Preços ao consumidor nos EUA caem pelo terceiro mês consecutivo

Publicado em 10/06/2020 11:33

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WASHINGTON (Reuters) - Os preços ao consumidor nos Estados Unidos caíram pelo terceiro mês consecutivo em maio e a inflação subjacente foi fraca, à medida que a demanda permaneceu moderada em meio à recessão causada pela pandemia de Covid-19.

O Departamento do Trabalho informou nesta quarta-feira que seu índice de preços ao consumidor recuou 0,1% no mês passado, após forte queda de 0,8% em abril, maior declínio desde dezembro de 2008.

Nos 12 meses até maio, o índice subiu 0,1%. Esse foi o menor aumento anual desde setembro de 2015 e se seguiu a um aumento de 0,3% em abril.

Economistas consultados pela Reuters esperavam estabilidade nos preços ao consumidor em maio e avanço de 0,2% na base anual.

A NBER, agência de pesquisa econômica considerada árbitro das recessões norte-americanas, disse na segunda-feira que a economia entrou em recessão em fevereiro. Empresas não essenciais foram fechadas em grande parte do país em meados de março para retardar a disseminação do Covid-19, a doença respiratória causada pelo novo coronavírus, quase paralisando a economia.

Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o índice de preços caiu 0,1% em maio, após recuar 0,4% em abril, maior declínio desde que a série começou em 1957. O núcleo do índice de preços ao consumidor recuou em março pela primeira vez desde janeiro de 2010.

Maio marcou a primeira vez que o núcleo do índice de preços ao consumidor caiu por três meses consecutivos. Nos 12 meses até maio, o núcleo do índice subiu 1,2%, menor ganho desde março de 2011. O núcleo havia aumentado 1,4% em abril na base anual.

O Federal Reserve acompanha o índice de preços das principais despesas de consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) para sua meta de inflação de 2%. O núcleo do PCE subiu 1,0% em abril na leitura anual, menor avanço desde dezembro de 2010. Os dados de maio serão divulgados no final do mês.

O Departamento do Trabalho disse que a coleta de dados nas lojas permanece suspensa desde 16 de março devido aos riscos de exposição ao Covid-19. O departamento acrescentou que a coleta de dados no mês passado também foi impactada "pelo fechamento temporário ou operações limitadas de certos tipos de estabelecimentos", levando a "um aumento no número de preços considerados temporariamente indisponíveis e atribuídos".

Muitos índices estão sendo baseados em quantidades menores de preços coletados do que o habitual, e um pequeno número de índices que normalmente são divulgados não foi publicado em maio.

(Reportagem de Lucia Mutikani)

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Fonte:
Reuters

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