Na FOLHA: Patrimônio de Lula cresceu 360% desde o fim do segundo mandato

Publicado em 16/09/2016 11:01

ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aumentou seu patrimônio pessoal em 360%, em valores nominais, com a renda obtida com sua empresa de palestras, após o fim de seu segundo mandato na Presidência, em 2010.

A soma de seus bens chegou a R$ 8,8 milhões no fim do ano passado, apontam declarações de Imposto de Renda do petista que integram a denúncia criminal apresentada contra ele na quarta (14).

Segundo o documento entregue por Lula ao fisco, em 31 de dezembro de 2010 o ex-presidente tinha patrimônio de R$ 1,9 milhão.

Já em 2015, a declaração registra que, ao final daquele exercício, o valor total de seus bens era de aproximadamente R$ 8,8 milhões –um aumento de R$ 6,9 milhões.

De acordo com documentos entregues à Receita, a evolução patrimonial teve lastro em renda obtida com a L.I.L.S, empresa de palestras de Lula, criada após ele encerrar seus dois mandatos à frente da Presidência.

Entre 2011 e 2015, a L.I.LS. distribuiu lucros e dividendos no valor de R$ 8,5 milhões para o petista. Nesse período, Lula deu cerca de 70 palestras no Brasil e exterior, segundo ele próprio afirmou à PF.

A maior transferência de valor da empresa para Lula ocorreu em 2014, no montante de R$ 5,6 milhões. Foi em novembro daquele ano que estourou a fase mais ostensiva da Operação Lava Jato, que prendeu executivos e acusou o governo federal de arrecadar propina via Petrobras.

Os repasses para a L.I.L.S feitos por empreiteiras acusadas na Lava Jato são alvo de investigações pela força-tarefa do caso.

Segundo a PF, a L.I.L.S recebeu R$ 21 milhões entre 2011 e 2015. Desse total, R$ 9,9 milhões foram pagos por empreiteiras investigadas.

À Polícia Federal Lula afirmou que cobrava "exatamente US$ 200 mil, nem mais e nem menos", por todas as suas palestras –o mesmo valor que o ex-presidente americano Bill Clinton cobraria.

"Quando eu deixei a Presidência da República, eu era considerado o melhor presidente do início do século 21", disse aos policiais, ao justificar o preço. "Nós pegamos o valor do Bill Clinton e falamos o seguinte: 'Nós fizemos mais do que ele, então nós merecemos pelo menos igual'."

O objetivo, segundo o ex-presidente, era "vender o Brasil" e falar de suas perspectivas de futuro.

"Eu fazia isso com muito orgulho; se tivesse disposição, eu teria feito uma palestra por dia, ou até duas, se eu quisesse", afirmou aos delegados federais, em março.

O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, afirmou que "as atividades da L.I.L.S são absolutamente lícitas, lastreadas em palestras devidamente documentadas e de conhecimento geral".

Moro deve tomar decisão sobre Lula na segunda (JOSIAS DE SOUZA)

A denúncia formulada pela força-tarefa da Lava Jato contra Lula já se encontra com o juiz Sérgio Moro. A assessoria de imprensa da Justiça Federal paranaense informa que a decisão do magistrado deve ser divulgada na segunda-feira (19). Se acatar a denúncia dos procuradores, Lula vai ao banco dos réus. Se rejeitar, o caso descerá ao arquivo. Vai abaixo notíciaveiculada pela Agência Brasil:

A denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já está com o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal Criminal, em Curitiba. Moro tem até cinco dias para decidir se acata a denúncia dos procuradores que integram a força-tarefa do MPF na Operação Lava Jato. A assessoria de imprensa da Justiça Federal do Paraná informou que o despacho com a decisão deverá ser publicado na próxima segunda-feira (19).

Caso a denúncia seja acolhida por Moro, Lula se tornará réu no processo, bem como os outros denunciados: a mulher do ex-presidente, Marisa Letícia da Silva; o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto; o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro; e quatro pessoas ligadas à empreiteira, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Paulo Roberto Valente Gordilho, Fábio Hori Yonamine e Roberto Moreira Ferreira.

É a primeira vez que o ex-presidente é denunciado à Justiça Federal no âmbito da Lava Jato.

Apesar de o MPF acusar o ex-presidente de chefiar o esquema de corrupção identificado na Lava Jato, Lula não está sendo denunciado por formação de quadrilha. Os 13 procuradores da República que assinam o texto afirmam que a denúncia é por corrupção e lavagem de dinheiro.

O capítulo que trata disso ocupa mais de 40 das 149 páginas do documento. Nesse trecho, os procuradores dizem que o governo de Lula foi viável apenas por meio de “um esquema criminoso” envolvendo a compra de parlamentares com propina e distribuição de cargos públicos. De acordo com o texto, as irregularidades apontadas no mensalão e pela Lava Jato são “faces da mesma moeda” e têm como vértice o ex-presidente.

Em outras 40 páginas, os procuradores detalham as acusações direcionadas a Lula, Léo Pinheiro e Agenor Medeiros pelo crime de corrupção. Eles afirmam que o ex-presidente agiu de modo a facilitar contratos entre a Petrobras e os consórcios Conpar e Conest, dos quais a OAS fazia parte, para a realização de obras nas refinarias Repar e Rnest entre 2006 e 2012. Segundo a denúncia, o  consórcio garantiu o contrato com o pagamento de propina a diversos beneficiários, inclusive o ex-presidente.

O segundo crime denunciado pelo MPF, lavagem de dinheiro, ocupa quase 50 páginas do documento e está dividido em dois momentos. O primeiro trata do triplex no Condomínio Solaris, em Guarujá, no litoral paulista. Os procuradores afirmam que o imóvel foi adquirido, reformado e decorado pela OAS em benefício de Lula e de Marisa, como compensação pela atuação do ex-presidente no esquema da Petrobras. Além de Lula e da esposa, foram denunciados nessa etapa Léo Pinheiro, Paulo Gordilho e Fábio Yonamine.

Na denúncia por lavagem de dinheiro, os procuradores afirmam também que Lula recebia vantagens indevidas da OAS por meio de um contrato para armazenagem de bens pessoais do petista. Conforme o texto, a empreiteira fez pagamentos mensais por cinco anos à empresa Granero Transportes para que esta guardasse objetos pessoais do ex-presidente, depois que ele se mudou do Palácio da Alvorada. Essa parte da denúncia também inclui Paulo Okamotto e Léo Pinheiro.

Os 13 procuradores que assinam o documento não pedem a prisão de Lula ou de qualquer outro denunciado. Deltan Dallagnol, líder da força-tarefa que produziu a denúncia, disse ontem que essa prática é um “padrão” para “não antecipar juízos ou avaliações”.

Os autores da denúncia pedem, no entanto, que o juiz Sérgio Moro ordene o ressarcimento de danos à Petrobras por parte do ex-presidente, na ordem de R$ 87,6 milhões. O texto também solicita que se implique aos denunciados a “perda, em favor da União, de todos os bens, direitos e valores relacionados, direta ou indiretamente, à prática dos crimes”.

Os procuradores indicaram, ainda, uma lista com 27 testemunhas para serem ouvidas, caso a denúncia seja acatada na Justiça Federal.''

 

Desemprego liga a política à ideia de inutilidade

Passado o impeachment de Dilma Rousseff e a cassação de Eduardo Cunha, há um vazio em Brasília. Sem mais espantalhos para chutar, as tribos políticas voltaram seus olhares quase que integralmente para as eleições municipais. E não restou aos desempregados senão rezar para que Deus dê uma prova de sua existência aparecendo na forma de um contracheque.

Nesta sexta-feira, o Ministério do Trabalho informou que o Brasil perdeu 1,51 milhão de empregos com carteira assinada em 2015. É o pior resultado em 31 anos. Num instante em que o total de desempregados roça a casa dos 12 milhões, notícias como essa potencializam o paradoxo que embaça a atividade política. Hoje, os brasileiros são incapazes de reconhecer a utilidade da política. E os políticos são incapazes de demonstrá-la.

O desemprego herdado da gestão Dilma dá a Michel Temer a ilusão de que sua preocupação é útil. O desemprego dá aos ministros a oportunidade de fazer rostos graves, frontes crispadas. O desemprego dá ao pedaço da plateia que ainda dispõe de salário para encher a geladeira a impressão de que o novo governo está se movendo. Mas nada se move de verdade aos olhos dos desempregados, a não ser os índices de desemprego, que sobem.

Diante do desemprego crescente a eterna rinha política, o 'nós contra eles', o 'deixa que eu chuto'… Tudo isso ganha ares de insensatez. Imagine a cena: quatro amigos numa mesa de bar, na calçada. Travam uma dessas conversas engajadas. Esbarram em indagações transcendentais. O PT é melhor que o PSDB? O PMDB é a favor de tudo ou é contra qualquer outra coisa? O populismo estragou o Brasil? O liberalismo vai salvar o país? Súbito, um sujeito cabisbaixo aborda o grupo: “Podem me pagar um almoço, tô desempregado?”

Ou os políticos começam a cuidar do que é essencial ou logo, logo haverá brasileiro se perguntando: E se a democracia for isso mesmo?

Para Lula, político ladrão é melhor que procuradores e juízes concursados 

Com o luxuoso auxílio dos seus advogados, Lula desperdiça tempo numa cruzada contra Sérgio Moro. Para estigmatizá-lo, recorreu até às Nações Unidas. Denunciado, o ex-presidente passou a demonizar também o procurador da República Deltan Dellagnol e os outros “meninos” da Lava Jato. Lula procede assim por acreditar que, tachando seus investigadores de demônios, fica eximido de todo exame do mal. A começar pelo mais difícil: o autoexame.

Nesta quinta-feira, no comício privê que convocou para politizar a denúncia de que foi alvo, Lula potencializou a impressão de que se tornou um típico político brasileiro— grosso modo falando. Ele discursou por uma hora e oito minutos. A certa altura, a pretexto de criticar os procuradores que têm a mania de procurar e o juiz que cultiva o hábito de julgar, Lula saiu em defesa da classe política, sua corporação. Pronunciou a seguinte frase:

“Eu, de vez em quando, falo que as pessoas achincalham muito a política. Mas a profissão mais honesta é a do político. Sabe por quê? Porque todo ano, por mais ladrão que ele seja, ele tem que ir para a rua encarar o povo, e pedir voto. O concursado não. Se forma na universidade, faz um concurso e está com emprego garantido o resto da vida. O político não. Ele é chamado de ladrão, é chamado de filho da mãe, é chamado de filho do pai, é chamado de tudo, mas ele tá lá, encarando, pedindo outra vez o seu emprego”.

O raciocínio de Lula é límpido como água de bica. Mas vale a pena clareá-lo um pouco mais. Para o morubixaba do PT, política não é sacerdócio, mas profissão. E se parece muito com a profissão mais antiga do mundo. O político, ainda que seja um biltre, um pulha, um larápio será sempre mais honesto do que alguém capaz de molhar a camisa numa universidade para ingressar por concurso no Ministério Público ou na magistratura. Toda vilania, toda calhordice, toda ladroagem será perdoada se o político for para a rua “encarar o povo e pedir voto.”

De acordo com a força-tarefa de Curitiba, Lula é o “comandante máximo” da corrupção. Presidiu uma “propinocracia” urdida para assegurar o enriquecimento ilícito, a governabilidade corrompida e a perpetuação no poder. Lula abespinhou-se com a acusação de que comprou apoio congressual.

“Ontem eu vi eles falarem dos partidos políticos, dos governos de coalisão, vocês sabem que muita gente que tem diploma universitário, que fez concurso, é analfabeto político”, declarou. “O cara não entende do mundo da política. Não tem noção do que é um governo de coalizão. Ele não tem noção do que é um partido ser eleito com 50 deputados de 513 e que tem que montar maioria.” Foi como se o pajé petista dissesse: “Num Legislativo em que todos os gatunos são pardos, mensalões e petrolões não são opcionais, mas imperativos.”

A esse ponto chegou o mito. Assumira o poder federal, em 2003, ostentando uma biografia que empolgava o mundo. Imaginou-se que reformaria os maus costumes. Hoje, convoca a imprensa nacional e estrangeira para informar que foi reformado por eles. E concluiu: 1) que a oligarquia política com o rabo preso no alçapão da Lava Jato é inimputável. Recebeu licença das urnas para roubar. 2) que ‘governabilidade’ virou uma grande negociata para justificar qualquer aliança ou malandragem destinada a fazer da discussão política uma operação de compra e venda.

No fim das contas, um comício que serviria para contestar acabou confirmando as formulações dos analfabetos políticos da Lava Jato. Enquanto procura demônios de ocasião para os quais possa transferir suas culpas, Lula revela o porquê do surgimento de fenômenos como o mensalão e o petrolão. Se a urna é um sabão em pó moral, nada mais natural que políticos como Collor, Renan, Cunha e um incômodo etcétera recebessem, sob Lula, licença para plantar bananeira dentro dos cofres da Petrobras e adjacências.

Lula gosta de citar sua mãe, dona Lindu, para informar que aprendeu com ela a “andar de cabeça erguida por esse país.” Está claro que Lula não apreendeu os ensinamentos de sua mãe. Um governante pode até conviver com certos políticos por obrigação protocolar. Qualquer mãe entenderia isso. Mas ir atrás do Collor, adular o Cunha, entregar a viabilidade do seu governo à conveniência de tipos como Renan… Está na cara que Dellagnol e os outros ''meninos'' de Curitiba precisam assumir a função da mãe de Lula, denunciando-o de vez em quando, nem que seja para dizer: “Olha as companhias, meu filho. É para o seu próprio bem. Certos confortos podem acabar na cadeia.”

'Provem minha corrupção e irei a pé até a delegacia', diz Lula após denúncia

Em pronunciamento nesta quinta-feira (15), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se disse indignado com a decisão da força-tarefa da Operação Lava Jato de denunciá-lo. Ele desafiou: "Prova uma corrupção minha que irei a pé ser preso".

Num discurso em que chorou e levou às lágrimas militantes do PT, entre eles, o presidente do partido, Rui Falcão, Lula chamou de "show pirotécnico" aapresentação feita na véspera pelos procuradores, que o acusaram de comandar o esquema de corrupção na Petrobras.

"O procurador deve estar pensativo hoje, o delegado, os ministros: 'O que aconteceu? A custas do que esse espetáculo?'. A custas do que vender um produto que não tem como entregar?", questionou o ex-presidente.

O petista continuou: "Vocês vão ter problema com o golpe, com o que vocês querem tirar dos trabalhadores desses país, entregar nosso pré-sal, nossa Petrobras para o capital internacional. Assim não precisa de governo, mas de um vendedor".

Em mais de uma hora de discurso, Lula seguiu a orientação de seus advogados de não atacar a instituição do Ministério Público, apenas seus acusadores.

Por mais de uma vez, pediu respeito a ele e a sua mulher, Marisa Letícia. "Quer me investigar, me investiguem. Quer prestar depoimento, me chame. Só quero que sejam honestos comigo, respeitem a dona Marisa. Não conheço parentes deles, mas certamente não são melhores que dona Marisa."

O ex-presidente repetiu que sua vida é a mais investigada do país: "Tenho uma história pública conhecida. Acho que só ganha de mim aqui no Brasil Jesus Cristo. Pensa num cabra conhecido".

O petista chorou três vezes ao descrever sua trajetória. Uma delas foi ao relatar a operação da Polícia Federal em sua casa. Chorou também ao afirmar que seus filhos não conseguem trabalhar.

"Levantaram até o colchão da minha cama, achando que tinha ouro, ou que eu tinha uma refinaria da Petrobras lá embaixo. Tive que chamar um especialista para ver se não tinha grampo. Entraram na casa dos meus filhos, até quebraram a porta, entraram como se eles fossem bandidos."

Lula ironizou o fato de os procuradores terem usado a expressão "convicção" na apresentação.

"Não posso dizer a convicção que tenho deles. Tem que ter as convicções comedidas. Eles sabiam e tinham prova de um helicóptero com 400 kg de cocaína. Tinham prova. Pegaram o avião, viram a cocaína, mas não tinham convicção. Aí liberaram", disse.

O petista se referiu à apreensão de droga em helicóptero de uma empresa da família do senador Zezé Perrella (PTB-MG), em 2013. A PF descartou na época ligação do senador com o caso.

Cercado de aliados —entre eles, coordenadores de movimentos de esquerda, como MTST, MST e CUT —Lula disse que lutou pelo fortalecimento das instituições. "Não se pode permitir que meia dúzia estrague o histórico de uma instituição tão importante, que ajudei a construir na Constituição de 88."

Sem se referir diretamente a ninguém, Lula disse conhecer "muita gente que tenta conquistar cinco minutos de glória com a carinha na TV".

"A desgraça de quem conta a primeira mentira é que tem que mentir sempre", disse, cobrando "desculpas ao Lula". "Não é feio. Eu peço sempre. A palavra desculpa é nobre, mas não continue tentando inventar coisas para justificar mentira."

O ex-presidente apresentou ainda nesta quinta ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) um pedido de providências contra procuradores da força-tarefa da Lava Jato no Paraná.

Frase de procurador sobre provas e convicção não foi dita como divulgado

A frase atribuída a um procurador da Operação Lava Jato –"Não temos prova, mas temos convicção"– que seespalhou pela internet e virou até argumento de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi dita como tem sido divulgado.

Na coletiva de imprensa que anunciou a denúncia contra Lula, nesta quarta (14), dois procuradores afirmaram, em momentos diferentes, que "não temos prova cabal" e que havia "convicção" sobre o papel do petista no esquema de corrupção na Petrobras.

As duas afirmações, porém, não foram ditas na sequência, e nem por um único procurador.

A frase que gerou mais polêmica é do procurador da República Roberson Pozzobon, que, ao explicar a acusação de corrupção contra Lula no tríplex do Guarujá, declarou:

"Não teremos aqui provas cabais de que Lula é o efetivo proprietário, no papel, do apartamento, pois justamente o fato de ele não figurar como proprietário é uma forma de ocultação."

Ainda na entrevista, em pelo menos outros dois momentos, o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa, disse que as provas coletadas até ali davam "convicção" sobre o papel central de Lula no esquema da Petrobras.

"Provas são pedaços da realidade, que geram convicção sobre um determinado fato ou hipótese. Todas essas informações, como num quebra-cabeça, permitem formar a figura de Lula no comando do esquema criminoso identificado na Lava Jato", afirmou Dallagnol.

No final da entrevista, o procurador voltou a usar o termo.

"Dentro das evidências que nós coletamos, a nossa convicção, com base em tudo o que nós expusemos, é que Lula continuou tendo proeminência no esquema e continuou sendo líder desse esquema mesmo depois de ter saído do governo." 

Espetáculo de Deltan Dallagnol só serve à impunidade de Lula (por REINALDO AZEVEDO)

Não escrevo, não falo e não penso para saciar a sede de sangue de ninguém. Comigo, ou as coisas são feitas segundo as regras do Estado democrático e (atenção para o conectivo!) de Direito ou não servem.

Não combati a civilização petralha porque "eles" são "eles" e "nós" somos "nós". Eu a combati por causa de seus métodos. Os que me detestam não são os meus interlocutores às avessas nem meus guias morais por contraste. Não serão eles a definir as minhas escolhas. Eu as faço sem levar em conta o que eles pensam. De resto, a minha profissão não é ser antipetista. Não sou funcionário das obsessões alheias.

Acho que Lula, com efeito, é o chefe do petrolão. Acho que ele era o chefe do mensalão. Na verdade, há 15 anos escrevo que o considero o chefe de um esquema para assaltar a institucionalidade. Mas se, por isso, esperam que condescenda com o show de Deltan Dallagnol, podem tirar o cavalo da chuva. E repudio aquele espetáculo, entre outras razões, porque o considero contraproducente. Há uma boa possibilidade de o buliçoso procurador ter assinado na quarta-feira (14) a absolvição do chefão petista.

Quem lê a denúncia entende por que a força-tarefa acusa Lula, no caso do apartamento de Guarujá, de corrupção passiva. Mas já se tornam nebulosas as razões que justificam a acusação de lavagem de dinheiro. Incompreensível mesmo é por que não se incluiu o tipo penal que caracteriza dois terços do texto: membro de uma organização criminosa. Ou não é isso que revela aquele organograma?

E não vale dizer que isso será feito no âmbito do Supremo, como sugeriu aquela estranha entrevista coletiva.

A gritaria nas redes sociais em razão do que escrevi no blog e afirmei no programa "Os Pingos nos Is", na Jovem Pan, foi gigantesca. Esperavam que eu fosse voar na jugular de Lula –afinal, "eles" são "eles", e "nós" somos "nós", certo? Mas voei foi na jugular de Deltan porque "eu" sou "eu". Sou funcionário apenas das minhas convicções, ancoradas em fatos. Aí, sim!

Não vivo nem de vaia nem de aplauso. Infelizmente, a denúncia é fraca. Há lá pérolas como esta:

"Em datas ainda não estabelecidas (sic), mas certo que compreendidas entre 11/10/2006 e 23/01/2012 (sic), LULA, de modo consciente e voluntário, em razão de sua função (sic) e como responsável pela nomeação e manutenção de RENATO DUQUE e PAULO ROBERTO COSTA nas Diretorias de Serviços e Abastecimento da PETROBRAS, solicitou, aceitou promessa e recebeu, direta e indiretamente, para si e para outrem, inclusive por intermédio de tais funcionários públicos, vantagens indevidas (...)". Ou ainda: "Evidentemente, dada a envergadura do cargo que ocupava na época (sic), não cabia a LULA requerer diretamente as vantagens em decorrência de cada contrato firmado pela PETROBRAS. Para tanto, contava com funcionários públicos, RENATO DUQUE e PAULO ROBERTO COSTA, em posições fulcrais para influenciar, com o oferecimento de benefícios (...)"

Essas são apenas algumas das passagens em que a precipitação e o gosto pelo espetáculo confundem a denúncia de cometimento de crimes com responsabilização objetiva.

Os cretinos acham que estou afirmando que Lula é inocente. Não! Eu acho que ele é culpado. O que estou sustentando é que a denúncia é inepta e que a força-tarefa, com o seu gosto pela ribalta, prestou um favor imenso à defesa do ex-presidente.

Não por acaso, o PT e os advogados de Lula comemoraram. Não por acaso, Rodrigo Janot ficou preocupado. Se a Procuradoria-Geral da República não botar ordem na bagunça, o resultado será a impunidade.

Não é difícil acreditar na denúncia, mas falta muito para condenar Lula (por MARCELO COELHO)

Lula está sendo denunciado sem provas? Não é bem assim. O Ministério Público Federal apresentou, num documento de 149 páginas, evidências de que o ex-presidente e sua mulher, Marisa Letícia, receberam vantagens da construtora OAS.

São os famosos casos do apartamento no Guarujá e das despesas com armazenamento de bens num depósito da Granero. O não menos célebre sítio em Atibaia ficou fora da denúncia.

O que mais enfraquece a tese da acusação é o fato de dois terços do documento —até a página 92— serem ocupados pela descrição de todo o esquema de corrupção na Petrobras. E, nesse ponto, o papel efetivo de Lula é tratado com muita retórica e pouco fundamento documental.

Lula "orquestrou", "comandou", "garantiu" a máquina de licitações fraudadas e propinas. Para o MP, a "engrenagem delituosa" funcionava "em benefício de Lula, não só pelas vantagens financeiras que recebeu, mas também pela governabilidade conquistada e pelo fortalecimento de seu partido".

Lula, repete o documento, era "o elemento comum, comandante e principal beneficiário" de tudo. Pode-se mesmo acreditar que a distribuição de "verdadeiros postos avançados de arrecadação de propinas", como diz a acusação, tivesse de contar com a participação ativa de Lula –tendo continuado mesmo depois de José Dirceu sair do governo.

Comprovou-se, até pela confissão dos envolvidos, que diretores da Petrobras como Paulo Roberto Costa embolsaram diretamente porcentagens de contratos arranjados entre o cartel das empreiteiras.

A questão é saber qual a verdadeira atuação de Lula no processo. O episódio mais forte diz respeito à nomeação de Paulo Roberto Costa, indicado pelo PP, para a diretoria de abastecimento da estatal.

Segundo relato do ex-deputado do PP Pedro Corrêa, houve uma reunião em que Lula exigiu diretamente ao presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, que Paulo Roberto Costa fosse nomeado. Havia resistências; o caso se estendia há seis meses. José Eduardo Dutra observou que não era tradição na empresa mudar de diretor de uma hora para outra.

Se fosse para respeitar a tradição, teria respondido Lula, eu nem seria presidente da República... Deu o ultimato: se Paulo Roberto Costa não fosse nomeado em uma semana, todo o Conselho de Administração da Petrobras seria demitido. Paulo Roberto foi nomeado.

É uma participação e tanto, embora o relato se baseie apenas na delação premiada de Pedro Corrêa. Outro delator, o ex-líder do PT no Senado Delcídio Amaral, corrobora a tese da intervenção pessoal de Lula.

Na falta de mais depoimentos, gravações ou papéis assinados, sobrou para o Ministério Público recorrer ao já suficientemente ridicularizado cartaz com círculos em volta de Lula, apontando-o como interessado na "propinocracia", no "mensalão", na "perpetuação criminosa do poder", e termos de peso retórico semelhante.

Ficamos então com o tríplex no Guarujá. Não há dúvida de que Lula e Marisa visitaram o apartamento, na companhia de ninguém menos que o presidente da OAS, Léo Pinheiro, combinando o que seriam as conveniências do casal.

A construtora, raciocina corretamente o MP, não gastaria quase um milhão em reformas personalizadas se pretendesse colocar o apartamento à venda para um desconhecido.

Trata-se de "lavagem de dinheiro" por parte de Lula e Marisa, como sustenta a acusação, ou mera aceitação ilegal de uma vantagem? Nem isso, diz Lula. Teria conversado com Léo Pinheiro, mostrando seu desinteresse no apartamento: os quartos eram pequenos, e escada não é boa para quem está com sua idade. O MP duvida, porque as reformas continuaram mesmo depois dessa conversa.

Em resumo, não é difícil acreditar no que diz o documento quanto ao "comando" de Lula, mas não é fácil apostar que o relatado seja suficiente para uma condenação.

Lula tenta salvar o mito (por BERNARDO MELLO FRANCO)

BRASÍLIA - No momento mais dramático de sua carreira, o ex-presidente Lula entra em duas batalhas simultâneas. Sua prioridade é se defender da Lava Jato, que ameaça levá-lo para a cadeia e suspender seus direitos políticos. Ao mesmo tempo, ele tentará salvar o mito que começou a construir há mais de três décadas, nas greves do ABC.

Lula superou a miséria, enfrentou a ditadura, fundou um grande partido e se tornou o primeiro operário a chegar à Presidência da República. Essa trajetória épica foi posta em xeque pela denúncia da força-tarefa de Curitiba, que o acusou de ter sido o "comandante máximo" de um esquema bilionário de corrupção.

Num longo discurso de defesa, o ex-presidente apelou à emoção e chorou ao menos três vezes diante das câmeras. Ele disse ser inocente, lembrou a infância pobre e reclamou de desrespeito à sua família. As lacunas da acusação e a agressividade dos procuradores o ajudaram a se apresentar como vítima de excessos.

"A perseguição contra mim é por causa das coisas boas que nós fizemos neste país", discursou, sem responder a perguntas sobre as acusações. A fala ofereceu novo mote à militância petista. A ordem é apresentar a ofensiva da Lava Jato como prova de um "golpe continuado" —que, depois de cassar Dilma Rousseff, tentaria tirar Lula da eleição de 2018.

Num primeiro momento, o bombardeio tende a servir de alívio ao governo. Nas últimas semanas, a esquerda começava a voltar às ruas com duas bandeiras: "Fora Temer" e "Nenhum direito a menos". Agora o PT e o lulismo serão empurrados mais uma vez para a defensiva.

Por outro lado, líderes da nova ordem admitem que a agressividade dos procuradores e a defesa emocional de Lula podem virar parte da opinião pública a favor do ex-presidente. Isso ajuda a explicar por que grão-tucanos como Fernando Henrique Cardoso e Aécio Neves adotaram tom de cautela e evitaram comemorar a denúncia contra o velho rival.

 

 

A denúncia formulada pela força-tarefa da Lava Jato contra Lula já se encontra com o juiz Sérgio Moro. A assessoria de imprensa da Justiça Federal paranaense informa que a decisão do magistrado deve ser divulgada na segunda-feira (19). Se acatar a denúncia dos procuradores, Lula vai ao banco dos réus. Se rejeitar, o caso descerá ao arquivo. Vai abaixo notícia veiculada pela Agência Brasil:

A denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já está com o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal Criminal, em Curitiba. Moro tem até cinco dias para decidir se acata a denúncia dos procuradores que integram a força-tarefa do MPF na Operação Lava Jato. A assessoria de imprensa da Justiça Federal do Paraná informou que o despacho com a decisão deverá ser publicado na próxima segunda-feira (19).

Caso a denúncia seja acolhida por Moro, Lula se tornará réu no processo, bem como os outros denunciados: a mulher do ex-presidente, Marisa Letícia da Silva; o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto; o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro; e quatro pessoas ligadas à empreiteira, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Paulo Roberto Valente Gordilho, Fábio Hori Yonamine e Roberto Moreira Ferreira.

É a primeira vez que o ex-presidente é denunciado à Justiça Federal no âmbito da Lava Jato.

Apesar de o MPF acusar o ex-presidente de chefiar o esquema de corrupção identificado na Lava Jato, Lula não está sendo denunciado por formação de quadrilha. Os 13 procuradores da República que assinam o texto afirmam que a denúncia é por corrupção e lavagem de dinheiro.

O capítulo que trata disso ocupa mais de 40 das 149 páginas do documento. Nesse trecho, os procuradores dizem que o governo de Lula foi viável apenas por meio de “um esquema criminoso” envolvendo a compra de parlamentares com propina e distribuição de cargos públicos. De acordo com o texto, as irregularidades apontadas no mensalão e pela Lava Jato são “faces da mesma moeda” e têm como vértice o ex-presidente.

Em outras 40 páginas, os procuradores detalham as acusações direcionadas a Lula, Léo Pinheiro e Agenor Medeiros pelo crime de corrupção. Eles afirmam que o ex-presidente agiu de modo a facilitar contratos entre a Petrobras e os consórcios Conpar e Conest, dos quais a OAS fazia parte, para a realização de obras nas refinarias Repar e Rnest entre 2006 e 2012. Segundo a denúncia, o  consórcio garantiu o contrato com o pagamento de propina a diversos beneficiários, inclusive o ex-presidente.

O segundo crime denunciado pelo MPF, lavagem de dinheiro, ocupa quase 50 páginas do documento e está dividido em dois momentos. O primeiro trata do triplex no Condomínio Solaris, em Guarujá, no litoral paulista. Os procuradores afirmam que o imóvel foi adquirido, reformado e decorado pela OAS em benefício de Lula e de Marisa, como compensação pela atuação do ex-presidente no esquema da Petrobras. Além de Lula e da esposa, foram denunciados nessa etapa Léo Pinheiro, Paulo Gordilho e Fábio Yonamine.

Na denúncia por lavagem de dinheiro, os procuradores afirmam também que Lula recebia vantagens indevidas da OAS por meio de um contrato para armazenagem de bens pessoais do petista. Conforme o texto, a empreiteira fez pagamentos mensais por cinco anos à empresa Granero Transportes para que esta guardasse objetos pessoais do ex-presidente, depois que ele se mudou do Palácio da Alvorada. Essa parte da denúncia também inclui Paulo Okamotto e Léo Pinheiro.

Os 13 procuradores que assinam o documento não pedem a prisão de Lula ou de qualquer outro denunciado. Deltan Dallagnol, líder da força-tarefa que produziu a denúncia, disse ontem que essa prática é um “padrão” para “não antecipar juízos ou avaliações”.

Os autores da denúncia pedem, no entanto, que o juiz Sérgio Moro ordene o ressarcimento de danos à Petrobras por parte do ex-presidente, na ordem de R$ 87,6 milhões. O texto também solicita que se implique aos denunciados a “perda, em favor da União, de todos os bens, direitos e valores relacionados, direta ou indiretamente, à prática dos crimes”.

Os procuradores indicaram, ainda, uma lista com 27 testemunhas para serem ouvidas, caso a denúncia seja acatada na Justiça Federal.''

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Fonte:
Folha de S. Paulo

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1 comentário

  • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

    Às vezes, quando leio artigos de especialistas no assunto de escrever, volto a praticar o caquete dos matutos, que é remoer a informação e, ao mesmo tempo, puxar os pelos da pestana e, pelo número dos artigos que têm aparecido na mídia, haja pestana.

    Uns estão dando o seu veredito de que os promotores da Operação Lava Jato estão errados, com relação à denuncia do maestro da propinocracia. Por acaso as investigações que chegaram até aqui foram por mérito desses escritores de artigos, ou por mérito da equipe do MPF? Por que as pessoas que têm alguma notoriedade perdem a humildade? Será esse o maior problema das sociedades?

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Sr, Rensi, isso faz parte da destruição da moralidade no Brasil. Um exemplo, Lula diz em discurso que criou o maior partido de esquerda da América Latina, já José Serra diz em entrevista que o PT não fez um governo de esquerda"!!!! É sempre assim, o comunismo socialista fracassa e logo aparecem as viúvas para afirmar que o que fracassou nunca foi socialismo. FHC também, ao afirmar que Lula é importante ao país e que Dilma é uma mulher honrada, está utilizando a estratégia das tesouras em que Lula finge ser inimigo mortal do falso direitista FHC. Acusam-se em coisas pequenas, fingem ser inimigos sendo mais que amigos, e quando aparece uma coisa grande como o mensalão, o petrolão, um sai em defesa do outro para dar credibilidade. No caso FHC dá credibilidade a Lula pois as pessoas pensam, "se até o FHC diz que Dilma é honrada e Lula inocente, deve ser verdade". Esquerdistas vivem de aplicar golpes na sociedade.

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Já que o Serra é um homem que se diz honrado e, homens honrados só dizem a verdade. Faço a seguinte pergunta ao ministro Serra: PORQUE ELE COLOCOU A FOTO DO LULA AO FUNDO, NUMA DE SUAS APARIÇÕES TELEVISIVAS DURANTE A CAMPANHA PRESIDENCIAL DE 2010? Quando disputou o cargo com a Dilma que era apoiada visceralmente por Lula.

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      É exatamente esse o ponto Sr. Rensi, Serra foi um adversário politico de Lula, mas colocar uma foto de Lula no horário eleitoral comprova que ele apoiou o "jeito" Lula de governar. Então José Serra, Blairo Maggi, e tantos outros que apoiaram toda a patifaria estão ainda no poder, e com mais poder. Os que apoiam esses caras e que são honestos esperam resultados diferentes com os mesmo politicos!! Isso não é possivel.

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    • wellington almeida rodrigues Sucupira - TO

      Eles são farinha do mesmo saco, todos são iguais, meros mercenários, não sei se vocês viram o dia da defesa de Dilma no senado , quando deu um intervalo, na sessão Dilma , levandovisk e Aécio neves , num papo , sorridentes parecendo velhos amigos que não se encontravam a muito tempo, deviam estar falando assim esses trouxas desses brasileiros, compramos eles e passamos melzinho e mandamos trabalhar, vai trabalhar bando de trouxas , trazer mais dinheirinho para nós, e o povo brasileiro quebrando tudo, pondo fogo em ônibus, ficando de mal um do outro, o povinho inocente, segos, to contigo e não abro Rodrigo, são meros safados que acham que o Brasil é deles e não do povo brasileiro, Maggi , Serra, LULA, Temer, um bando de malandros, quando o Carlo Meloni falou em levar aos políticos nossas reivindicações, dos produtores, não apóio, porque sei que vai ficar na gaveta, eles fingem que nos ouvem, não querem nada só impostos, impostos e mais impostos, somente, temos que arrumar outro jeito de mudar esse sistema de desgoverno, nos políticos nem pensar , no judiciário também não, temos que achar uma solução, aceito palpites, idéias , soluções etc..., quem estiver a fim de colaborar, manda ver...,

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    • wellington almeida rodrigues Sucupira - TO

      Desculpe cegos, esse celular oh merda...!

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Wellington, são tantas as coisas erradas que, chego a conclusão que o "Barão de Itararé" tinha razão. Segue algumas das suas frases: ...

      Nunca desista do seu sonho. Se acabou numa padaria, procure em outra! ...

      Tudo é relativo: o tempo que dura um minuto depende de que lado da porta do banheiro você está. ...

      Devo tanto que, se eu chamar alguém de "meu bem", o banco toma! ...

      O voto deve ser rigorosamente secreto. Só assim, afinal, o eleitor não terá vergonha de votar no seu candidato....

      Eh! Para encerrar:...

      Eu Cavo, Tu Cavas, Ele Cava, Nós Cavamos, Vós Cavais, Eles Cavam. Não é bonito, nem rima, mas é profundo?

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    • Hilário Casonatto Lucas do Rio Verde - MT

      O produtor rural precisa estar capitalizado, não depender de politicas, não arriscar , só assim quando for fazer as contas p plantar e vê que não vai ter lucro, não planta.

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    • wellington almeida rodrigues Sucupira - TO

      Exatamente Hilário, esse é meu sonho, essa é minha luta, colocar uma safra dentro da outra, nem que devemos diminuir pela metade nossa área de plantio, mas plantar com consciência, recebendo lucros ao invés de dívidas, igual senhor Rensi relatou estamos cavando um poço sem fim..., para vocês ter uma ideia, tenho um maquinário que toca mais de mil há e atualmente planto semente 500 há , mas vamos lá lutar pelos nossos sonhos com unhas e dentes, pelos nossos direitos, nem que seja preciso dar sangue nas canelas de tanto andar atrás, não vão pensando que vai ser fácil, talvez demore 10, 15, 20 anos, mas um dia da certo se Deus quiser, tenho fé e esperança...!

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      HILARIO E WELLINGTON E' POR AI MESMO

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