EL PAÍS: Desaceleração econômica força reformas na América Latina

Publicado em 02/12/2014 17:35 e atualizado em 03/12/2014 06:00
Consumo e soja: um modelo esgotado -- Fernando Henrique Cardoso: “O povo pagará pelo ajuste”

Em dezembro de 2009, em plena crise mundial, o então ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, ao comparar os dados do PIB do país (com um crescimento de 2%) com o muito menor da Europa, garantiu: "Pibinho é o da Europa, o nosso é Pibão". A frase teve seu êxito e sua trajetória. Mas, com o tempo, se voltou contra seu autor. Porque o crescimento do Brasil, que há uma década assombrou o mundo, se esfumaçou.

Os últimos dados, de sexta-feira, certificam isso: a economia brasileira cresceu um raquítico 0,1% no último trimestre. Os otimistas assinalam que, pelo menos, a recessão técnica dos seis meses anteriores ficou para trás. Os realistas, como Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, diziam em O Estado de São Paulo: “O país ainda não saiu do fundo do poço”. De modo que, muitos articulistas, recordando o comentário de Mantega, já se referem à atual época brasileira como “a era do pibinho”.

ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) conseguiu em seus anos de Governo (1995-2003) estabilizar a moeda e acabar com a inflação desmedida. Com Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), que governou os oito anos posteriores, o Brasil deslanchou, encadeando trimestres de crescimento de 6% e de 7%. Uma nova classe média, saída fazia pouco da pobreza graças aos aumentos de salários e à redução do desemprego, se lançou ao mercado de consumo dinamizando ainda mais uma sociedade nem a crise financeira internacional deteve.

Mas esses tempos desapareceram há um ano. Dilma Rousseff, do PT,reeleita em outubro por uma margem muito estreita contra seu oponente, Aécio Neves, do PSDB, atribuiu durante a campanha eleitoral (dura e disputada) a fraca trajetória do Brasil à difícil conjuntura internacional. Há quem lhe recorde que, pelo contrário, na atualidade os EUA crescem e a China supera 7%, devolvendo a bola ao campo do Governo Brasileiro e exigindo uma mudança de rumo.

E a nomeação, tornada pública um dia antes da divulgação do PIB, de Joaquim Levy, economista formado na ortodoxa e liberal escola de Chicago, especialista em conter o gasto, aponta nessa direção.

Pouco depois de ser designado, Levy declarou que o país necessita de uma cura de poupança e que serão necessárias medidas de ajuste. Não especificou, porém, nem onde nem quando. Para isso esperará tomar posse do cargo, com o restante do Gabinete, em 1º de janeiro. Levy acrescentou que lutará especialmente para conter a inflação, que flerta há meses com a barreira do 6,5%, teto intransponível autoimposto pelo Governo.

A inflação alta, o menor aumento dos salários, o estancamento do mercado de trabalho (embora o desemprego se situe em 5%) e os altos juros dos empréstimos fizeram com que o consumo das famílias, esse item que no período de Lula constituiu um dos pilares da decolagem, tenha ficado paralisado. Retrocedeu, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 0,3% em relação ao trimestre anterior, e alcança cifras que no Brasil não se registravam desde 2003. A indústria também não avança. E o gigantesco buraco da corrupção descoberto na maior empresa pública do país, a petroleira Petrobras, não ajuda.

Levy deverá lutar contra todas essas realidades econômicas. Mas também enfrentará outras puramente políticas. Durante a campanha, Dilma, para diferenciar-se de seu oponente, deu ênfase na política social do PT. Ocorre que, agora que chegam os cortes, há setores do PT que não veem com muitos bons olhos o novo titular da Fazenda, ao qual situam em uma linha ideológica distinta. Há quem assegure (entre outros, a candidata à presidência Marina Silva), que Levy não gozará de autonomia suficiente para levar adiante o seu trabalho.

A própria Dilma, em uma reunião com membros do PT em Fortaleza, na sexta-feira, apelou à “maturidade” de seus correligionários. E acrescentou: “A conjuntura muda. O país muda, as condições da economia mudam. Temos de nos adaptar às novas demandas e dar-lhes resposta”.

Economias do mundo

Após um crescimento de 7,5% em 2010, a economia brasileira avançou 2,7% em 2011, 1% em 2012 e 2,3% em 2013, enquanto a previsão do Governo para este ano é de 0,2% e pode ser reduzida após o anúncio do PIB do terceiro trimestre.

Segundo FMI, o PIB do planeta crescerá 3,3% em 2014 e 3,8% no ano que vem. Segundo a previsão do fundo, das 14 maiores economias do mundo, apenas duas terão um desempenho pior que o do Brasil:a Itália (-0,2%) e a Rússia (0,2%).

Na América do Sul, Argentina e Venezuela serão os únicos com desempenho inferior ao do Brasil, com quedas no PIB de -1,7% e -3% em 2014 respectivamente. Os demais terão altas, como Bolívia (5,2%), Colômbia (4,8%), Equador (4%), Peru (3,6%), Chile (2%).

"O Brasil teve a oportunidade de conseguir um lugar de destaque nos países emergentes e já não é visto mais assim. Países como Chile e México, que vive um movimento interno de melhoria, estão sabendo aproveitar muito melhor esse espaço", explica Ricardo Couto.

 

Brasil, Venezuela e Argentina afundam crescimento latino (na Folha)

A América Latina deve registrar em 2014 a menor taxa de crescimento econômico dos últimos cinco anos.

A previsão da Cepal (Comissão Econômica para América Latina e Caribe) mostra que a moderação da atividade no Brasil e o encolhimento de Argentina e Venezuela estão puxando para baixo o desempenho regional. Assim, a região deve obter o pior resultado desde 2009, auge da crise financeira global.

O Brasil é a maior economia do grupo de 33 países que são monitorados pela Cepal. Argentina e Venezuela são a terceira e a quinta. Os três estão na lanterna de crescimento da região neste ano.

A redução do investimento, em curso desde 2011, é um dos fatores que explicam a desaceleração do grupo. Os gastos com máquinas e construção civil –chamados de formação fixa no jargão econômico– recuaram, em média, 3% na região em 2014.

A queda ocorreu principalmente em Argentina, Brasil, Chile e Venezuela. Na última semana, o IBGE divulgou que o investimento caiu 7,4% neste ano (até o terceiro trimestre) ante o mesmo de 2013.

Segundo Daniel Titelman, diretor de estudos para o desenvolvimento da Cepal, trata-se de um fator preocupante, que compromete o desempenho dos países também no longo prazo.

Titelman observa que desde 2010, quando a região saiu da crise global, o investimento vinha contribuindo para impulsionar o crescimento. Em 2014, ao contrário, não haverá essa ajuda.

A Cepal nota, por outro lado, que Colômbia, Bolívia, Equador e Panamá aumentaram seus investimentos.

"As economias que mais cresceram ou as que menos desaceleraram foram as que tiveram as melhores taxas de investimento", diz Titelman.

Outra contribuição negativa veio da queda dos preços das matérias-primas, que entraram em declínio mais acentuado desde a metade do ano passado.

Os preços das commodities metálicas e agrícolas recuaram 2,3% e 6,9%, em média, neste ano. Já os de energia (petróleo e gás) caíram 17% nas contas da Cepal.

Isso afeta o desempenho, principalmente, de Venezuela, México e Colômbia, grandes exportadores de petróleo. Além da redução das receitas em dólares, a queda dos preços também afeta a arrecadação de impostos nos países.

México e Colômbia foram menos prejudicados devido à recuperação dos EUA, país com o qual mantêm acordos de preferência em comércio.

A previsão da Cepal, tradicionalmente identificada com economistas desenvolvimentistas, é que o crescimento na região melhore em 2015. Para o Brasil, a estimativa é de expansão de 1,3%, acima do que esperam os analistas brasileiros consultados pelo Banco Central (a aposta central é 0,77%).

 

A inflação e a queda do preço da leguminosa mostram os limites do sistema na Argentina. / EFE

Consumo e soja: um modelo esgotado

Nos últimos oito meses o preço da soja caiu de 530 dólares para 380

Na seguinte cena não há nada estranho, mas está cheia de sinais preocupantes. Estamos em um supermercado no bairro portenho da Recoleta, um dos mais ricos da Argentina. Um homem de meia idade, vestindo camiseta, paga sua compra de 250 pesos —equivalente a 70 reais— em cinco vezes sem juros. Milhões de argentinos fazem operações semelhantes diariamente. Alguns porque chegam ao fim do mês com pouco dinheiro e outros porque sabem que em cinco meses a inflação terá convertido em trocados a última prestação a ser paga. Na Argentina costuma-se pagar a prazo de um espremedor de laranja até as férias de verão. O Governo incentivou o consumo interno como a maneira mais eficiente para escapar da crise de 2001. E até se virou para que muitos salários subissem acima da inflação enquanto ia pagando suas dívidas no exterior. 

“O que está se vendo agora é o esgotamento de um modelo econômico”, explica Roberto Bisang, professor titular de Economia Agropecuária da Universidade de Buenos Aires. “De 1994 a 2010 a Argentina passou de 20 a 32 milhões de hectares de soja cultivados. E a produção pulou de 42 milhões de toneladas para mais do dobro, 96 milhões. Mas acontece que a terra é finita. E Deus é argentino, mas nem tanto. Novos países foram entrando no mercado da soja, como a Ucrânia, o Cazaquistão e a própria Rússia. E no ano passado os Estados Unidos tiveram a melhor safra do século. Assim, nos últimos oito meses o preço da soja caiu de 530 dólares a 380”.

Depois dos Estados Unidos e do Brasil, a Argentina é o terceiro produtor mundial de soja. E os altos preços da leguminosa foram muito úteis para que os salários subissem mais do que a inflação. Mas a soja está caindo há oito meses. Chega o Natal e as pessoas querem manter o ritmo de consumo, sair e comprar presentes. Os sindicatos pedem gratificações e isenções de impostos em dezembro para compensar a inflação. Até os sindicatos mais próximos do Governo pedem esses pagamentos e isenções. E os sindicatos de oposição passam diretamente à ação: na quinta-feira houve uma greve parcial de caminhões, trens e ônibus em Buenos Aires, das quatro às sete da manhã, as horas decisivas para ir ao trabalho. Cristina Kirchner vê nessas reclamações a intenção política de desgastar o Governo mais do que uma autêntica necessidade econômica.

Essa queda, segundo Roberto Bisang, expôs todas as deficiências de um modelo apoiado no consumo. “É óbvio que o contexto internacional não é favorável. Mas, quando fez sol, a Argentina não comprou um guarda-chuva como fez o Chile; aqui não se economizou, não se investiu na indústria. Apenas se incentivou o consumo primário: televisores, eletrodomésticos, automóveis e todos os cacarecos que a China nos vende. Esses telefones e esses carros são comprados em boa parte com os dólares que a soja coloca neste país. Porque a soja responde por 24,5% das exportações totais. E o Governo arrecada dos produtores de soja 35% de tudo o que vendem fora. Esse dinheiro deu para o primeiro automóvel e para o primeiro televisor de plasma, mas está com os dias contados. Assim se ganham eleições com 54% dos votos, como ganhou Cristina em 2011. Mas apaga a possibilidade de ter um país industrializado”.

O Governo sempre esgrimiu que seu primeiro objetivo é preservar os postos de trabalho. E nisso se manteve firme. Mas não foi um bom ano para a Argentina. Cristina, que sempre se negou a desvalorizar o peso porque dizia que era como colocar a mão no bolso dos mais pobres, se viu obrigada a desvalorizá-lo em janeiro. Além disso, o país sofreu dois trimestres consecutivos de queda no Produto Interno Bruto, o último de 2012 e o primeiro de 2013. E no terceiro trimestre a taxa de desemprego passou de 6,8% a 7,5%. E a indústria automobilística caiu 23,2% nos últimos nove meses. Não obstante, o ministro da Economia, Axel Kicillof, afirma que o país está melhor do que em 2012.

Continuemos com o senhor de camiseta que paga sua compra à prestação. Faz calor, mas os dias mais quentes do verão estão por chegar. Isso significa que o uso do ar condicionado colocará no limite a capacidade energética, que pode haver cortes de luz e protestos nas ruas. É isso que aconteceu em dezembro do ano passado em Buenos Aires.

E aos cortes de luz em dezembro se acrescenta algo pior: o saque aos supermercados. Nos últimos dois anos morreram 30 pessoas nos distúrbios de dezembro no país. O que leva centenas de pessoas a roubar televisores e eletrodomésticos nos supermercados? O Governo vê nesses atos a mão escura de dirigentes municipais da oposição. Mas não há provas irrefutáveis contra ninguém.

E no meio disso tudo está a batalha do Governo contra os chamados fundos abutres. Muitos consultores econômicos acreditam que se o Governo conseguiu afugentar o fantasma de uma segunda desvalorização é porque o mercado acredita que o Governo e os abutres chegarão a um acordo em janeiro. Isso poderia representar uma injeção de dólares que a economia tanto necessita. Mas nada está garantido.

Mina de cobre chilena Los Bronces. / REUTERS

Bachelet se lança na mudança em meio à freada econômica

As últimas previsões do Banco Central apontam que o Chile crescerá 1,9% em 2014

Grande parte do segundo mandato da socialista Michelle Bachelet, iniciado em março, tem sido marcado pela discussão sobre a desaceleração econômica que o Chile atravessa. Depois de um crescimento médio de 5,8% entre 2010 e 2012, e de uma expansão de 4,17% em 2013, as últimas previsões do Banco Central chileno indicam que a economia passa por uma desaceleração que fará 2014 terminar com um tímido 1,9%.

O Governo socialista tentou explicar que essa situação se arrasta desde a Administração de direita de Sebastián Piñera por culpa da queda internacional dos preços das matérias-primas e, estruturalmente, pelo fato de o Chile por muitos anos não ter realizado as mudanças que o Executivo promove atualmente, como a reforma da educação. Não existe, porém, consenso: os empresários, a direita e alguns técnicos governamentais reconhecem a importância dos fatores externos, mas responsabilizam a intensa agenda reformista do Governo, sua rapidez e multiplicidade, por gerar incerteza e levar à queda do investimento e consumo.

Em setembro foi aprovada uma reforma tributária para financiar as mudanças na educação. Esse debate, no entanto, causou uma das principais dores de cabeça ao Executivo porque não obtém o apoio esperado da população. Não é a única transformação prometida por Bachelet: antes de concluir seu mandato, em 2018, deverá aprovar uma Constituição e uma reforma trabalhista.

Para os críticos, a forma que o Palácio La Moneda usou para dar impulso a essas mudanças reafirma o caráter de refundação estabelecido pelo Governo, o que põe em risco os êxitos macroeconômicos do Chile nas últimas três décadas. Na quinta-feira, no encontro público-privado Enade 2014, Bachelet admitiu que suas iniciativas causaram incerteza, mas não retrocedeu: “Prefiro assumir e conduzir as inevitáveis divergências que as reformas criam em vez de aceitar resignada que esta oportunidade de desenvolvimento seja frustrada”. O empresariado também não cedeu diante da presidenta: “Não estamos contra as mudanças, mas as mudanças que aperfeiçoem, não só as que agradam aos que gritam”, afirmou o presidente da Confederação da Produção e Comércio, Andrés Santa Cruz.

O Governo adotou medidas para mitigar a freada: o gasto público se expandirá em 9,8% em 2015, basicamente em investimento, que crescerá 27,5%, o que mobilizará o equivalente a 6,4 bilhões de reais, cerca de um ponto do PIB. O Executivo aposta que essa medida gerará emprego. De todo modo, o principal problema do ministro da Fazenda, Alberto Arenas, é muito político: os empresários lhe retiraram apoio. A remoção do chefe do Tesouro a menos de um ano da arrancada do Governo seria algo inédito.

Reprovação a Maduro ultrapassa 70% na Venezuela

Apenas 24,5% dos venezuelanos aprovam a gestão chavista, mostra pesquisa

O presidente Nicolás Maduro

O presidente Nicolás Maduro (Prensa Miraflores/EFE)

O apoio ao governo do presidente Nicolás Maduro está erodindo na Venezuela por causa da escassez de produtos, hiperinflação, criminalidade alta e cerceamento da liberdade. Nesta terça-feira, um levantamento realizado pelo instituto Datanalisis mostrou que a reprovação ao governo alcançou 72,2%. Uma alta de 5,7 pontos percentuais em relação à última pesquisa, divulgada no fim de outubro.

Apenas 24,5% aprovam a gestão de Maduro, percentual bem abaixo dos 55,2% de avaliação positiva que o presidente teve quando assumiu o cargo, em abril do ano passado. A queda já ultrapassa 30 pontos. 

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A pesquisa aponta ainda que 85,7% dos entrevistados consideram a situação do país negativa. E enquanto Maduro perde apoio, o governador Henrique Capriles, que perdeu a eleição para Maduro em 2013, aumentou sua popularidade em 3,7 pontos percentuais, subindo para 45,8%, a mais alta taxa de qualquer um dos líderes da oposição do país. No último levantamento, 42,1% dos entrevistados eram favoráveis ao político.  

A enquete foi realizada entre 4 e 20 de novembro com 1.293 pessoas. A margem de erro é de 2,66 pontos percentuais.

Os estragos do chavismo na Venezuela

Hugo Chávez chegou ao poder na Venezuela em fevereiro de 1999 e, ao longo de catorze anos, criou gigantescos desequilíbrios econômicos, acabou com a independência das instituições e deixou um legado problemático para seu sucessor. Nicolás Maduro assumiu o poder em 2013 e está dando continuidade aos erros do coronel.

Criminalidade alta

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A criminalidade disparou na Venezuela ao longo dos 14 anos de governo Chávez. Em 1999, quando se elegeu, o país registrava cerca de 6 000 mortes por ano, a uma taxa de 25 por 100 000 habitantes, maior que a do Iraque e semelhante à do Brasil, que já é considerada elevada. Segundo a ONG Observatório Venezuelano de Violência (OVV), em 2011, foram cometidos 20 000 assassinatos do país, em um índice de 67 homicídios por 100.000 habitantes. Em 2013, foram mortas na Venezuela quase 25 000 pessoas, cinco vezes mais do que em 1998, quando Hugo Chávez foi eleito. 

Apesar de rica em petróleo, a Venezuela é o país com a terceira maior taxa de homicídios do mundo, atrás de Honduras e El Salvador. Entre as razões para tanto está a baixa proporção de criminosos presos. Enquanto no Brasil a média é de 274 presos para cada 100 000 habitantes, na Venezuela o índice está em 161. De acordo com uma ONG que promove os direitos humanos na Venezuela, a Cofavic, em 96% dos casos de homicídio os responsáveis pelos crimes não são condenados. 

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Fonte:
EL PAÍS

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2 comentários

  • domingos de souza medeiros Dourados - MS

    A historia e uma velhota que se repete(Eca de Queiroz, escritor portugues): o Brasil de amanha,sera a Argentina de hoje: nada bom para ambos paises!

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Meu maior temor é de que, pressionado pelos resultados ruins - e necessários para a retomada à frente -, Joaquim Levy deixe o Governo, como o grande culpado pelo fracasso da economia em 2015 e 2016.

    Com a casa inteiramente arrumada, Nelson Barbosa (ou qualquer outro com orientação desenvolvimentista) assume o posto e surfa o crescimento cíclico de 2017 e 2018, virando herói nacional.

    Entrará para a história como a superação incontestável da nova matriz econômica sobre a ortodoxia. A hegemonia do “desenvolvimento econômico com inclusão social” e do capitalismo de Estado - seja lá o que isso queira dizer.

    O dia em que a Unicamp derrotou The University of Chicago. Felipe Miranda da Empiricus.

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