Dólar recua e volta a R$3,85 com alívio das tensões comerciais no exterior

Publicado em 12/12/2018 11:11

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Por Claudia Violante

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar recuava e operava na casa de 3,85 reais nesta quarta-feira, acompanhando a trajetória da moeda no mercado internacional em dia de trégua nas preocupações com a guerra comercial após declarações de Donald Trump sobre um acordo com a China.

Às 12:08, o dólar recuava 1,79 por cento, a 3,8507 reais na venda, depois de terminar a sessão anterior em leve alta de 0,05 por cento, a 3,9207 reais. Na mínima, a moeda foi a 3,8492 reais. O dólar futuro tinha queda de cerca de 1,3 por cento.

Em entrevista à Reuters, Trump afirmou que estão ocorrendo negociações com Pequim por telefone e que ele não elevará as tarifas sobre importações chinesas até que esteja certo sobre um acordo.

Trump também afirmou que vai intervir no caso do Departamento de Justiça contra a executiva da chinesa Huawei Technologies se for do interesse da segurança nacional ou ajudar a fechar um acordo comercial.

Um tribunal canadense concedeu na terça-feira fiança à vice-presidente financeira da Huawei enquanto ela aguarda audiência de extradição para os EUA.

"Certo otimismo paira no ar após a notícia de que a vice-presidente financeira da Huawei teve pedido de liberdade condicional aceito por um juiz do Canadá", escreveu a Advanced Corretora, acrescentando que agradou a declaração de Trump de que poderá intervir no caso.

O dólar recuava ante a cesta de moedas e caía ante as divisas de países emergentes, como o peso chileno.

Como pano de fundo, os investidores monitoravam os desdobramentos do voto de desconfiança contra a primeira-ministra britânica Theresa May, que prometeu lutar para derrubá-lo e também para manter o cargo.[CLP=]

Internamente, agradou ao mercado a informação dada na véspera pelo deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN), futuro secretário da Previdência no governo Jair Bolsonaro, de que buscará a aprovação de uma reforma previdenciária nos seis primeiros meses do novo governo.

Os investidores estão atentos ainda à sessão extraordinária do Tribunal de Contas da União (TCU) que vai avaliar o processo de revisão do contrato de cessão onerosa entre governo e Petrobras, num passo que pode abrir caminho para a realização de megaleilão no ano que vem.

"O TCU já deu parecer favorável à revisão do contrato da cessão onerosa sem aval do Congresso, onde o projeto emperrou, depois que Estados e municípios entraram na roda para levar uma parte dos recursos", destacou a corretora H.Commcor em relatório.

O BC vendeu nesta sessão 13,83 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 5,532 bilhões de dólares do total de 10,373 bilhões de dólares que vence em janeiro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final da semana que vem, terá feito a rolagem integral.

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Fonte:
Reuters

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