Petróleo: Opep fecha acordo para corte na produção; preços disparam nesta 4ª

Publicado em 30/11/2016 10:01

Após meses negociações, os líderes da Opep (Organização dos Países Produtores de Petróleo) enfim selou um acordo entre seus representantes para a redução da produção pela primeira vez desde 2008. Segundo fontes internacionais, a decisão vem em linha com as medidas firmadas em setembro, na Argélia, que estabeleciam um teto de produção de 32,5 milhões de barris por dia, contra os atuais 33,6 milhões. Com as notícias, os futuros do petróleo subiram mais de 9% nesta quarta-feira (30). 

O objetivo do acordo é de ajustar os elevados estoques globais do produto, reduzindo o excesso de oferta e, dessa forma, promovendo um estímulo para os preços internacionais, que vinham amargando patamares bem baixos nos últimos dois anos. Algumas dúvidas ainda rondam os mercados e os especialistas - uma vez que a nota ainda não é pública - principalmente sobre as regras que serão aplicadas sobre o Irã, que é um caso especial. 

"Esta deve ser uma chamada para os céticos que vinham decretando a morte da Opep. O grupo está focado em reduzir os estoques", disse, em entrevista à Bloomberg, o analista chefe de petróleo da Energy Aspects Ltd. Para a internacional Morgan Stanley, os preços poderiam subir até US$ 5,00 frente às mudanças. 

E apesar da euforia do mercado, ainda como explicam analistas e consultores, a redução proposta na reunião desta quarta-feira (30)em Viena, na Áustria, não seria suficiente para acabar com todo o excesso atual. Estimativas da própria Opep, afinal, mostram que seriam necessários apenas 31,9 barris por dia - de janeiro a junho - para equilibrar a oferta e demanda. 

Os especialistas acreditam ainda que o acordo indica uma promessa de reativar as tarifações de alguns países, da Venezuela à Líbia, além de restaurar a confiança do grupo econômico que hoje controla cerca de 40% de todo o petróleo do mundo. Os impactos da medida, portanto, devem ecoar muito além da Opep e começar esbarrando, inicialmente e positivamente, já nas empresas de xisto norte-americanas, por exemplo. 

Na Reuters: Arábia Saudita cortará produção de petróleo em cerca de 500 mil bpd, diz fonte da Opep

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VIENA (Reuters) - A Arábia Saudita, maior exportador global de petróleo, aceitou cortar sua produção para 10,06 milhões de barris por dia (bpd) sob um novo acordo para limitar a produção no âmbito da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), disse à Reuters uma fonte do grupo nesta quarta-feira.

A produção saudita estava em 10,54 milhões de bpd em outubro.

A fonte também disse que a Opep, em um encontro de ministros em Viena, fechou acordo para a suspensão da Indonésia como membro da organização e permitiu que o Irã estabeleça um novo nível de produção a 3,797 milhões de bpd.

(Reportagem da equipe de cobertura da Opep)

Opep fecha 1º acordo de corte de produção de petróleo desde 2008; preços disparam

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VIENA (Reuters) - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) fechou seu primeiro acordo para corte de produção desde 2008, disseram à Reuters fontes do grupo nesta quarta-feira, com a Arábia Saudita aceitando uma redução na sua extração e concordando com o congelamento do bombeamento do rival Irã em níveis pré-sanções.

Os contratos futuros do petróleo Brent subiam cerca de 8 por cento, operando a aproximadamente 50 dólares, por volta das 13h50 (horário de Brasília), com as notícias sobre o assunto.

Uma fonte disse que o acordo está em linha com o que havia sido proposto pela Argélia em setembro: uma redução de 4,5 por cento na produção, ou cerca de 1,2 milhão de barris por dia (bpd).

A Argélia, membro da Opep, vinha propondo estabelecer um novo teto de produção de 32,5 milhões de barris por dia.

A Arábia Saudita, maior exportador global de petróleo, aceitou cortar sua produção para 10,06 milhões de bpd sob um novo acordo, disse uma fonte do grupo.

A produção saudita estava em 10,54 milhões de bpd em outubro.

A fonte também disse que a Opep, em um encontro de ministros em Viena, fechou acordo para a suspensão da Indonésia como membro da organização e permitiu que o Irã estabeleça um novo nível de produção a 3,797 milhões de bpd, perto dos níveis atuais.

Emirados Árabes Unidos, Kuweit e Catar devem cortar produção em um volume combinado total de cerca de 300 mil bpd, disse uma fonte da Opep à Reuters.

(Reportagem de Ahmad Ghaddar, Alex Lawler and Rania El Gamal)

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Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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