Presidente do Chile se reúne com lideranças em busca de um acordo
Veja alguns Tweets feitos recentemente sobre os protestos no Chile:
Ahora en Concepción. Basta de abusos, basta de milicos en las calles. #PineraDictador #PiñeraRenuncia #EstoPasaEnChile pic.twitter.com/AKLAkclyG5
— M (@matiasmsil) October 22, 2019
#EstoPasaEnChileً en la serena en estos momentos 💪🏼💪🏼 Vamo ctm que somos más que nunca pic.twitter.com/Gktc8Y3Fp1
— stefanie zepeda (@stefaniezepeda) October 22, 2019
#EstoPasaEnChileً según medios de comunicación está todo muy pacifico en plaza Italia pero la realidad es otra @BBC_HaveYourSay pic.twitter.com/t1A9VFiM54
— priscillabacan (@priscillabacan) October 22, 2019
Esto no es en horario de toque de queda, no es un tipo violento, no se ve una amenaza. Los militares están abusando y el gobierno de Piñera está avalándolos. #EstoPasaEnChile #22octpic.twitter.com/AyGBpoXcNd
— Hugo Morales (@GonzoMau) October 22, 2019
En Concepción soltaron el Guanaco (botijo) y armaron una fiesta electrónica.#EstoPasaEnChile pic.twitter.com/uOgAgUzZ5P
— 🔥 (@coheteplastico) October 22, 2019
Al Guanaco se le pelea y se le neutraliza.
— 🔥 (@coheteplastico) October 22, 2019
Concepción, Chile.#EstoPasaEnChilepic.twitter.com/p4wMsUM4Mr
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, afirmou que está aberto ao diálogo e disposto a um acordo social para acalmar a onda de protestos que tomou conta do país desde a última quinta-feira (17). Ele se reunirá hoje (22) com lideranças de governo e de oposição.
"Eu me reunirei com presidentes de partidos, tanto de governo como de oposição, para poder explorar e avançar a um acordo social que nos permita a todos, unidos, aproximarmos com rapidez, eficácia e também com responsabilidade, as melhores soluções para os problemas que afetam os chilenos", anunciou Piñera.
O objetivo da reunião é escutar as propostas e projetos dos partidos para tomar medidas contra a crise que se instalou no país.
Apesar de as manifestações terem iniciado após o anúncio de um aumento no preço das passagens de metrô, os chilenos dizem que essa foi apenas a gota d'água. Eles reclamam da grande desigualdade no país.
O descontentamento é com o sistema de saúde e educação, pouco acessível aos mais pobres, além de baixos salários e aposentadorias, somados a um alto custo de vida. As longas filas nos hospitais e o alto preço dos medicamentos também estão entre as reclamações da população.
Apesar de o Chile ter bons indicadores sociais, a desigualdade ainda é um problema a ser enfrentado. De acordo com o Banco Mundial, os valores do coeficiente de Gini, indicador usado para medir a desigualdade, coloca o Chile entre os dez países mais desiguais do mundo, junto com outros seis países da América Latina e do Caribe (Brasil, Colômbia, Costa Rica, Honduras, México e Panamá).
De acordo com o relatório Panorama Social de América Latina, da Comissão Econômica da América Latina e Caribe (Cepal), 1% da população chilena concentra mais de 26% da riqueza. O informe diz ainda que 66% dos chilenos têm apenas 2% do capital.
Em Santiago do Chile, capital do país, os preços da moradia subiram 150% nos últimos dez anos, enquanto os salários subiram cerca de 25% apenas.
Apesar de ter bons indicadores, como a redução de 36% para 8,6% do número de pessoas na extrema pobreza e ter o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da América Latina, o Chile enfrenta os desafios da desigualdade social, somado a uma crescente insatisfação da população com a polícia e o Exército, envolvidos em casos de corrupção.
Mortos
De acordo com o subsecretário do Interior, Rodrigo Ubilla, já são 15 mortos desde o início dos confrontos entre manifestantes e polícia. Segundo informe do Ministério da Saúde, há 239 civis feridos, 52 hospitalizados, estando oito em estado grave. Há ainda cerca de 50 policiais e soldados feridos e mais de 2 mil pessoas foram detidas em todo o país.
As aulas seguem suspensas, tanto na educação infantil, como do ensino fundamental e médio. Mais de 1, 2 milhão de estudantes de nível superior estão sem aulas.
A Central Única de Trabalhadores do Chile, junto com outras organizações sociais, convocou uma greve geral para amanhã (23).