Aprovação de Bolsonaro segue em 55%, contra 44%, no levantamento do Datafolha

Publicado em 26/06/2020 07:55 e atualizado em 26/06/2020 14:36
A somatória de 32% (de bom/ótimo) com 23% (que o consideram regular), coloca o presidente Bolsonaro com índice semelhante à sua votação, 55% de aprovação. O Datafolha, mais uma vez, não fez a pergunta tradicional: "se a eleição fosse hoje, em quem o sr./sra. votaria.. (NA)

SÃO PAULO (Reuters) - A avaliação do presidente Jair Bolsonaro manteve-se estável, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira.

De acordo com o levantamento, publicado pelo jornal Folha de S.Paulo, 44% avaliam Bolsonaro como ruim ou péssimo, contra 43% na pesquisa anterior em maio.

O percentual dos que classificam o presidente como ótimo ou bom é de 32%, ante 33% na sondagem anterior, e aqueles que o veem como regular somam 23%, ante 22%.

O Datafolha ouviu 2.016 pessoas por telefone entre terça e quarta-feira. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.

Segundo Igor Gielow, editor da Folha, o presidente Bolsonaro segue com o mesmo perfil de aprovação. O rejeitam mais jovens (16 a 24 anos, 54%), detentores de curso superior (53%) e ricos (renda acima de 10 salários mínimos, 52%).

Moradores da região Sul, reduto bolsonarista, aprovam mais o presidente: 42% o acham ótimo ou bom.

Na mão contrária, pessoas de 35 a 44 anos (37%), empresários (51%) e os que sempre confiam em Bolsonaro (92%) são os mais satisfeitos com a gestão do presidente.

Novamente, o Sul desponta como uma fortaleza do titular do Planalto, com a menor taxa de desconfiança (35%) entre as regiões.

Nordeste, que se mantém como o local de maior rejeição a Bolsonaro (52% de ruim ou péssimo), é a região que mais desconfia: 53% dos ouvidos nunca dão crédito a ele.

Bolsonaro fala em estender auxílio com valores decrescentes de R$ 500, R$ 400 e R$ 300

(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que o valor de novas parcelas do auxílio emergencial aos vulneráveis ainda não está fechado, mas em live ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, falou em três parcelas de 500, 400 e 300 reais.

Embora tenha falado em três parcelas, o presidente mencionou a prorrogação por dois meses.

"Os números não estão definidos ainda, mas a gente vai prorrogar por mais dois meses o auxílio emergencial, que vai partir para uma adequação. Serão, com toda certeza, 1.200 reais em três parcelas. Basicamente deve ser dessa maneira: deve ser, estamos estudando, 500 reais, 400 reais, 300 reais, que vão perfazer, então, em dois meses", disse o presidente.

Guedes elogiou a redução gradativa no valor, que ficou em 600 reais nas três parcelas iniciais do auxílio.

"É uma ideia muito boa, presidente, porque estávamos em 600 reais, o auxílio. E, à medida que a economia comece a se recuperar e comece a andar novamente, as pessoas então vão, devagar, se habituando, né? Era 600 reais, cai para 500 reais, 400 reais", disse o ministro.

Pela manhã, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, antecipou os valores em sua conta no Twitter, mas posteriormente apagou a postagem.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já defendeu a manutenção do valor na prorrogação da ajuda, mas Bolsonaro tem dito que o governo não tem condições de arcar com esse montante.

Aprovação do governo entre beneficiários do auxílio emergencial é de 45%, aponta pesquisa do Poder360

Pesquisa DataPoder360 mostra que a aprovação do governo entre os brasileiros que receberam ou estão aguardando receber o auxílio emergencial é de 45%. Há duas semanas, era de 48%. Essa variação está dentro do limite da margem de erro. A taxa continua superior à aprovação da população geral (41%).

Hoje, os brasileiros que receberam ou aguardam receber o dinheiro somam 33% e 14% da população, respectivamente. O benefício será disponibilizado em 3 parcelas. Começou a ser pago em abril e já atendeu a mais de 64 milhões de pessoas, segundo dados da Caixa Econômica Federal. A última parte está começando a ser paga agora.

A desaprovação do governo dentro desse grupo (beneficiários do coronavoucher) é de 44%. Há duas semanas era de 42%, ou seja, manteve-se estável, considerando a margem de erro de 2 pontos percentuais. A taxa também continuou menor que a média geral (49%).

Os entrevistados também foram indagados sobre como avaliam o trabalho pessoal de Bolsonaro. No grupo que recebeu ou aguarda o auxílio emergencial, 32% consideram a gestão bolsonarista como “ótima” ou “boa”. A avaliação positiva superou a média geral, que registrou 29% de “ótimo” ou “bom”.

O pior índice para Bolsonaro é registrado entre quem não está apto a receber o auxílio emergencial. Nesse grupo, 58% desaprovam o governo.

AUXÍLIO EMERGENCIAL

A pesquisa DataPoder360 indica que 33% dos brasileiros já receberam o auxílio dado pelo governo federal para minimizar o impacto da crise causada pela pandemia de covid-19. Outros 14% aguardam receber, 13% tiveram o cadastro recusado e 35% não estão aptos para receber.

Considerando aqueles que realmente precisam do dinheiro, os desempregados e sem renda fixa, o levantamento mostra que 54% já tiveram acesso ao dinheiro. Há 1 mês, esse percentual era de 19%. No mesmo período, a taxa de quem aguardava receber caiu de 54% para 20%.

Ainda de acordo com o levantamento, 71% dos que já receberam ou aguardam receber o auxílio, gastaram ou pretendem gastar o dinheiro com comida. Outros 15%  destinaram ou vão destinar o valor para o aluguel e 10% para as dívidas. Só 1% deve poupar o dinheiro.

Ato contra Bolsonaro reúne Huck, Marina, Ciro e Haddad; Lula, Dilma e Gleisi não apoiam manifestação

Um ato virtual contra o presidente Jair Bolsonaro convocado pelo movimento Direitos Já deve reunir ao menos 100 políticos, sendo 13 presidentes de partidos, da esquerda à direita, ex-presidenciáveis e coordenadores de outros grupos de defesa da democracia. No entanto, os principais nomes do PT ficarão de fora, embora tenham sido convidados.

Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), decidiram não participar do ato, que terá a presença de Fernando Haddad, candidato do da sigla derrotado em 2018, e outros nomes que concorreram à Presidência: Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSOL).

Reservadamente, petistas graduados reclamam da presença de Haddad e de outros quadros do partido no ato. A avaliação é que o PT não deve estar no mesmo palanque virtual ex-adversários históricos da sigla, como o PSDB. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é um dos tucanos confirmados, ao lado do presidente do partido, Bruno Araújo. Outro que se comprometeu com a organização foi o apresentador Luciano Huck, cotado como possível candidato à Presidência em 2022.

Temer

Os ex-presidentes Michel Temer (MDB) e José Sarney (MDB) chegaram a confirmar presença, mas desistiram. Temer enviou um vídeo, mas depois pediu que a gravação não fosse usada. O evento reunirá Ciro Gomes e Haddad no momento que PT e PDT travam uma disputa política no campo da esquerda nas eleições municipais.

Segundo o coordenador do movimento Direitos Já, Fernando Guimarães, não existe no grupo consenso sobre o impeachment. No evento, cada convidado vai poder falar por dois minutos no máximo. Além de Haddad, estão confirmados outros petistas: o vereador Eduardo Suplicy, os deputados Alexandre Padilha, Paulo Teixeira e Erika Kokay, os governadores do Ceará, Camilo Santana, e do Piauí, Wellington Dias. "A história do Brasil mostra que a esquerda e direita compuseram várias vezes para ganhar eleições, portanto é de se esperar que se unam para garantir a democracia", disse Guimarães.

Expulso do PSDB por aliados do governador João Doria, o líder do Fórum pela Democracia não convidou o chefe do executivo paulista, mas chamou outros governadores, inclusive Eduardo Leite (PSDB-RS), que confirmou presença.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

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Fonte:
Reuters/EstadãoConteúdo/Poder360

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