Uma pessoa morre na Venezuela perto de fronteira com Brasil após militares abrirem fogo

Publicado em 22/02/2019 13:09

CARACAS/KUMARAKAPAY (Reuters) - Ao menos um civil foi morto e diversos ficaram feridos na cidade de Kumarakapay, no sul da Venezuela e perto da fronteira com o Brasil, após militares abrirem fogo no local, disseram à Reuters lideranças indígenas e familiares de vítimas.

Alguns membros da comunidade indígena daquela área já tinham expressado anteriormente apoio aos planos da oposição de levar ao país ajuda humanitária estrangeira neste fim de semana, apesar da objeção do presidente Nicolás Maduro.

Venezuela posiciona mísseis na fronteira com o Brasil, diz site

O site DefesaNet diz que o governo venezuelano posicionou mísseis na fronteira com o Brasil.

Ontem, ainda segundo o site, “começaram a ser emitidos sinais dos radares do sistema de defesa aérea S-300” na região do aeroporto de Santa Helena de Uairén.

“A Venezuela possui três Sistemas de Defesa Aérea S-300, que incluem lançadores, sistemas de radares e apoio. Trazer um sistema estratégico tão valioso para uma posição de fronteira tem um caráter provocativo”, acrescenta o site.

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Pessoal falam com soldados venezuelanos na fronteira entre o Brasil e a Venezuela, em Pacaraima 22/02/2019 REUTERS/Ricardo Moraes

"Repugnante" que Maduro fecharia fronteiras para ajuda humanitária, diz o Reino Unido

LONDRES (Reuters) - É "repugnante e totalmente inaceitável" que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, feche as fronteiras para a ajuda humanitária, disse na sexta-feira o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Jeremy Hunt.

"Maduro fechar as fronteiras à ajuda humanitária enquanto os venezuelanos inocentes sofrem é repugnante e totalmente inaceitável. O bloqueio de qualquer ajuda é desumano, a entrada deve ser permitida. Os venezuelanos sofreram o suficiente", disse Hunt no Twitter.

Shows buscam atrair ajuda humanitária na fronteira Colômbia-Venezuela

CÚCUTA (Reuters) - Tensões na fronteira entre Colômbia e Venezuela em relação à entrada de ajuda para aliviar a escassez generalizada de alimentos e remédios no país socialista serão acompanhadas por música na sexta-feira, com shows nos dois lados da fronteira.

O bilionário britânico Richard Branson está apoiando o "Venezuela Aid Live" na cidade colombiana fronteiriça de Cúcuta, onde ele e 35 artistas esperam arrecadar 100 milhões de dólares para ajuda alimentar e médica.

Cerca de 250.000 pessoas são esperadas no evento gratuito, que contará com apresentações de Alejandro Sanz, Maluma, Luis Fonsi e Carlos Vives. As doações serão recebidas online e por meio de depósitos diretos.

Enquanto isso, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que nega qualquer crise em seu país, está planejando dois shows perto de Cúcuta, nas pontes fronteiriças de Tienditas e Simón Bolívar, que ligam a Venezuela à Colômbia.

Sob alegação de que a ajuda não é necessária, Maduro se recusou a permitir auxílio internacional na Venezuela, apesar de prateleiras de supermercados muitas vezes vazias, longas filas para alimentos subsidiados pelo governo e hospitais carentes de suprimentos básicos e remédios.

A turbulência política e o colapso econômico, incluindo a hiperinflação, colocaram a Venezuela em uma espiral descendente.

O evento em Tienditas acontecerá perto de um depósito colombiano que armazena centenas de toneladas de ajuda humanitária internacional que a oposição pretende trazer para a Venezuela no sábado.

O líder da oposição, Juan Guaidó, reconhecido como líder legítimo da Venezuela por dezenas de países, deixou Caracas em uma comitiva de simpatizantes na quinta-feira, prometendo garantir pessoalmente a entrada de ajuda na Venezuela.

Guaidó, que invocou a Constituição para assumir uma presidência interina em janeiro e que denuncia Maduro como usurpador, não forneceu detalhes sobre seus planos. Alguns analistas políticos especularam que soldados venezuelanos podem barrar o caminho.

A primeira vítima após o fechamento da fronteira (O Antagonista)

O The Washington Post também noticia a morte de uma pessoa em conflito perto da fronteira entre o Brasil e Venezuela.

A vítima seria Zorayda Rodriguez, de 42 anos, segundo o advogado e ativista Olnar Ortiz.

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Fonte:
Reuters

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