Dólar opera em queda nesta segunda, abaixo de R$ 4,10

Publicado em 27/08/2018 09:18

O dólar opera com pequenas oscilações nesta segunda-feira (27), após ter acumulado valorização de quase 5% sobre o real na última semana e ter rompido a barreira dos R$ 4, monitorando o cenário externo e o noticiário sobre a cena eleitoral local.

Às 9h15, a moeda norte-americana caía 0,29%, vendida a R$ 4,0929. 

Na sexta-feira, o dólar encerrou o pregão em queda de 0,42%, a R$ 4,1047. Na semana, porém, teve alta de 4,86%. No mês, a valorização é de 9,36% e, no ano, de 23,88%.

Leia a notícia na íntegra no site do G1

Bovespa avança 1% com cenário externo benigno, mas eleição segue no radar

 

SÃO PAULO (Reuters) - O tom positivo prevalecia na bolsa paulista na manhã desta segunda-feira, favorecido pelo viés benigno em praças financeiras no exterior, enquanto expectativas relacionadas ao cenário eleitoral permanecem como pano de fundo dos negócios.

Às 10:54, o Ibovespa subia 1,17 por cento, a 77.156,06 pontos. O volume financeiro somava 898 milhões de reais.

A Coinvalores destacou que investidores retomaram o apetite ao risco, após o chairman do banco central norte-americano, Jerome Powell, reiterar na sexta-feira o gradualismo no ajuste monetário dos EUA, segundo nota a clientes.

Em Wall Street, o S&P 500 subia 0,49 por cento, também ajudado por notícias de que as negociações bilaterais entre México e EUA como parte da renegociação do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês), estão perto de serem concluídas.

Da cena política doméstica, a equipe da corretora Magliano destacou em nota a clientes as entrevistas de candidatos a Presidência ao Jornal Nacional, da TV Globo, a partir desta segunda-feria, entre outros eventos ligados à eleição.

Mais cedo, pesquisa de intenção de votos para a eleição de outubro encomendada pelo BTG Pactual ao Instituto FSB Pesquisa mostrou o candidato Jair Bolsonaro (PSL) na liderança da disputa em cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No cenário sem Lula, que está preso desde abril e deve ficar fora do páreo devido à Lei da Ficha Limpa, Bolsonaro aparece com 24 por cento de apoio, à frente de Marina Silva (Rede), que registra 15 por cento. A seguir estão Geraldo Alckmin (PSDB), com 9 por cento; Ciro Gomes (PDT), com 8 por cento; Fernando Haddad (PT), com 5 por cento; João Amoêdo (Novo), com 4 por cento, e Alvaro Dias (Podemos), com 3 por cento. Brancos/nulos e nenhum dos candidatos somam 23 por cento.

"As pesquisas eleitorais divulgadas nos últimos dias mostraram pouca variação nas intenções de voto para presidente, com o cenário de indefinição mantido e a candidatura de Alckmin, vista pelo mercado como a mais provável de implementar as reformas necessárias à economia, ainda patinando e com pouca competitividade no primeiro turno", afirma nota distribuída a clientes pela gestora Icatu Vanguarda.

Na visão da gestora, o início da campanha eleitoral na TV poderá trazer mudanças nesse quadro, mas há dúvidas sobre se o modelo de campanha este ano - mais curto, com menos recursos e com inserções ao longo do dia - terá o mesmo impacto do que em eleições passadas. "Continuamos a vislumbrar uma campanha bastante indefinida".

DESTAQUES

- ITAÚ UNIBANCO PN subia 1,61 por cento, em sessão positiva para o setor financeiro como um todo, com BRADESCO PN em alta de 1,9 por cento. BANCO DO BRASIL tinha elevação de 1,52 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT valorizava-se 1,89 por cento.

- PETROBRAS PN tinha elevação de 0,44 por cento, em sessão sem viés claro para os preços do petróleo no exterior, enquanto o noticiário relacionado à petrolífera de controle estatal incluía que nova fase de venda de fatias em áreas nas bacias de Santos e Campos e também a interdição parcial da refinaria de Paulínia (Replan)após incêndio ocorrido há uma semana.

- VIA VAREJO UNIT valorizava-se 2,87 por cento, em meio ao alívio no movimento de alta das taxas futuras de juros mais longos, que ajudava o setor de consumo como um todo, e tendo também radar comentário do diretor-presidente do Grupo Pão de Açúcar, Peter Estermann, ao jornal francês Les Echos de que o GPA não está negociando com a Amazon a venda de sua unidade de comércio de móveis e eletrodomésticos. Perguntado se havia alguma lógica para conversas com a Amazon, ele disse: "Talvez no futuro, mas não agora".

- GERDAU PN subia 1,07 por cento, em sessão positiva para siderúrgicas em geral e tendo no radar que seu conselho de administração aprovou a venda das operações e ativos da companhia na Índia, por um valor de 120 milhões de dólares. Para analistas do Itaú BBA, a notícia é positiva e reforça o foco em concentrar seus esforços em operações de maior valor agregado (Brasil e América do Norte) e em reduzir significativamente o endividamento.

- TIM ON tinha acréscimo 0,33 por cento, após o grupo de telecomunicações confirmar no final da sexta-feira que o vice-presidente de operações, Pietro Labriola, deixará a companhia até o final de setembro. "A partida quase simultânea dos dois principais executivos da TIM, sem dúvida, não é boa", disseram analistas do BTG Pactual, ponderando, contudo, a qualidade da equipe que fica e a reputação do presidente-executivo, Sami Foguel, como pontos positivos.

- SUZANO perdia 2,91 por cento, na esteira do dólar mais fraco ante o real, assim como o setor de papel e celulose como um todo.

Dívida pública federal interrompe 5 meses de alta e cai 0,14% em julho, diz Tesouro

BRASÍLIA (Reuters) - A dívida pública federal do Brasil caiu 0,14 por cento em julho sobre junho, a 3,749 trilhões de reais, interrompendo cinco meses consecutivos de alta com a ajuda da queda do dólar frente ao real no período.

Com isso, seguiu fora do intervalo de referência estabelecido para o ano, de 3,78 trilhões a 3,98 trilhões de reais, informou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira.

O dado foi afetado pelo desempenho da dívida externa no mês. Em julho, houve redução de 3,75 por cento sobre o estoque apurado no mês anterior, a 141,28 bilhões de reais.

Isso ocorreu no mês em que o dólar conseguiu garantir sua primeira queda mensal desde janeiro, de 3,16 por cento, graças a um ambiente um pouco mais tranquilo no exterior.

Já a dívida pública mobiliária interna teve alta de 0,01 por cento na mesma base de comparação, a 3,608 trilhões de reais. Neste caso, houve apropriação positiva de juros de 30,26 bilhões de reais e resgate líquido de 29,76 bilhões de reais.

Em agosto, contudo, a moeda norte-americana voltou a mostrar forte avanço, principalmente por preocupações com a cena eleitoral doméstica, indo acima de 4 reais.

Pesquisas recentes de intenção de voto têm mostrado o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) mantendo a liderança na disputa no cenário em que não há a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no páreo.

O candidato preferido do mercado, Geraldo Alckmin (PSDB), segue sem ganhar tração, enquanto o crescimento de Lula tem alimentado apostas de que o PT irá assegurar sua presença no segundo turno.

Em meio à forte volatilidade, o dólar acumulou na semana passada valorização de 4,85 por cento, maior ganho semanal desde novembro de 2016, fechando a sexta-feira a 4,1044 reais na venda.

O BC, contudo, não fez nenhuma atuação extraordinária, seguindo na oferta de swaps cambiais tradicionais para rolagem do estoque. Da sua parte, o Tesouro tampouco anunciou leilões extraordinários.

Do fim de maio ao início de julho, ambos atuaram em conjunto em meio à turbulência nos mercados com a escalada das tensões comerciais e temores de mais aperto monetário nos Estados Unidos, além de greve dos caminhoneiros no Brasil e incertezas sobre as eleições presidenciais de outubro.

Enquanto o Tesouro realizou uma série de leilões extraordinários de títulos soberanos, o BC fez leilões de novos swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares.

 

COMPOSIÇÃO

Sobre a composição da dívida pública, os títulos atrelados à taxa flutuante, como a Selic, assumiram a dianteira e passaram a responder pela maior fatia da dívida total, com representatividade de 33,64 por cento, sobre 32,34 por cento em junho.

Para o ano, o objetivo no Plano Anual de Financiamento é que esses papéis, representados pelas LFTs, fiquem entre 31 a 35 por cento da dívida pública federal.

Já os títulos prefixados, que eram até então os de maior peso na dívida, caíram a 32,82 por cento em julho, sobre 34,29 por cento em junho, mas ainda dentro da meta de 32 a 36 por cento para o ano.

Os títulos indexados à inflação, por sua vez, chegaram a 29,60 por cento da dívida total em julho, contra 29,28 por cento no mês anterior, sendo que a referência para o ano é de 27 a 31 por cento.

A participação dos investidores estrangeiros na dívida mobiliária interna subiu a 12,57 em julho, ante 11,93 por cento em junho, apontou o Tesouro.

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Fonte:
G1

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