Bolsonaro, bancada ruralista, Aprosoja, Abiec, ABPA...todos pedem o fim da paralisação

Publicado em 29/05/2018 05:56
Movimento dos caminhoneiros fica isolado, com apoio de parte da população (principalmente no Sul do País); mesmo assim grupos politicos impedem o fim da paralisação

Com a população urbana mostrando sinais de esgotamento, o movimento de paralisação dos caminhoneiros começa a perder força na manhã desta terça-feira. Líderes dizem que 30% dos motoristas ainda resiste parados em acostamentos de todo o País. Segundo informações do Gabinete de Crise do Governo Federal, 20 Estados ainda registram paralisação. Pesquisas nas mídias sociais apontam queda vertiginosa no apoio da população ao movimento. Grupos mais intransigentes estão isolados, noticiam os jornais brasileiros.

Lideranças do Agronegócio reunidos na sede do IPA (instituto Pensar Agro, que reúne 40 entidades do setor) emitiram nota defendendo o fim das paralisações. A bancada ruralista (FPA) seguiu o mesmo tom. E até mesmo o deputado Jair Bolsonaro, reconhecido como o principal líder político líder dos caminhoneiros e agricultores, pediu o fim do movimento. (O cáos não nos interessa", disse Bolsonaro à Folha (veja abaixo).

Cerca de 2 mil pessoas ligadas a grupos que pedem a intervenção militar se reuniram em frente ao Congresso Nacional, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, exigindo a volta dos militares no Poder. Mas dirigentes militares  não endossam a tese da intervenção.

Grupos de caminhoneiros, organizados por WhatsApp, se mostram irredutíveis. Nos grupos de alguns manifestantes, as medidas anunciadas no domingo, 27, pelo presidente Michel Temer não surtiram efeito. Os participantes demonstram impaciência e irritação com Temer e defendem intervenção militar já. Para alguns deles, a queda do atual governo e entrada dos militares é uma questão de tempo – ou melhor, de dias.

Já o presidente Michel Temer disse nesta 2ª feira (28.mai.2018) que acredita que o protesto de caminhoneiros terminará até esta 3ª feira (29.mai). O emedebista discursou na cerimônia de posse do novo ministro da Secretaria Geral da Presidência, Ronaldo Fonseca (sem partido-DF).

“Tenho absoluta convicção de que até hoje e amanhã, todos nós, irmanados, e, naturalmente, aqueles que estão na chamada greve agora já recomendada pelos seus líderes como devemos cessar, tenho certeza que tudo isto trará muita tranquilidade”, afirmou Temer.

O presidente disse que decidiu estabelecer diálogo com os caminhoneiros em vez de atacá-los desde o início dos protestos, na 2ª feira (21.mai), e que esse será o caminho que o governo adotará.

"...entendeu-se que logo no começo, eu deveria usar de toda a força necessária para logo no primeiro dia, impedir qualquer movimento. Nós não fazemos assim. Não é nossa vocação, a nossa vocação é do acerto, do diálogo, da conciliação, do ajuste, que é o que fizemos ao longo desta semana”, disse Temer.

Bolsonaro defende em vídeo direcionado aos caminhoneiros fim da paralisação

(Reuters) - O pré-candidato à Presidência pelo PSL, deputado Jair Bolsonaro, defendeu o fim da paralisação dos caminhoneiros, afirmando que "o Brasil quebrado" não interessa a ninguém.

“O Brasil no momento, depois desse trabalho maravilhoso de vocês, entendo eu, que começa a perder. Todos nós passamos a perder a partir de agora”, disse Bolsonaro em vídeo direcionado aos caminhoneiros publicado nas redes sociais na noite de segunda-feira.

O nome de Bolsonaro tem sido associado a lideranças do movimento dos caminhoneiros devido à presença de apoiadores dele e de defensores de uma intervenção militar entre os manifestantes.

“Entendo eu, respeitosamente, que seria um ato de nobreza por parte de vocês voltar ao serviço, buscar fazer o Brasil voltar à normalidade. O Brasil quebrado não interessa para ninguém, nem para nós, nem para vocês”, acrescentou.

Bolsonaro, que lidera as pesquisas de intenção de voto nos cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está preso, afirmou que o governo do presidente Michel Temer tem agido de forma "covarde" ao trabalhar para responsabilizar os caminhoneiros.

Segundo ele, o governo quer "colocar na conta dos caminhoneiros" a responsabilidade por futuros prejuízos causados pela paralisação, que entrou no nono dia nesta terça-feira, "deixando em segundo plano seu total descaso às reivindicações da população e sua inércia".

Na segunda-feira, o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, disse que a desmobilização do protesto dos caminhoneiros após um acordo com o governo está sendo dificultada em alguns lugares por militantes infiltrados que defendem a intervenção militar para derrubar o governo federal.

Greve dos Caminhoneiros: FPA e entidades do setor produtivo nacional defendem o fim das paralisações em todo país

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e o Instituto Pensar Agropecuária (IPA), que reúne 40 entidades que representam o setor produtivo nacional, assinaram, na noite desta segunda-feira (28), nota oficial sobre a paralisação de caminhoneiros e transportadores de carga contra a alta no preço do diesel que completa seu oitavo dia.

No documento, as instituições reiteram que apoiaram as reivindicações e participaram das negociações em defesa dos caminhoneiros, atendidas pelas Medidas Provisórias 831, 832 e 833/2018, publicadas pelo governo federal no Diário Oficial da União no último domingo (27). No entanto, segundo a nota, a extensão das manifestações já trouxe prejuízos substanciais ao setor agropecuário, refletidos também na sociedade brasileira e no consumidor final.

Desde o início do dia, a FPA se articula com o governo federal e entidades para saber o motivo da paralisação ainda não ter sido contida. A presidente da FPA, deputada Tereza Cristina (DEM-MS), e demais membros da Frente estiveram com os ministros Blairo Maggi (Mapa) e Carlos Marun (Articulação) para definir estratégias e diminuir a adesão de produtores à greve. Marun informou que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) já tem autonomia para prender líderes do movimento que resistirem ao fim das paralisações.

Ao todo, estima-se cerca de R$ 10 bilhões de prejuízos à economia brasileira. Destes, mais de R$ 1 bilhão somente aos produtores nacionais, segundo dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), mais R$ 1,8 bilhão para a indústria de frangos e suínos e R$ 620 milhões à produção de carne bovina.

Para a presidente da FPA, deputada Tereza Cristina (DEM-MS), as reivindicações são justas e já foram atendp>medidas anunciadas pelo governo federal, mas o Brasil precisa voltar à normalidade. “Os prejuízos foram enormes e afetam a saúde pública, o meio ambiente, a parte sanitária. Estamos mexendo com vidas. Nós vamos sim votar no Congresso Nacional todas as medidas anunciadas. Vamos trabalhar para a efetivação dos acordos feitos”, afirmou a presidente.

A deputada complementou que o descarte de milhares de produtos não pode mais continuar. “Não podemos conviver com essa situação de produtos sendo descartados, após árduo trabalho de milhares de produtores rurais”, destacou Tereza Cristina. Segundo a Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos), 51 milhões de litros de leite já foram descartados por produtores de diversos estados, o que gera um prejuízo diário de R$ 180 milhões.

E isso não ocorre só com o leite. Produtores de alface e batata perderam grande volume de produção que estavam em caminhões parados, sendo obrigados a doar os produtos em meio às rodovias. O preço da batata, por exemplo, registrou crescimento de mais de 100% entre os dias 18 e 24 de maio, de acordo com dados da CNA.

Dada a perecibilidade também das frutas e hortaliças, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que 95% dos legumes e frutas já estão em escassez na segunda maior Central de Abastecimento (Ceasa) da América Latina, em Irajá, Zona Norte do Rio. Normalmente, 400 caminhões descarregam produtos no local diariamente. Atualmente, apenas 52 transportadores de carga chegaram à Central por dia. Cargas de manga de produtores-exportadores da região de Petrolina, em Pernambuco, estão impossibilitadas de sair do município em direção aos portos, deixando os produtores sem alternativas.

No caso das exportações, tradings do setor já têm informado aos clientes que as próximas entregas irão atrasar. A União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) informou que 47 usinas estão sendo afetadas pela greve dos caminhoneiros, em grande parte, por conta da ausência de combustível. Mais de 30 unidades em Minas Gerais suspenderam as vendas de etanol e 10 paulistas estão paradas sem produzir nem vender.

No Centro-Sul, responsável por 94 % da produção de etanol no país, a perda de receita estimada ép>milhões com, pelo menos, 220 usinas paradas por conta da falta de óleo diesel.

O impacto para a suinocultura no Brasil, que é o 4º maior produtor mundial da proteína, já atinge 20 milhões de suínos, os quais não estão recebendo alimentação su­ficiente. É o que informa a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS). Com falta de insumos, muitos podem chegar a óbito, o que já vem ocorrendo.

De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), há a previsão de que maisp>produção de proteína animal seja interrompida caso a situação não se normalize. Mais de 208 fábricas e 120 plantas frigoríficas já se encontram completamente paradas, com mais de 234 mil trabalhadores suspensos.

Assinaram a nota oficial a presidente da FPA, deputada Tereza Cristina (DEM-MS), o presidente do IPA, Fábio Meirelles Filho, ABPp>Aprosoja MS, Aprosoja Brasil, Abraleite, Viva Lácteos, Abramilho, Acrimat, Abiec, e Faesp.

Nota Greve dos Caminhoneiros 1

Nota Greve dos Caminhoneiros 2

Nota Oficial: Greve dos Caminhoneiros

1. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e o Instituto Pensar Agro (IPA), que reúne 40 entidades do setor produtivo nacional, informam que apoiaram as reinvindicações e participaram das negociações com representantes de caminhoneiros (autônomos e empresários), atendidas pela edição das Medidas Provisórias 831, 832 e 833/2018, publicadas em edição extraordinária do Diário Oficial da União, de 27 de maio deste ano;

2. Informamos que a extensão da greve prejudica fortemente o setor produtivo, que já acumula graves prejuízos, especialmente, para os produtores de leite, ovos, hortifrúti, carnes (suínos, frango, bovinos) e demais produtos perecíveis;

3. Desta forma, a FPA e o IPA conclamam para que a normalidade seja reestabelecida imediatamente sob pena de entrarmos em preocupante crise no setor produtivo nacional. É preciso responsabilidade para entender que a restauração do ciclo de toda a cadeia produtiva tem um prazo para acontecer e, se não tomarmos uma ação imediata, teremos danos irreparáveis, principalmente, para o abastecimento de produtos de primeira necessidade da população brasileira;

4. Alertamos ainda para o risco sanitário causado pela morte de animais (cargas vivas), leite descartado em rios e esgotos das cidades, entre outros danos que possam ser causados ao meio ambiente e à saúde pública;

5. A FPA envidará todos os esforços necessários para votar com urgência, no Congresso Nacional, as medidas acordadas e publicadas pelo governo federal, já em vigência;

6. Lembramos que a FPA, o IPA e a classe dos caminhoneiros são setores com interdependência e precisam continuar seguindo juntos afim de destravar nossa economia e fortalecer nossa competitividade, com garantia de melhores condições de trabalho para todos, sem prejudicar a sociedade brasileira.

Dep. TEREZA CRISTINA (DEM-MS)
Presidente da FPA

FÁBIO MEIRELLES FILHO
Presidente do IPA

Assinam esta nota em conjunto:

ABRAPA
APROSOJA MS
APROSOJA BRASIL
FAESP
ABPA
VIVA LÁCTEOS
ABRALEITE
ABIEC
ABRAMILHO
ACRIMAT

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Fonte:
NA/Reuters/FPA

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9 comentários

  • La Sare Caçapava do Sul - SC

    Agora que a coisa foge do controle não adianta vir com essa conversinha de "ok,ok, gente, está de bom tamanho,vamos parar pois está me causando danos pessoais e em minha campanha ". Bolsonaro e alguns de seus seguidores mais fanáticos continuam abastecendo e fortalecendo a esquerda brasileira. Posso imaginar a alegria de lula-petista nos últimos dias.

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  • R L Guerrero Maringá - PR

    Não entendi o eufemismo da reportagem.

    Em seis bloqueios pelos quais passei, TODAS as faixas pediam "intervenção já" e nenhuma só apresentava nenhuma reivindicação.

    Esse movimento já perdeu o caráter reinvindicatório.

    Hoje é, sem dúvidas, um levante intervencionista, e como tal deve ser tratado.

    Alias, os tais intervencionistas estão mostrando os ditadores que são ao sequestrarem a nação brasileira. Querem uma ditadura através de meios ditatoriais.

    Fica a estas almas medíocres o aviso que mesmo o vosso amado General Mourão repudia a intervenção militar e defende a força para acabar com vosso ato terrorista.

    O lado positivo é que quando a Polícia do Exército descer a borracha em vocês, intervencionistas, esta palhaçada vai para os capítulos cômicos de nossa história e poderemos retomar nossa evolução democrática.

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    • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR

      Até o comandante do exército chamou eles de loucos. Que vergonha do Varti ...

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  • Gabriel Ribeiro Passo Fundo - RS

    A mobilização deve continuar, nós, do setor agrícola, já perdemos muito leite.. frango.. porcos... mas se voltarmos agora tudo isso sim será perdido em vão, pois os altos tributos jamais serão baixados..., é uma dor enorme ver um prejuízo de milhões, mas o Brasil precisa mudar!!

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    • Edinaldo Roberto Huntemann Rio do Sul - SC

      Para baixar os impostos é preciso que o governo gaste menos e para o governo gastar menos é preciso diminuir o tamanho da máquina publica, é preciso diminuir ministérios, diminuir cargos comissionados, diminuir os gastos dos senadores e deputados, é preciso diminuir as pessoas que vivem nas costas do estado, é preciso tirar benefícios de políticos que se aposentam sem nunca terem contribuído, é preciso descontar as folhas de pagamentos dos políticos, juízes etc, é preciso vender as estatais para diminuir o custo do governo. Depois do governo fazer o dever de casa aí abre espaço para baixar os impostos e aí sim o Brasil volta a crescer. O que os caminhoneiros não estão intendendo é isso, querem que zere os impostos dos combustíveis, mas vão cobrar de outra forma, pois o governo não vai diminuir os custos dele.

      A oportunidade que temos é em outubro de eleger só quem contribuir para um estado mínimo do contrário as coisas só pioram.

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    • sandro roberto lautert condor - RS

      Sonho meu Sr. Edinaldo.

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    • Yoshio Hinata São Paulo - SP

      Falou tudo!!!!

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  • Cácio Ribeiro de Paula Bela Vista de Goiás - GO

    Em tempo: não sou eleitor do Bolsonaro, mas foi inteligentíssimo o posicionamento dele!!

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  • Cácio Ribeiro de Paula Bela Vista de Goiás - GO

    Àqueles que têm ao menos o MÍNIMO de sensatez não interessa a continuação da paralisação!! Já está virando baderna e desordem!!

    Se querem arrancar o TEMER de lá, façam movimentos PACÍFICOS, ORDEIROS e INTELIGENTES!!

    Por fim, a esta altura do "CAMPEONATO", milhões de prejudicados para um possível benefício de poucos??

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  • FLAVIO MULLER CUIABA - MT

    Aqui em Cuiabá não mudou nada. 100% parado. Nenhum caminhoneiro arregou e ninguém está parado a contra gosto.

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  • Heber Marim Katuete - PY - PI

    A população está esgotada de ser roubada... Já entramos na lábia esquerdista de que o problema da sociedade são os verdadeiros trabalhadores??? O único movimento organizado, sem depredação do patrimônio público e privado, sem atos violentos e de vandalismo e estamos esgotados??? Se a greve acabar é porque o brasileiro acha bonito sustentar esse bando de políticos corruptos que só tem pressa em legislar em benefício próprio, seja para arrecadar ou para garantir a impunidade!!!

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    • Gilberto Rossetto Lucas do Rio Verde - MT

      Sr. Heber ... qual é o preço dos combustiveis ai em Katuete - Py .... gasolina, diesel?

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    • Heber Marim Katuete - PY - PI

      Gasolina R$ 2,60 e Diesel s500 a R$ 2,80... S10 R$ 4,10

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    • Milton Galvao Junior Mamborê - PR

      Está paralisação já passou da hora de acabar, vários setores da economia já estão sofrendo prejuízos e a conta a ser será alta...

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Heber Marim, que preços acessiveis !!! Viva o Paraguai e os seus poços de petroleo!!!!!

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    • Heber Marim Katuete - PY - PI

      Obrigado pela sinceridade, tudo depende do ponto de vista... Hoje o salário mínimo no Paraguai está em R$ 1400,00, existe a possibilidade da compra de carros usados em boas condições vindo como sucata de outros países, não é monopolizada a distribuição de combustível, assistimos a 10 reduções no preço dos combustíveis... Isso sem extrair uma gota de petróleo, o qual existe no Chaco paraguaio, vale lembrar que pagamos o mesmo preço que sai da distribuidora do Brasil... a diferença está no carga tributária...

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Bem, vou falar sobre liberalismo econômico aplicado a países comunistas ou socialistas. E para isso prestem atenção na B3 hoje, com os anúncios é bem provável que suba muito, revertendo as perdas de ontem, os bancões sofreram pesadas perdas ontem, todos comprados em PETR4, que beleza nãoé mesmo, aos inconformados façam como eu aprendam a operar para tirar dinheiro desses vagabundos. Funciona assim, você vai no posto ou na distribuidora e compra combustível pelo preço determinado pelo governo, o balanço da Petrobrás fica uma beleza, as ações sobem e ganhamos muito dinheiro, entenderam? Esse é o chamado rend-seeking ou capitalismo de estado, onde a renda advém da manipulação do ambiente social e econômico através dos políticos.

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  • Tiago Gomes Goiânia - GO

    Vamos dar nomes aos bois de quem está tumutuando esse processo... Intervencionistas (a turminha que quer a volta dos militares) e parte da militancia de Bolsonaro. São os Black Bloks da direita brasileira! Agem de forma identica à turma da extrema esquerda. Querem o caos para forçar a população a buscar salvadores da patria... Detalhe, muitos produtores rurais continuam inflando esses protestos com seus maquinarios e dando apoio logistico, principalmente em regiões produtoras de grãos.

    É cada um por si, esses produtores poderiam ter bom senso e olhar o lado dos produtores de leite e carnes que estão no desespero. Imagina, bloquear o transporte de milho segunda safra que será colhido em breve? O que eles achariam disso?

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    • Luiz Alfredo Viganó Marmeleiro - PR

      É pregar no deserto Tiago. Sou contra os métodos usados pelos caminhoneiros desde o principio, semelhantes aos do MST que os agricultores tanto criticam. Usando do poder de trancar as rodovias, dum governo fraco e sem ação, das forças de segurança reticentes, acabaram por chantagear o governo, que cedeu em todos os ítens. O que mais querem os transportadores? Vais ser uma fatura cara e que vai prejudicar fortemente o setor produtivo. A tal "tabela de fretes" vai acabar impactando no produtor, e os ingênuos úteis servindo de massa de manobra pra beneficiar uma classe. Além disso todas as demandas representam mais estado e mais intervenção na economia, e todos sabem que no final que produz é quem paga a conta. E segue o baile!!!

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    • Eduardo Coelho de Souza Curitiba - PR

      Eu penso que o motivo da paralisação ainda nao ter acabado é que a unica coisa que o governo fez até agora foi aumentar o imposto de um lado, para poder baixar de outro. Diminuir gastos publicos, corte de regalias, privatizações de empresas que apenas servem para manobras politicas e cabides de empregos, nao foi ouvido falar em nada disso. Quando uma empresa esta caminhando mal da pernas ela nao aumenta o preço de seu produto, ela corta custos e tenta aumentar o lucro em cima daquela receita. Não vemos nenhuma proposta que possa ser inteligente, o governo apenas tampa buracos e segue achando que a população vai aceitar tudo, mas ja nao mais aceita. E eles começam a desesperar, concorrentes se juntam novamente para tentar botar a bomba nas costa de outro setor. Não existe administração publica no Brasil, quem comanda o pais são profissionais de campanha, quando oque precisavamos seriam gestores competentes.

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    • Antonio Nascimento campo mourão - PR

      Não sou intervencionista, mas é evidente o medo dos milicos e dessas federações que nunca representaram o interesse de todos..., prejuizo de billhoes quem tem é população brasileira, carregando esse elefante manco, esses socios em tudo que nos fazemos..., Agora com essa petezada terrorista se achando, os camioneiros estão tendo cada vez mais apoio da população urbana e rural é evidente. . Não custar aguentar mais pouco! A ECONOMIA esta lesada em bilhoes em uns dias! E nós, BRASILEIROS, é que somos lesados há decadas todos os dias!

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Acho que o sr Vigano' esta certo... ninguem -- mas ninguem -- tem direito de interferir no IR E VIR DOS OUTROS... Pare e simplesmente nao entregue suas mercadoria, mas nao impeça o transito.

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