Governo cancela Censo de 2016 para evitar gasto de R$ 2,6 bi

Publicado em 26/03/2015 18:44

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BRASÍLIA (Reuters) - O governo cancelou a contagem da população brasileira que seria realizada no próximo ano para evitar o gasto de 2,6 bilhões de reais com a tarefa entre 2015 e 2016, informou o Ministério do Planejamento por meio de nota.

"A realização da Contagem da População 2016 não poderá ser realizada em função de seu alto custo, estimado em 2,6 bilhões de reais, valor que não está previsto no orçamento de 2015", informou o Ministério Planejamento.

Ao informar o cancelamento do Censo, a assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento informou que não há previsão de realização da contagem diante do elevado custo do levantamento.

Na nota, o ministério informou que foram preservados do corte de gasto as demais pesquisas feitas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), incluindo o Sistema de Contas Nacionais, PNAD Contínua, Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) e o Censo Agropecuário 2017.

Essas pesquisas são "consideradas de fundamental importância para os diagnósticos macroeconômicos e para o conhecimento da realidade social brasileira".

O cancelamento do Censo de 2016 sem prazo para realização faz parte do ajuste fiscal adotado pelo governo da presidente Dilma Rousseff de contenção de despesa pública e elevação de impostos, com objetivo de cumprimento da meta de superávit primário.

A meta de superávit primário deste ano é de 1,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e para alcançar o objetivo o governo está adotando várias medidas de rearranjo das contas públicas, mas enfrenta resistência do Congresso para colocar parte dessas ações em prática.

(Reportagem de Luciana Otoni)

 

Presidente do PT convoca militância para sair às ruas “contra a corrupção”. Não é piada!

Rui Falcão 2Um dia após confessar que “É um governo de merda, mas é o meu governo”, o presidente do PT, Rui Falcão, convocou a militância para sair às ruas na próxima terça-feira 31 (enquanto os trabalhadores de verdade trabalham).

O objetivo é contrapor o ato anti-Dilma marcado para 12 de abril, assim como os pelegos petistas fizeram em 13 de março, dois dias antes da maior manifestação política da história do país.

“Nós vamos nos mobilizar em todas as cidades, fazer pequenos atos, plenárias, panfletagem. PT na rua em defesa da democracia, da Petrobras, dos direitos dos trabalhadores e contra a corrupção e reforma política”, disse Falcão em vídeo.

Contra a corrupção? Claro. O partido que roubou pelo menos 300 milhões de dólares dos brasileiros na Petrobras combaterá, mais uma vez, uma palavra, uma abstração, o nome de um dos crimes cometidos por seus membros.

Para isso, só não sei se pagará de novo 50 reais, em média, a cada militante. Com a inflação como está, talvez os não trabalhadores mereçam um reajuste.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

 

 

O PT é contra o futebol

Se um bandido mata alguém em um campo de futebol, e a polícia vem investigar a cena do crime, quais são as manchetes mais prováveis na imprensa brasileira?

a) “Polícia acaba com a pelada.”
b) “Investigadores impedem amistoso.”
c) “FHC é contra o futebol.”
d) “PM proíbe os pobres de jogar bola.”
e) “Assassinato atrasa jogo.”

Resposta: as quatro primeiras, sem dúvida. No Brasil, além de FHC, quem investiga a cena do crime é culpado por deixar o cidadão na mão.

Esta manchete do Estadão é um exemplo entre dezenas:

Captura de Tela 2015-03-25 às 15.17.50

A Operação Lava Jato não “causa” demissões coisíssima nenhuma.

O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, da Lava Jato, já tinha dito:

“Quem quebrou o Brasil, se houver quebra do Brasil, terá sido a corrupção.”

O juiz Sergio Moro foi ainda mais preciso:

“A responsabilidade pelos imensos danos sofridos pela Petrobras e pela economia brasileira só pode recair sobre os criminosos, os corruptos e corruptores.”

Foram eles que causaram demissões, não os investigadores de seus crimes.

O PT, em suma, matou a economia e acabou com a pelada do povo.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

 

 

FAQ ministerial: as perguntas frequentes dos ministros de Dilma

Parabéns!

Você acaba de ser nomeado ministro da República Federativa do Brasil. Com a ajuda da presidenta, montamos uma lista de perguntas frequentes para auxiliá-lo nesta importante função. As respostas abaixo certamente ajudarão V. Ex. a evitar sermões, demissões repentinas e outras dificuldades que alguns de seus colegas estão enfrentando. Boa sorte!

 

1. Não sei exatamente qual a função da minha pasta. Pra ser sincero, acho que ninguém notaria se o meu ministério fosse extinto. Como devo proceder?

Fique tranquilo! Nesta fase da carreira, é normal que surjam inquietações e um sentimento de inutilidade profissional. Você não está sozinho: dezenas de ministros sofrem desse problema. Para enfrentá-lo, o principal é comunicar a imagem oposta à imprensa e aos eleitores. Na TV, mostre que você está cheio de projetos, decore estatísticas e frases de ênfase. Com o tempo, até você vai acreditar que sabe do que está falando.

2. Preciso ir trabalhar na segunda-feira?

Sim.

3. Preciso ir trabalhar na sexta-feira?

Sim.

4. Ah, tá de sacanagem. Até na sexta-feira?

Bem, sempre é possível agendar reuniões com a base ou discutir regras mais rígidas para o setor em Fernando de Noronha. Mas fique de olho na imprensa do fim de semana: se houver alguma reportagem sobre você, nem precisa voltar a Brasília.

5. Estou com vontade de dar um soco no Eduardo Cunha. Como devo proceder?

A presidência não recomenda a prática de violência entre os políticos da base aliada. Ainda mais se o alvo for um político do PMDB. Jamais fale grosso ou encare um político do PMDB. Se algum político do PMDB encrencar com você, não teremos alternativa senão dar razão ao político do PMDB. A não ser, é claro, se você também for do PMDB. Nesse caso, podem se matar à vontade.

6. Como devo comunicar as ações do meu ministério?

Esta é uma questão importantíssima. A presidente costuma gostar dos ministros que comunicam exatamente o contrário do que fazem. Por exemplo: se você vai rever as regras do seguro-desemprego, não vá dizer por aí que “o seguro-desemprego está ultrapassado”. Faça o contrário: diga que “estamos muito preocupados com o seguro-desemprego”.

Se você prevê que não haverá aumento real ao salário mínimo em 2015, obedeça a presidenta e diga que “vamos propor uma nova regra para 2016 e 2019 para garantir aumento real do salário mínimo”.

E, por favor, não vá escrever um relatório contando que pagamos blogueiros para adular o governo. Em vez disso, diga que “este governo está comprometido com a autonomia da imprensa”. O povo vai lembrar do que você disse, não tanto do que você fez.

7. Acho que vou ser citado nas denúncias da Lava Jato. Como devo proceder?

O governo federal não se responsabiliza pelo histórico de seus ministros e recomenda que eles respondam a acusações de corrupção de forma honesta e democrática.

8. Estou desesperado: fui citado nas denúncias da Lava Jato. Como devo proceder?

Bem, neste caso, é preferível ignorar a resposta anterior e marcar uma reunião com o José Eduardo Cardozo. (Aqui entre nós, ele tem uns conhecidos que podem facilitar a coisa pra você.)

9. O cãozinho da minha mulher está doente. Posso levá-lo de jatinho ao veterinário em Ribeirão Preto?

Não.

10. Mas ele não simpatiza com nenhum veterinário aqui de Brasília…

Não.

11. Mas ele está tão doentinho…

Ok, sendo assim, pode. Mas vale a mesma dica da pergunta 4: arranje algum motivo oficial para a viagem. Uma reunião com empresários para discutir as Olimpíadas, a dívida dos estados, as regras mais rígidas para o setor. O povo adora regras mais rígidas para qualquer setor.

12. Um homem estranho passou aqui no gabinete e disse que foi indicado pelo Lula para a diretoria de licitações do meu ministério. Como devo proceder?

Os autores deste FAQ manifestam que não têm e nunca tiveram conhecimento de desvios de verba ou recebimentos de propina por funcionários do ministério em questão.

13. Peraí, não foi essa a minha pergunta. Deixo o homem trabalhar aqui ou não?

Os funcionários do ministério devem ser escolhidos por critérios técnicos e aspectos políticos, além do histórico de comprometimento com as lideranças e com os apoiadores do partido. Deu pra entender, né?

(por LEANDRO NARLOCH)

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Fonte:
Reuters + VEJA

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1 comentário

  • Telmo Heinen Formosa - GO

    O caminho mais curto para fazer uma má administração é dispensar estatísticas. Quem não sabe quanto gasta, não sabe quanto ganha... A palavra "cálculo" siignifica "pedra" ou "pedrinha" e se originou na antiguidade quando o homem percebeu que era elementar o dominio sobre a quantidade de bens a administrar. Para contar os bens, animais ou coisas ele carregava consigo ou mantinha separado tantos "cálculos" quantos eram os bens possuidos. O Brasil estabeleceu como meta fazer um Censo populacional a cada 10 anos coincidindo com os anos de finais ZERO. Para os anos de finais CINCO (5) ficou o Censo Agropecuário... nem sei se alguma vez foi realizado no prazo. Lastimável. Agora esta, cancelamento do censo de 2016... que, na verdade, deveria ocorrer em 2015... com a desculpa do objetivo para cumprir a meta do superavit primário. Risível!

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Eles vão fazer o Censo Agropecuário, após a nova ministra atingir o "seu" objetivo:

      CRIAR UMA NOVA CLASSE MÉDIA NO MEIO RURAL !!!

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    • Rogerio mendes lopes Morrinhos - GO

      Sr.Telmo Heinen,gostaria que o sr.fizesse o calculo de quanto o produtor realmente esta ganhando com a agricultura e infomasse a todos o pessimo negocio em que estamos.O sr. me parece a pessoa mais indicada!Na minha conta o lucro nao vale a pena e riscos continuar,ja que perde ate para a mediocre poupança!

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