Futuros ministros não revelam onde serão feito cortes para recuperar economia
Em reunião da Comissão Mista de Orçamento por solicitação do Democratas, os futuros ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) não revelaram as áreas nem o modo como farão cortes para recuperar a economia brasileira a partir de 2015.
Em reunião a portas fechadas realizada nesta terça-feira (16/12), ambos se comprometeram a abandonar a “contabilidade criativa” do atual governo em nome da austeridade necessária. O encontro foi um pedido do líder da legenda, Mendonça Filho (PE), como garantia para o diálogo entre governo e oposição sobre o Orçamento de 2015.
“Eles explicitaram o compromisso de manter as metas fixadas com relação à Lei de Diretrizes Orçamentárias em 2015. Esse é o compromisso mais importante para a Oposição para não acontecer o que aconteceu em 2014. O quadro econômico de dificuldades com medidas duras a ser adotadas no sentido de ajustar a economia foi reconhecido pelos ministros”, defendeu.
Além do líder, estiveram presentes os democratas Felipe Maia (RN), Rodrigo Garcia (SP), Rodrigo Maia (RJ) e Ronaldo Caiado (GO). Os parlamentares lamentaram a falta de respostas claras sobre como será feito o reajuste para colocar a economia nos trilhos.
“Ficou muito claro que o governo vai dar um verdadeiro ‘cavalo de pau’ na economia. Reconhecem que gastaram muito, que gastaram mal e agora precisam reverter essa situação com cortes profundos nas suas despesas. Vem aí um pacotão de aumento de impostos e redução de despesas e precisamos estar vigilantes para que a conta não seja transferida para o consumidor pagar”, afirmou Rodrigo Garcia.
Novos impostos
Um consenso para a Oposição será a postura de obstruir qualquer tentativa do governo em resgatar um novo imposto. O governo acena com a volta da CPMF ou mesmo da Cide, que recai sobre o preço dos combustíveis.
“Vamos dificultar a criação de qualquer imposto novo. É preciso acabar com essa mania de toda vez que o governo está em desequilíbrio entre despesa e receita querer espetar mais imposto no bolso do contribuinte brasileiro”, assegurou Mendonça.