Presidente do Chile se reúne com lideranças em busca de um acordo

Publicado em 22/10/2019 17:42

Veja alguns Tweets feitos recentemente sobre os protestos no Chile:

 

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, afirmou que está aberto ao diálogo e disposto a um acordo social para acalmar a onda de protestos que tomou conta do país desde a última quinta-feira (17). Ele se reunirá hoje (22) com lideranças de governo e de oposição.

"Eu me reunirei com presidentes de partidos, tanto de governo como de oposição, para poder explorar e avançar a um acordo social que nos permita a todos, unidos, aproximarmos com rapidez, eficácia e também com responsabilidade, as melhores soluções para os problemas que afetam os chilenos", anunciou Piñera.

O objetivo da reunião é escutar as propostas e projetos dos partidos para tomar medidas contra a crise que se instalou no país.

Apesar de as manifestações terem iniciado após o anúncio de um aumento no preço das passagens de metrô, os chilenos dizem que essa foi apenas a gota d'água. Eles reclamam da grande desigualdade no país.

O descontentamento é com o sistema de saúde e educação, pouco acessível aos mais pobres, além de baixos salários e aposentadorias, somados a um alto custo de vida. As longas filas nos hospitais e o alto preço dos medicamentos também estão entre as reclamações da população.

Apesar de o Chile ter bons indicadores sociais, a desigualdade ainda é um problema a ser enfrentado. De acordo com o Banco Mundial, os valores do coeficiente de Gini, indicador usado para medir a desigualdade, coloca o Chile entre os dez países mais desiguais do mundo, junto com outros seis países da América Latina e do Caribe (Brasil, Colômbia, Costa Rica, Honduras, México e Panamá).

De acordo com o relatório Panorama Social de América Latina, da Comissão Econômica da América Latina e Caribe (Cepal), 1% da população chilena concentra mais de 26% da riqueza. O informe diz ainda que 66% dos chilenos têm apenas 2% do capital.

Em Santiago do Chile, capital do país, os preços da moradia subiram 150% nos últimos dez anos, enquanto os salários subiram cerca de 25% apenas.

Apesar de ter bons indicadores, como a redução de 36% para 8,6% do número de pessoas na extrema pobreza e ter o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da América Latina, o Chile enfrenta os desafios da desigualdade social, somado a uma crescente insatisfação da população com a polícia e o Exército, envolvidos em casos de corrupção.

Mortos

De acordo com o subsecretário do Interior, Rodrigo Ubilla, já são 15 mortos desde o início dos confrontos entre manifestantes e polícia. Segundo informe do Ministério da Saúde, há 239 civis feridos, 52 hospitalizados, estando oito em estado grave. Há ainda cerca de 50 policiais e soldados feridos e mais de 2 mil pessoas foram detidas em todo o país.

As aulas seguem suspensas, tanto na educação infantil, como do ensino fundamental e médio. Mais de 1, 2 milhão de estudantes de nível superior estão sem aulas.

A Central Única de Trabalhadores do Chile, junto com outras organizações sociais, convocou uma greve geral para amanhã (23).

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Agência Brasil / Twitter

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário