Vantagem de Bolsonaro sobre Haddad é mais que o triplo de Dilma sobre Aécio em 2014

Publicado em 28/10/2018 20:59 e atualizado em 28/10/2018 22:07
O Antagonista
Com 99,45% das urnas apuradas, a diferença de votos entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad ultrapassa 10,8 milhões de votos.
É mais de três vezes a vantagem de Dilma sobre Aécio Neves (3,4 milhões de votos) no segundo turno de 2014.

Cadê a vantagem e o empate técnico de Haddad?

Na cidade de São Paulo, Jair Bolsonaro teve mais de 60% dos votos.

Cadê a vantagem de Fernando Haddad, cadê o empate técnico?

Não sobrará nada para o PT revanchista

Jair Bolsonaro prometeu defender a liberdade, a democracia, a Constituição e a pacificação nacional.

Se o fizer, não sobrará nada para o PT revanchista.

Em segunda ‘live’, Bolsonaro fala em pacificação

Jair Bolsonaro fez  nova live, em seu canal no Facebook, para enviar mensagem à multidão que está do lado de fora de sua casa na Barra da Tijuca.

“Serei o presidente de todos os brasileiros. Vou seguir o patrono do Exercito brasileiro, Duque de Caxias. Buscar pacificar o nosso Brasil, sem nós contra eles.”

Percentual de voto nulo é o maior desde 1989

O percentual de votos nulos no segundo turno das eleições presidenciais de 2018 chegou a 7,4%, o maior registrado desde 1989.

É um aumento de 60% em relação ao segundo turno da última eleição presidencial, em 2014, quando 4,6% dos votos foram anulados.Como já publicamos, somando nulos, brancos e abstenções, os eleitores que não optaram por nenhum candidato foram mais de 30%.

As abstenções ficaram em 21,2%, percentual similar ao do segundo turno quatro anos atrás.

Abstenção superou 31 milhões de eleitores

Com 99,2% das urnas apuradas, o TSE registra abstenção de 31 milhões de eleitores – o equivalente a 21,27% do eleitorado.

Bolsonaro lê discurso da vitória: “A verdade foi o farol que nos guiou até aqui”

Da porta de casa, Jair Bolsonaro lê o discurso que escreveu para a vitória. Citando novamente a Bíblia, disse que nunca esteve sozinho. “Sempre senti a presença de Deus e da força do povo brasileiro.”

“A verdade foi o farol que nos guiou até aqui e vai seguir iluminando o nosso caminho. O que ocorreu nas urnas não foi a vitória de um partido, mas a celebração do compromisso com a verdade.”

Segundo Bolsonaro, seu governo vai “quebrar paradigmas”. “Colocaremos de pé a federação brasileira. Vamos reduzir a burocracia.”

Com Paulo Guedes, uma agenda liberal (ESTADÃO)

Durante a campanha eleitoral, surgiram muitas dúvidas sobre a durabilidade do casamento entre Jair Bolsonaro e o economista Paulo Guedes. Boa parte dos analistas questionou a capacidade que Paulo Guedes terá para influenciar Bolsonaro e implementar a sua agenda liberalizante. Mas a própria escolha de  Guedes, um dos economistas mais liberais do País, para comandar a economia já representa um sinal claro dos rumos que Bolsonaro quer imprimir ao seu governo.

Desde já, pode-se dizer, sem medo de errar, que o intervencionismo petista, baseado na crença de que o governo precisa gastar mais com o objetivo de estimular a economia a crescer, para depois, com a suposta geração de receita adicional, cobrir o rombo nas contas públicas sem precisar fazer qualquer ajuste, ficará para trás. Como diz o economista e professor José Márcio Camargo, da PUC do Rio, talvez Paulo Guedes não consiga adotar uma política econômica tão liberal quanto gostaria, mas certamente ela será mais liberalizante que a da maioria dos governos desde 1930 — em especial que a implementada pelos governos petistas. / José Fucs

Mercado deve reagir com otimismo

Com o triunfo de Jair Bolsonaro, o mercado financeiro deve abrir a semana em estado de graça. Depois de encampar a candidatura de Bolsonaro, os investidores do País e do exterior devem expressar otimismo com a economia no novo governo, estimulados pela perspectiva de o País adotar uma agenda centrada na austeridade fiscal, nas reformas estruturais, na redução da interferência estatal, nos investimentos privados e na valorização do mercado de capitais.

A tendência é a reação positiva ensaiada desde o final do primeiro turno se aprofundar nos próximos dias. A Bolsa deve refletir esse estado de ânimo, com uma alta generalizada das cotações, e o dólar e os juros futuros devem manter o viés de baixa. A duração da lua de mel do mercado com o novo governo vai depender muito das primeiras medidas que serão anunciadas pelo economista Paulo Guedes, já confirmado como novo ministro da Economia, acumulando os ministérios do Planejamento e da Fazenda, da equipe de governo  a ser montada por Bolsonaro e das gestões para montar uma sólida maioria no Congresso.  / José Fucs

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Fonte:
O Antagonista / Estadão

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