Wall Street termina estável com investidores nervosos em busca ações defensivas

Publicado em 13/12/2018 17:30 e atualizado em 13/12/2018 20:39

NOVA YORK (Reuters) - O S&P 500 terminou praticamente estável no fim de uma sessão volátil nesta quinta-feira, conforme investidores continuaram assustados por incertezas domésticas e internacionais, elevando as compras de ações defensivas enquanto ações financeiras e de consumo recebiam os maiores golpes.

O Dow Jones teve alta de 0,29 por cento, a 24.597 pontos, o S&P 500 cedeu 0,02 por cento, a 2.650 pontos, e o Nasdaq caiu 0,39 por cento, para 7.070 pontos.

O S&P alternou alta e baixa, sem conseguir sustentar um rali da abertura provocado por esperanças de avanço nas negociações comerciais EUA-China. Um porta-voz do ministério do Comércio da China disse que Washington e Pequim estavam em contato próximo sobre o comércio.

"É um mercado que tem estado muito nervoso. Investidores ficam animados de manhã e depois o medos retorna", disse Omar Aguilar, chefe de investimentos em ações na Charles Schwab Investment Management.

Aguilar citou temores em assuntos variando dos aumentos nas taxas de juros pelo Federal Reserve, o achatamento da curva de rendimentos dos Treasuries e negociações comerciais EUA-China até incertezas sobre o Brexit, Itália e política monetária da União Europeia.

"Precisamos de um catalisador para nos colocar em uma tendência mais consistente. Poderia ser um bom dado econômico ou mais clareza nas intenções do Fed para o ano que vem ou mais certeza sobre comércio EUA-China. Não acredito que vá acontecer em breve", disse ele.

Na máxima da sessão, o S&P chegou a avançar 0,75 por cento.

Banco central da França reduz a 1,5% perspectiva de crescimento para 2018 e 2019

PARIS (Reuters) - A economia da França deve crescer ligeiramente menos que o esperado anteriormente neste e no próximo ano, disse o banco central nesta quinta-feira, alertando que quanto mais durarem os protestos que se alastraram pelo país maior será seu peso sobre atividade econômica.

Em uma atualização trimestral de suas previsões econômicas, o Banco da França projetou que a economia iria crescer 1,5 por cento em 2018 e em 2019, abaixo do 1,6 por cento para ambos os anos previstos anteriormente.

As previsões não levam em conta os 10 bilhões de euros em cortes de impostos antecipados para o ano que vem e as despesas extras anunciadas nesta semana pelo presidente Emmanuel Macron em uma concessão para os manifestantes.

O presidente do banco central, François Villeroy de Galhau, disse que embora os protestos estejam pesando sobre a atividade de fim de ano, poderia se esperar uma recuperação no início do próximo ano.

Macron anunciou as concessões nesta semana para conter a revolta popular que teve início para protestar contra um aumento de impostos sobre combustíveis, cancelados desde então, mas se ampliaram e passaram a atacar também o alto custo de vida.

O movimento dos coletes amarelos, intitulados pela vestimenta de alta visibilidade que os motoristas franceses devem manter em seus automóveis, levou aos protestos urbanos de maior violência em décadas.

O banco central já havia previsto que os protestos iriam reduzir o crescimento do trimestre para 0,2 por cento, ante 0,4 por cento na estimativa anterior.

"No geral, quanto mais dura o movimento, maior é a perda para a economia francesa", disse Villeroy ao jornal francês de negócios Les Echos.

Ações europeias recuam após dois dias de alta, com BCE e Brexit

MILÃO/LONDRES (Reuters) - As ações europeias caíram nesta quinta-feira, interrompendo dois dias de ganhos, com preocupações sobre o crescimento da zona do euro e o divórcio prolongado de Reino Unido e União Europeia contrabalançando sinais conciliatórios na guerra comercial EUA-China e no compromisso orçamentário de Roma.

O índice FTSEurofirst 300 caiu 0,13 por cento, a 1.380 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 0,17 por cento, a 349 pontos.

As ações do Reino Unido oscilaram entre os territórios positivo e negativo com investidores digerindo as consequências de a primeira-ministra Theresa May sobreviver a um desafio de liderança.

Enquanto a vitória de May elevou as chances de um Brexit suave, o resultado do acordo final estava longe de ser certo e provavelmente adiado para o novo ano, prolongando a incerteza do mercado que puniu ações este ano.

Em Frankfurt, o BCE oficialmente encerrou seu esquema de compra de ativos após a crise, mas sinalizou que levaria tempo antes de apertar a política monetária, devido ao crescimento mais lento, à guerra comercial iminente, ao potencial de fortes tensões no Brexit e sobre o Orçamento da Itália e da França.

"Os ganhos iniciais de Wall Street foram devolvidos, enquanto, na Europa, a atmosfera mais positiva da manhã foi substituída por uma perspectiva mais cautelosa ", disse Chris Beauchamp, analista-chefe de mercado da IG.

O índice alemão DAX, que tem sido sustentado esta semana pelo otimismo de que Washington e Pequim poderiam alcançar um acordo, virou para baixo, caindo 0,04 por cento, enquanto o francês CAC cedeu 0,3 por cento.

O índice FTSEurofirst 300 fechou em queda de 0,13 por cento, a 1.379 pontos.

Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,04 por cento, a 6.877 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,10 por cento, a 10.908 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,26 por cento, a 4.896 pontos.

Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,54 por cento, a 19.048 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,82 por cento, a 8.926 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,40 por cento, a 4.823 pontos.

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Fonte:
Reuters

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