Apesar da aprovação na CCJ, dólar sobe e B3 cai, firmes, com Previdência e exterior

Publicado em 24/04/2019 11:12
Dados macros da economia, como empregos, se deterioram e alertam para a necessidade de aceleração das reformas

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Apesar da aprovação da admissibilidade da proposta da previdência na comissão da Câmara, queimando mais uma etapa da tramitação, os agentes financeiros estão cautelosos nesta manhã de quarta (24). O sentimento é indefinido quanto às dificuldades de andamento das mudanças, especialmente se o governo terá que fazer mais concessões e em meio a novos dados da deterioração da economia, além de um ambiente internacional misto de notícias.

No mercado de ações, aproveita-se o cenário para uma tentativa de realização de lucros, contra as altas da véspera, de 1,43% no Ibovespa e de 1,44%, dos Futuros. O índice diário recua firme acima de 1,60% ao redor das 14h30.

O dólar veio ampliando sua alta e está acima de 1,60%, com o real a R$ 3,986, se aproximando dos R$ 4,00, após a perda de 0,26% da véspera. 

Depois da pesquisa Focus, na segunda, indicar queda de previsão do PIB pelos economistas de instituições financeiras, ontem o governo divulgou a perda de 43 mil empregos formais em março - indo contras as expectativas - e há pouco a Receita Federal apresentou o recuo de 0,58% na arrecadação federal, quase R$ 110 bilhões de março contra março. Na soma, os investidores ficam no aguardo dos próximos passos das negociações sobre a aposentadoria na Câmara, depois das concessões feitas para que o parecer fosse aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Os quatro pontos que o governo negociou com o Centrão não desidratam a economia pretendida de mais de R$ 1 trilhão em 10 anos, mas agora a 'nova' previdência vai à Comissão Especial, onde o jogo é mais pesado e decisivo.

No cenário econômico mundial, Pequim avisou que o país não está livre das pressões e que manterá a intenção de cortar impostos, sem no entanto manter estímulos monetários.

Enquanto isso, o gigante asiático se prepara para receber a missão americana de negociadores em 30 de abril, para nova rodada que permita algum acordo comercial até final de maio, no que autoridades de Washington classificaram de "otimismo cauteloso".

A bolsa de Shangai fechou em alta, mas puxada por balanços corporativos.

E os indicadores dos Estados Unidos seguem divididos, inclusive acusando mais uma gama de informações negativas da economia alemã.

O barril do brent em Londres interrompeu na terça uma sequência de altas, depois de estoques americanos estarem acima do esperado, conforme as autoridade de energia do país divulgaram, mas já hoje estão em ascensão - por volta dos US$ 74,55 - com a reafirmação da Arábia Saudita de que manterá os compromissos de cortes na produção.

E continua no monitor o recrudescimento da crise com o Irã, que ameaçou fechar o estreito de Ormuz, por onde passa boa parte do petróleo que sai do Oriente Médio, depois que os Estados Unidos reforçaram as sanções aos países que negociam a commodity com o país dos aitolás.

 

 

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Por:
Giovanni Lorenzon
Fonte:
Notícias Agrícolas

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