Vendas de cimento em maio crescem 27,6% ano a ano, diz Snic

Publicado em 06/06/2019 22:55

SÃO PAULO (Reuters) - As vendas da indústria brasileira de cimento em maio somaram 4,6 milhões de toneladas, o que equivale a uma alta de 27,6% ante mesmo mês de 2018, informou nesta quinta-feira o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (Snic).

Segundo a entidade, o avanço refletiu em parte a fraca base de comparação, por causa da greve dos caminhoneiros em maio do ano passado, que fez o setor vender 900 mil toneladas a menos.

No acumulado do ano até maio, as vendas cresceram 5,6%, para 21,6 milhões de toneladas.

"Ainda não vislumbramos nenhum movimento do setor de infraestrutura capaz de alavancar o consumo de cimento", afirmou Paulo Camillo, presidente do Snic, em nota, embora tenha apontado que o número de novos lançamentos imobiliários está em ascensão.

Preço da cesta básica diminui em 13 capitais, diz Dieese

Em maio de 2019, o custo do conjunto de alimentos essenciais diminuiu em 13 capitais, conforme mostra resultado da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Diesse) em 17 cidades.

As quedas mais importantes foram observadas em Campo Grande (13,92%), Belo Horizonte (7,02%), Goiânia (-4,48%) e Rio de Janeiro (-4,39%). Os aumentos ocorreram em Florianópolis (1,17%), Aracaju (0,86%), Recife (0,20%) e Brasília (0,06%).

A capital com a cesta mais cara foi São Paulo (R$ 507,07), seguida por Porto Alegre (R$ 496,13) e Rio de Janeiro (R$ 492,93). Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 392,97) e João Pessoa (R$ 403,57).

Em 12 meses, entre maio de 2018 e o mesmo mês de 2019, todas as cidades pesquisadas acumularam alta, entre 6,49%, em Campo Grande, e 24,23% em Recife.

Nos primeiros cinco meses de 2019, todas as capitais tiveram alta acumulada, com destaque para Recife (22,69%), Vitória (20,07%) e Natal (18,94%). A menor alta foi registrada em Campo Grande (0,26%).

Com base na cesta mais cara que, em maio, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Diesse estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.

Em maio de 2019, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 4.259,90, ou 4,27 vezes o mínimo de R$ 998,00. Em abril de 2019, o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 4.385,75, ou 4,39 vezes o mínimo vigente. Já em maio de 2018, o valor necessário foi R$ 3.747,10, ou 3,93 vezes o salário mínimo, que era de R$ 954,00.

Setor automotivo cresce, mas não recupera perdas dos últimos anos

O crescimento que o setor automotivo vem registrando neste ano ainda não é suficiente para recuperar as perdas da indústria nos últimos anos, disse hoje (6) o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes.

“É um crescimento muito pequeno ainda para recuperar todas as perdas que tivemos no período de 2014 a 2016”, afirmou Moraes durante a apresentação dos resultados do setor. De acordo com o presidente da Anfavea, nesse período, as montadoras enfrentaram retração de cerda de 40%.

Ele disse que a retomada da produção e das vendas está sendo possível devido à melhora no cenário econômico do país. “No caso do mercado interno, o crédito disponível vem aumentando e o índice de inadimplência está melhor. A gente está vendo também locadoras que têm renovado suas frotas”, acrescentou.

Moraes enfatizou, entretanto, que “ainda é muito pouco” para que a indústria volte ao patamar anterior àa crise. Para ele, é preciso que o país btenha um crescimento econômico mais robusto. “A gente precisa de mais PIB [Produto Interno Bruto]”, afirmou.

Na terça-feira (4), o Banco Mundial reduziu a previsão de crescimento da economia brasileira.  Segundo o Relatório de Perspectivas Econômicas Global, a previsão para a expansão do PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país, neste ano, foi reduzida em 0,7 ponto percentual e ficou em  1,5%.

Crescimento da indústria

O balanço da Anfavea mostra que a produção de veículos teve alta de 29,9% em maio, em comparação com o mesmo mês de 2018. Foram montados ao longo de maio 275,7 mil unidades, contra 212,3 no mesmo período do ano passado. Em relação a abril, o crescimento na fabricação foi de 3,1%.

No acumulado de janeiro a maio, o setor registrou uma expansão de 5,3% em comparação com os primeiros cinco meses de 2018. Foram fabricados neste ano 1,24 milhão de veículos, enquanto no mesmo período do ano passado foram 1,17 milhão de unidades.

As vendas de veículos tiveram alta de 21,6% em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado. Foram comercializadas no período 245,4 mil unidades. Em relação a abril, o crescimento nos emplacamentos foi de 5,8%. No resultado acumulado dos primeiros cinco meses de 2019, foram licenciados 1,08 milhão de veículos, uma expansão de 12,5%.

A fabricação de caminhões cresceu 51,3% em maio, com a montagem de 11,2 mil unidades. No acumulado de janeiro a maio, o setor cresceu 10,9% em relação ao mesmo período de 2018, com a produção de 45,4 mil caminhões.

De acordo com Luiz Carlos Moraes, a expansão do setor de caminhões está sendo puxada pelo segmento extrapesado. “Mas nós já começarmos a ver outros setores, semipesado e leve, começando a crescer. Isso significa que outros segmentos de distribuição urbana estão começando a renovar a sua frota.”

Exportações

Segundo o levantamento da Anfavea, as exportações continuam em queda, devido à retração do mercado argentino, que compra 70% do que o Brasil vende ao exterior. As vendas para outros países caíram 30,7% no mês passado em comparação com maio de 2018.

Foram vendidas para o exterior 60,8 mil unidades. De janeiro a maio, foram vendidos para outros países 181,6 mil veículos, uma queda de 42,2% em relação aos 314,1 mil exportados nos primeiros cinco meses do ano passado.

Emprego

Apesar do crescimento da produção e comercialização, o nível de emprego no setor automotivo não aumentou na mesma proporção. Segundo o presidente da Anfavea, isso ocorreu porque as fábricas têm capacidade ociosa e não foram abertos mais turnos nas linhas de montagem.

O número de pessoas trabalhando na indústria automotiva registra retração de 1,8% em maio na comparação com o nível de emprego do mesmo mês de 2018. O último balanço aponta para 130 mil pessoas empregadas no setor, uma ligeira queda (0,2%) em relação a abril.

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Fonte:
Reuters/Agencia Brasil

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