouro Nacional vendeu 5,24 milhões de ações do Banco do Brasil pelo valor total de cerca de 178,9 milhões de reais, entre 29 de agosto e 10 de setembro, não afetou o desempenho dos papéis na sessão.

Ainda no setor financeiro, repercutiu a informação de que está em estudo a flexibilização do recolhimento compulsório sobre depósitos a prazo para apoiar empréstimos bancários para infraestrutura, conforme disse à Reuters uma fonte do governo.

O mercado também ficou atento à divulgação nesta quinta-feira de depoimento do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa à Justiça Federal, no qual detalha um suposto esquema de propinas que teria beneficiado o PT, PP e PMDB.

EMPRESAS

Estácio Participações esteve entre as maiores altas após divulgar crescimento de 5,8 por cento na captação de matrículas na graduação presencial para o segundo semestre.

Oi despencou pelo segundo dia, com as ações preferenciais caindo 13,16 por cento, enquanto as ordinárias , que não estão no Ibovespa, recuaram 10,6 por cento, por incertezas sobre o futuro da empresa após a saída do presidente-executivo . O Goldman Sachs cortou o preço-alvo da ação de 1,55 para 1,06 real.

O recuo de quase 2 por cento nos papéis da Vale, conforme segue desfavorável o cenário para os preços de minério de ferro, também ajudaram a limitar o avanço do Ibovespa.

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Fonte:
Reuters

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