Conselheiro da Petrobras vê pouca chance de reajuste da gasolina ser decidido na 6ª
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O conselheiro da Petrobras Sílvio Sinedino, representante dos empregados no Conselho de Administração da estatal, disse à Reuters nesta quarta-feira que acredita ser difícil que um reajuste da gasolina seja decidido na reunião do colegiado marcada para sexta-feira, dia 31.
"Na sexta-feira vamos começar a discutir a questão de preço, mas acho que está muito cedo. O governo ainda está sentando a poeira (depois das eleições). Não acho que haja mudança imediata", disse Sinedino em entrevista telefônica.
Segundo ele, a questão do reajuste "com certeza vai estar em pauta", mas a inflação sob pressão e o preço menor do petróleo no exterior, que anulou a defasagem entre valores dos combustíveis praticados no Brasil e no exterior, devem impedir uma elevação imediata da gasolina no mercado doméstico.
"A própria inflação não está dando muita brecha para um aumento na gasolina. Isso teria que ser mais para fim do ano... E o preço no momento está equilibrado com o petróleo em queda. Acho difícil o governo querer agora correr o risco de estourar a meta de inflação para abater esse passivo da Petrobras (por anos de defasagem nos preços dos combustíveis)", afirmou o conselheiro.
Por outro lado, Sinedino reconheceu que um reajuste agora "faria um agrado ao mercado, que reclama de interferência" do governo na Petrobras.
Diretor de Abastecimento da Petrobras diz ter tido poucos contatos com Paulo Roberto
Costa delatou um esquema de "sobrepreços" em contratos da estatal, cujos pagamentos, em sua maioria, teriam como destino partidos políticos, como PT, PP e PMDB.
Desde que assumiu a diretoria de Abastecimento, em 2012, Cosenza disse à CPMI ter tido no máximo três contatos telefônicos com Paulo Roberto e dois pessoalmente.
No entanto, Cosenza havia afirmado mais cedo na reunião, ao deputado Marco Maia (PT-RS), que teria se relacionado com Costa apenas quando assumiu a área de refino da estatal, e negou ter mantido relações com o ex-diretor depois de tê-lo substituído.
Pouco depois, o atual diretor voltou atrás e disse ter procurado o ex-diretor, por telefone, para saber detalhes do modo de operar da diretoria de Abastecimento. Esses contatos teriam sido "estritamente" profissionais.
"Fui eu quem fiz a ligação (ao ex-diretor)... Queria tirar dúvidas sobre o 'modus operandi' da instalação... como se dão alguns trâmites administrativos", afirmou, acrescentando que não conhecia como funcionava a gestão da diretoria quando a assumiu.
Cosenza negou também ter tido contato com o doleiro Alberto Youssef, acusado de ser um dos chefes do esquema e que recentemente fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal.
"Nunca estive com essas pessoas", disse, sobre o doleiro e o deputado Luiz Argôlo (SDD-BA), que teria recebido dinheiro ilegal de Youssef.
O executivo da Petrobras disse ainda que desconhece a prática de sobrepreços desviados para partidos e também o suposto cartel de empreiteiras que teriam pago propina em contratos firmados com a estatal.
"Nunca ouvi falar", disse o diretor, ao ser questionado sobre o cartel de empreiteiras que atuaria no esquema.
Cosenza afirmou que abriu auditorias internas e externas na estatal para apurar as irregularidades, também investigadas pela Polícia Federal por meio da operação Lava Jato.
Costa passou a atuar como consultor privado após deixar a diretoria assumida por Cosenza.
Cosenza, que atuou como gerente-executivo de Refino, antes de assumir a diretoria de Abastecimento, tem formação em engenharia química e mais de 30 anos de experiência na Petrobras.
Ele ressaltou, durante o depoimento à CPMI, que sua indicação para a diretoria foi "técnica" e não partidária: "Fui convidado por Graça (Foster, presidente da estatal)".
(Por Nestor Rabello)
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