Ouro fecha em alta, beneficiado com compras chinesas de commodities agricolas nos EUA

Publicado em 20/06/2020 06:13

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O contrato de ouro mais líquido fechou com ganhos nesta sexta-feira, 19, apesar do apetite por risco em alta em parte do pregão nos mercados acionários, com a retomada de conversas entre China e Estados Unidos e a notícia de que os chineses vão voltar a comprar mais commodities agrícolas dos fazendeiros americanos, recuperando o que estava acordado na "fase 1" do pacto comercial entre as nações.

As dúvidas sobre a recuperação da economia no pós-covid, além de ameaças de uma segunda onda de infecções - com casos aumentando nos EUA e na China - continuaram a beneficiar o metal precioso.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange, o ouro para agosto encerrou em alta de 1,26%, a US$ 1.753,00 a onça-troy. Já na comparação semanal, houve avanço de 0,90%.

Apesar do fechamento em alta nesta sexta, a demanda por ouro é bastante moderada no momento, aponta Carsten Fritsch, economista do Commerzbank, "se a procura por ETFs for deixada de fora da equação", complementa.

Para Fritsch, o comportamento do ouro esta semana foi caracterizado por uma "negociação de lado sem sentido". "Atualmente, existe uma falta de convicção para permitir uma ruptura maior, enquanto a compra com preços mais baixos está impedindo uma queda maior" do metal, afirma analista do banco alemão.

Já os economistas da Goldman Sachs escreveram hoje que "a demanda por investimentos em ouro tende a crescer no estágio inicial da recuperação econômica, impulsionada por preocupações contínuas de degradação e taxas de juros mais baixas".

"Simultaneamente, vemos um retorno material da demanda do consumidor de mercados emergentes, impulsionado pelo alívio de bloqueios e por um dólar mais fraco", avalia o banco.

EUA têm capacidade para desafiar qualquer ameça militar da China, diz Pompeo

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, aproveitou a participação em um fórum virtual sobre democracia, na Dinamarca, para voltar a tecer duras críticas à China e alertar Pequim sobre o poderio militar americano. "Acreditamos que é uma responsabilidade real garantir que tenhamos a capacidade de desafiar qualquer ameaça militar que o Partido Comunista da China venha a impor aos EUA", disse.

Pompeo reiterou a alegação de que os chineses esconderam a gravidade do coronavírus e pressionaram a Organização Mundial da Saúde (OMS) a ajudá-los nos esforços para acobertar a real situação da doença. "Ainda não temos todas as informações sobre a covid-19", afirmou.

O americano também advertiu a Europa para o risco de se aproximar do país asiático. Segundo ele, a China está determinada em criar rixas entre os EUA e a União Europeia e também com países em desenvolvimento. Na visão dele, depender dos chineses pode significar abandonar "quem nós somos". "Democracias dependentes de autoritários não são dignas desse nome", pontuou

Pompeo argumentou que todos os investimentos vindos da segunda maior economia do planeta devem ser vistos com suspeição e destacou que o governo de Donald Trump está engajado em uma resposta agressiva aos chineses. "Estamos avaliando os mecanismos para responsabilizar a China", ressaltou.

Sobre Hong Kong, o secretário de Estado disse que os EUA passarão a tratar o território da mesma maneira que Pequim, após a imposição da lei de segurança nacional na cidade.

Ele acrescentou que vai "monitorar de perto" as eleições legislativas no território marcadas para setembro. Além disso, defendeu que Taiwan participe da próxima Assembleia Mundial da Saúde, nem que seja como observador.

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Fonte:
Estadão Conteúdo

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