Ancorada em blue chips, Bovespa fecha em alta de mais de 1%

Publicado em 23/12/2014 16:13 e atualizado em 24/12/2014 08:53

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Por Priscila Jordão

SÃO PAULO (Reuters) - A Bovespa fechou o pregão volátil e de poucos negócios desta terça-feira em alta de 1,5 por cento, seu terceiro ganho diário consecutivo, acompanhando as ações norte-americanas após dados melhores que o esperado sobre a economia do país.

No Brasil, as ações de Petrobras e Vale ficaram entre as principais influências positivas.

O Ibovespa encerrou o pregão com avanço de 1,53 por cento, a 50.889 pontos, na máxima da sessão.

O volume financeiro foi mais fraco que o normal, de 4,58 bilhões de reais, bem abaixo da média diária de 2014 de 7,3 bilhões de reais, com muitos participantes do mercado já fora de suas mesas diante da aproximação das festas de fim de ano.

As ações preferenciais e ordinárias da Petrobras fecharam em alta de cerca de 6 por cento, enquanto a preferencial da Vale ganhou 4,56 por cento.

"É um ajuste mais técnico, com investidores aproveitando os patamares mais deprimidos dos preços", disse o operador Thiago Montenegro, da Quantitas Asset Management.

"Há algum movimento de investidores estrangeiros. Foi muito negativo o fluxo nas semanas passada e retrasada e agora vemos algum fluxo no sentido contrário", acrescentou.

Operadores afirmaram que os movimentos dos papéis da Petrobras, que está no centro de um suposto esquema bilionário de corrupção, refletem até aqui nesta semana principalmente os baixos preços que a cotação atingiu nos últimos dias, com a ação preferencial indo ao menor patamar desde maio de 2005, o que chamava compradores, em detrimento de notícias pontuais.

A estatal divulgou mais cedo que bateu recorde histórico de produção própria diária de óleo e LGN que durava quatro anos.

No exterior, os principais índices norte-americanos atingiram novos recordes durante os negócios, o que também foi favorável para a Bovespa. O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no terceiro trimestre foi revisado para cima para mostrar crescimento em ritmo anual de 5,0 por cento, ante 3,9 por cento divulgados no mês passado.

A expectativa de economistas consultados pela Reuters era de expansão ao ritmo de 4,3 por cento.

Além disso, o petróleo tipo Brent subia mais de 1 por cento, um alívio para investidores após a derrocada da commodity ter trazido intensa aversão ao risco ao mercado mais cedo neste mês.

Entre outros destaques de alta do Ibovespa apareceram a siderúrgica CSN e a companhia do setor imobiliário Rossi Residencial, subindo 27,52 por cento.

Operadores afirmaram que não havia uma razão específica para a disparada do papel da Rossi, que passava por recuperação de preço. A ação da empresa ainda acumula queda de 68 por cento em 2014.

A companhia aérea Gol teve a maior queda Ibovespa, de 2,93 por cento, com o petróleo e o dólar em alta, combinação desfavorável para os preços do querosene de aviação, que representam cerca de 40 por cento dos custos da empresa.

 

Dow Jones supera 18 mil pontos pela 1ª vez e S&P 500 renova recorde de fechamento

NOVA YORK (Reuters) - As bolsas de valores dos Estados Unidos fecharam em alta pelo quinto pregão consecutivo nesta terça-feira, com o índice Dow Jones superando a marca dos 18 mil pontos pela primeira vez na história após a divulgação de que a economia norte-americana cresceu acima do previsto.

O índice Standard & Poor's 500 teve seu 51o recorde de fechamento em 2014. Na máxima da sessão, o Dow chegou aos 18.051 pontos, e o indicador agora está cerca de 175 por cento acima da mínima de 12 anos atingida em 9 de março de 2009.

O Dow Jones <.DJI> terminou o dia com valorização de 0,36 por cento, a 18.024 pontos. O S&P 500 <.SPX> teve alta de 0,17 por cento, a 2.082 pontos. Na contramão, indicador tecnológico Nasdaq <.IXIC> perdeu 0,33 por cento, a 4.765 pontos.

A leitura final do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA foi revisada para cima para mostrar expansão anualizada de 5 por cento no terceiro trimestre, no ritmo mais forte em 11 anos e acima da expectativa de alta de 4,3 por cento.

"Todos estão surpresos, e eu definitivamente estou satisfeito", disse o analista-chefe de mercado na Phoenix Financial Services, Wayne Kaufman, em Nova York. "Como a inflação pode ser tão baixa com um PIB tão forte? Ou é algo fora da curva e o PIB voltará a cair drasticamente, ou veremos uma alta da inflação, o que colocará mais pressão sobre o Federal Reserve (banco central norte-americano)", acrescentou.

Além do relatório do PIB, dados mostraram um sólido crescimento dos gastos dos consumidores nos EUA, enquanto o sentimento dos consumidores atingiu o maior nível em quase oito anos. Foi divulgado ainda que as encomendas de bens duráveis caíram inesperadamente em novembro e as vendas de novas moradias recuaram pelo segundo mês seguido.

O volume de negócios em Nova York deve seguir fraco nesta semana devido ao feriado de Natal, o que pode aumentar a volatilidade em Wall Street. As bolsas dos EUA abrirão para uma sessão mais curta na quarta-feira e estarão fechadas no dia 25.

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Fonte:
Reuters

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